"O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo." ( Friedrich Nietzsche )

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Monteiro Lobato e o Sítio

'
Dedico estas duas pérolas da nossa cultura a todas as mães e pais,
que um dia já foram crianças,
e a todas as crianças, que um dia serão pais...
um dia serão pais
Contista, ensaísta e tradutor, este grande nome da Literatura Brasileira nasceu na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, no ano de 1882. Formado em Direito, atuou como promotor público até se tornar fazendeiro, após receber herança deixada pelo avô. Diante de um novo estilo de vida, Lobato passou a publicar seus primeiros contos em jornais e revistas, sendo que, posteriormente, reuniu uma série deles em Urupês, obra prima deste famoso escritor.
Em uma época em que os livros brasileiros eram editados em Paris ou Lisboa, Monteiro Lobato tornou-se também editor, passando a editar livros também no Brasil. Com isso, ele implantou uma série de renovações nos livros didáticos e infantis.
''
Viagens psicodélicas do Sítio...
''
Este notável escritor é bastante conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples onde realidade e fantasia estão lado a lado. Pode-se dizer que ele foi o precursor da literatura infantil no Brasil.

Acima, Emilia e Visconde em ilutração de 1947, por J.U.Campos


Suas personagens mais conhecidas são: Emília, uma boneca de pano com sentimento e idéias independentes; Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança; Visconde de Sabugosa, a sabia espiga de milho que tem atitudes de adulto, Cuca, vilã que aterroriza a todos do sítio, Saci Pererê e outras personagens que fazem parte da inesquecível obra: O Sítio do Pica-Pau Amarelo, que até hoje encanta muitas crianças e adultos.

Escreveu ainda outras incríveis obras infantis, como: A Menina do Nariz Arrebitado, O Saci, Fábulas do Marquês de Rabicó, Aventuras do Príncipe, Noivado de Narizinho, O Pó de Pirlimpimpim, Reinações de Narizinho, As Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática, Memórias da Emília, O Poço do Visconde, O Pica-Pau Amarelo e A Chave do Tamanho.
Fora os livros infantis, este escritor brasileiro escreveu outras obras literárias, tais como: O Choque das Raças, Urupês, A Barca de Gleyre e o Escândalo do Petróleo. Neste último livro, demonstra todo seu nacionalismo, posicionando-se totalmente favorável a exploração do petróleo apenas por empresas brasileiras.
No ano de 1948, o Brasil perdeu este grande talento que tanto contribuiu com o desenvolvimento de nossa literatura.

Retirado de Sua Pesquisa.com


''
Outras faces de Lobato...

Monteiro Lobato é uma destas figuras que provoca amores e ódios. Possui legiões enormes de fãs devido a seus livros para crianças, e foi execrado pela crítica modernista, desde seu artigo "Paranóia ou Mistificação", sobre a exposição de Anita Malfatti. É reconhecido como um dos criadores da indústria editorial no Brasil, mas deu-se várias vezes mal como empresário.
É aclamado como pioneiro na busca do petróleo no Brasil, e passou meses na prisão por este mesmo tema.



A maneira como Lobato apresenta o processo de modernização urbana e tecnológica é a questão central deste estudo. A oposição entre os anos em que viveu no Vale do Paraíba (Taubaté, no final do século XIX, em Areias, entre 1906 e 1911, e na Fazenda Buquira, até 1915), e seu fascínio por São Paulo, que conheceu durante os anos da Faculdade de Direito, mostram o forte apelo que a inovações técnicas e a vida cultural exerciam sobre ele. Em 20 anos, a cidade passou de vilarejo a grande centro, e esta veloz transformação é narrada por Lobato, em suas cartas e em seus artigos.
Desde cedo, apaixonou-se pela fotografia, pelo cinema e depois pelo rádio. Em suas cartas, aos mais diversos destinatários, vibrava ao falar do progresso técnico, a começar pelo trem. Por outro lado, manteve posturas conservadoras em suas concepções de arte (daí a crítica à pintura moderna) e, mesmo em termos estilísticos, inovou pouco literariamente.


A fama veio com a publicação do artigo “Uma Velha Praga”, em 1916, em que Lobato lança a figura do Jeca Tatu, chamando o caboclo de “piolho da terra”. Desde então, ele percebeu o sucesso das imagens polêmicas tirou muito proveito desta estratégia . O perfil do Jeca, como se acompanha no trabalho, foi se alterando, com a compreensão que “O Jeca não é assim. Ele está assim”. Daí seguiram-se as campanhas pela saúde pública e pela educação, entre outras. Associado ao desejo de fama e fortuna, há na obra, nas cartas e na atuação de Lobato um desejo de “consertar” o Brasil.
''
''
Convidado para editar a Revista do Brasil, teve estreito contato com a produção cultural do momento.Sua editora, fundada em 1918, foi à falência 1925. Em 1929 ele foi designado pelo presidente Washington Luís adido comercial em Nova York. Lobato encantou-se com os Estados Unidos, e, retornou, em 1931, disposto a lutar para “dar” ao Brasil os meios para tornar-se um país rico, e, portanto, saudável, letrado, enfim, moderno. Suas iniciativas na busca do ferro e do petróleo esbarravam na esfera política, seja do país, seja do contexto internacional, e em sua inabilidade empresarial.
O sucesso da literatura infantil o projetou como autor, e garantiu o sustento da família. Sua facilidade em traduzir idéias complexas numa linguagem adequada às crianças gerou encomendas de perfil didático, como a Aritmética da Emília ou a Geografia de Dona Benta. A própria visão política de Lobato chega às crianças, em O Poço do Visconde, por exemplo.
''



A figura do Caleidoscópio é usada, assim, para compor cenas que mesclam este percurso cheio de contradições, que permeou o processo de modernização no Brasil. A contribuição de Lobato, para além de sua atuação objetiva em campanhas e projetos, está na criação de uma mentalidade aberta à composição de fragmentos que permitem pensar um mundo composto por diversos caminhos, distante das ideologias excludentes que aceitam a validade de apenas um.
Seu texto é moderno especialmente quando ele perde o tom educativo ou panfletário, para construir um universo em que se suspendem as barreiras de tempo e espaço, e a simplicidade rural do Sítio do Pica-pau Amarelo alia-se aos personagens de cinema, às visitas à Grécia antiga, aos vôos pela Via Láctea, enfim, à criação voltada ao puro prazer da leitura..

Retirado de WebHistoria
''


Sítio do Pica-Pau Amarelo vol.01 (1977)
''
1. Narizinho – Lucinha Lins
2. Ploquet pluft nhoque (Jaboticaba) – Papo de anjo
3. Peixe – Doces bárbaros
4. Saci – Papo de anjo
5. Visconde de Sabugosa – João Bosco
6. Dona Benta – Zé Luis
7. Sítio do Pica-Pau Amarelo – Gilberto Gil
8. Pedrinho – Aquarius
9. Arraial dos tucanos – Ronaldo Malta
10. Tia Anastácia – Dorival Caymmi
11. Passaredo – MPB-4
12. Emília – Sérgio Ricardo
13. Tio Barnabé – Marlui Miranda e Jards Macalé

Download


Sítio do Pica-Pau Amarelo vol.02 (1978)
''
1. Sítio do Pica-Pau Amarelo Abertura – Gilberto Gil
2. Tema doQuindim – Dori Caymmi e Geraldo Cazé
3. Tema do Jabuty – Dori Caymmi e Geraldo Cazé
4. Tema do Rabicó – Dori Caymmi e Geraldo Cazé
5. Os piratas do Capitão Gancho – Dori Caymmi e Wilson Mota
6. Sítio do Pica-Pau Amarelo Espacial – Gilberto Gil (Intrumental)
7. A Cuca te pega – Dori Caymmi e Geraldo Cazé
8. Tema da Iara – Dori Caymmi
9. Tá quente tá frio – Dori Caymmi e Ghiaroni
10. Tema de Malazarte e Zé Carneiro – Canarinho e Brumatti
11. Sítio do Pica-Pau Amarelo – Gilberto Gil (Reprise)

Download

Nenhum comentário: