"O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo." ( Friedrich Nietzsche )

sábado, 31 de maio de 2008

Mostly Autumn - Passengers (2003)


En "Passengers", su quinto álbum de estudio, MOSTLY AUTUMN explora por sonidos más enérgicos y duros que en sus discos precedentes, sin embargo conservando las esencias sinfónico melódicas folclóricas que a estas alturas son más que características propias y alabadas en la banda. Bryan JOSH (voz, guitarra líder, guitarras acústicas de 6 y 12 cuerdas), Heather FINDLAY (voz, coros, bodhran, panderos), Iain JENNINGS (piano, hammond, sintetizadores, coros), Angela GOLDTHORPE (flauta, recorders, coros), Liam DAVISON (guitarras eléctrica, acústica y slide), Andy SMITH (bajo) y Jonathan BLACKMORE (batería), alcanzan en éste un nivel de madurez y entendimiento musical notables, arrojando la opulencia en abundantes dosis de carácter musical, nutritivo y de sencilla digestión. MOSTLY AUTUMN agradece especialmente a Troy DONOCKLEY de IONA (silbatos, uilleann pipes en 9, 11, 12, bouzouki en 4), a Chris LESLIE (violín en 3, 4, 12), a Marissa CLAUGHAN (chelo en 3, 9, 11), a Damian WILSON (coros en 2, 6, 8, 9), a Mark ATKINSON (coros en 2) y a las niñas Margaret Louisa SMITH y Briony MORRIS por su 'twinkle, twinkle, little star' al final de 'Passengers', quienes ayudaron en la hechura de tan rico y abundante platillo musical.
En este álbum es en donde la crítica especializada hizo referencia a que MOSTLY AUTUMN era una especie de fusión de FLEETWOOD MAC y PINK FLOYD, por las aproximaciones folk blues místicas sinfónicas melódicas con que definieron su sonido, e incluso por los riffs de corte semi duro y persistente que acompañan piezas como 'Pure white light' y 'Answer the question', esta última presentando desde las cuerdas vocales de Bryan JOSH un timbre vocal que referencia con descaro a David GILMOUR y donde Iain JENNINGS parece jugar con sus teclados simulando a WRIGHT, así como los solos de guitarra eléctrica, sensibles y expresivos que aparecen en 'First thought' y 'Passengers'. No obstante a lo acertado de tal comparación, la banda se permite explorar con discreción por las tendencias propias de un sonido rudo, alternándose con progresivo nuevo y la cadencia dulce y melancólica de tempos más pausados, decorados con matices de la historia musical británica. Un par de temas que resultan típicos de este sonido son 'Bitterness burnt' (deliciosa canción de carácter más acústico que eléctrico, donde arreglos de violín y bouzouki –además del persistente latido del bodhran– te transportan a un medievo en cuyo alrededor se encuentran las poesías contemporáneas del juglar moderno) y 'Distant train', (profunda y vigorosa obra donde la guitarra eléctrica se luce en un estilo casi OLDFIELD mientras que silbatos y la uilleann pipes de DONOCKLEY presentan timbres irlandeses).

Bryan Josh: Lead Vocals, Lead Guitars, 6/12 String Acoustic Guitars
Heather Findlay: Lead/Backing Vocals, Bodhran, Tambourines
Iain Jennings: Piano, Hammond Organ, Synthesisers, Backing Vocals.
Angela Goldthorpe: Flute, Recorders, Backing Vocals
Liam Davison: Electric/Acoustic Guiars, Slide Guitar
Andy Smith: Bass Guitar
Jonathan Blackmore: Drums

Guest Musicians:

Troy Donockley: Low Whistles, Penny Whistles, Uilleann Pipes, Bazouki.
Chris Leslie: Violin
Marissa Claughan: Cello
Damian Wilson: Backing Vocals
Mark Atkinson: Backing Vocals

Tracklist:

1. Something in Between
2. Pure White Light
3. Another Life
4. Bitterness Burnt
5. Caught in a Fold
6. Simple Ways
7. First Thought
8. Passengers
9. Distant Train
10. Answer the Question
11. Pass the Clock, Pt. 1
12. Pass the Clock, Pt. 2
13. Pass the Clock, Pt. 3

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Sugar e ser sugado pelo amor


Sugar e ser sugado pelo amor
no mesmo instante boca milvalente
o corpo dois em um o gozo pleno
que não pertence a mim nem te pertence
um gozo de fusão difusa transfusão
o lamber o chupar e ser chupado
no mesmo espasmo
é tudo boca boca boca boca
sessenta e nove vezes boquilíngua.

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 24 de maio de 2008

Eden Rose -`70 On The Way To Eden


Eden Rose was a french band from Marseille led by Henri Garella and Jean Pierre Alarcen who recorded only one album back in 1970. In 2003 Musea records has the brilliant idea to reprint "On The Way To Eden" with the addiction of a bonus track (not here). The progressive rock revolution had just started in England and France immediately followed it: Eden Rose followed it even more strictly. This album sounds more english than anyone else english band of the same period and here you can't find the classic french prog style. I could tell you more: this work is completely instrumental, so it could be confused for an english underground proto-prog release.There are some classical elements, canterburian sounds and some jazzy interludes; everytime melody is clear and warm they remind me Procol Harum, but I found many relationship with Spring and Cressida music. My favourite tracks are "Faster And Faster", "Sad Dream", "Feeling In The Living" e "Walking In The Sea", but also the bouns track "Under The Sun" is really enjoyable and confirm the deep Procol Harum influence. the album, thus the comparison to the likes of Procol Harum and The Nice. Santana can be added to those two comparisons for the rhythm and keyboard sound and some of the guitar work. The melodies are bright and cheerful and the riffs very memorable. This is ‘good mood?music with a hint of 60 and 70 kitsch. If you cast you mind back to Gerry Anderson series Stingray and Thunderbirds and other popular television shows such as Jason King/Department S, you may recall the occasional party scene full of hip and happening people grooving away to instrumental music predominated by Hammond. It wasn op?and neither was it ‘serious?prog such as King Crimson and Genesis, but it was often rather tasty. Eden Rose fits in with this category.

TRACK LIST:

1. On the Way to Eden 5:09
2. Faster & Faster 3:05
3. Sad Dream 4:09
4. Obsession 4:24
5. Feeling in the Living 4:19
6. Traveling 3:26
7. Walking in the Sea 5:29
8. Reinyet Number 4:34
9. Under the Sun 2:30

All music: by Garella.
All arrangements: by Eden Rose.

LINE-UP:

Henri Garella - keyboards
Jean-Pierre Alarsen - guitars
Michel Jullien - drums
Christian Clairefond - bass

download link:

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O MORCEGO


Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede;
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.

“Vou mandar levantar outra parede...”
- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o tecto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!

Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!

A consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto.


Augusto do Anjos.
Fonte: Nossos Clássicos (46) – Augusto dos Anjos – Poesia
Livraria AGIR Editora 1978 – 3ª Edição



Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Cruz do Espírito Santo, Paraíba, 20 de abril de 1884 - Leopoldina, Minas Gerais, 12 de novembro de 1914) foi um poeta paraibano, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano, mas muitos críticos (como o poeta Ferreira Gullar) concordam em situá-lo como pré-moderno. É conhecido como um dos poetas mais estranhamente críticos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada, ou detestada, tanto por leigos como por críticos literários.
Fonte: Wikepédia

terça-feira, 20 de maio de 2008

Marc Ford

Este post está no meu blog, mas inacreditavelmente foi muito pouco prestigiado, então resolvi testá-lo aqui também, enquanto ainda preparo o meu primeiro post, de fato, aqui no Portfolio X. Então é isso. Com vocês Mr. Marc Ford:




Marc Ford foi o guitarrista do Black Crowes entre o período de 1992 e 1997 participando dos álbuns Three Snakes and One Charm (1996), Amorica (1994) e The Southern Harmony and Musical Companion (1992), estes dois últimos, os melhores discos do grupo na minha modesta opinião. Houve ainda dois trabalhos não lançados, sabe lá Deus por que: Tall (1993) e The Band (1997). Na verdade, em 2006 foi lançada uma coletânea chamada The Lost Crowes, que segundo o release traz os dois discos juntos, mais algumas faixas perdidas, porém não é bem assim, pois eu tenho o bootleg do Tall e há uma série de músicas que não foram incluídas no The Lost Crowes.

Ford nasceu em 13 de abril de 1966 na cidade de Los Angelis, Califórnia-EUA. Antes de voar com os “Corvos Negros”, ele (e a esposa Kirsten Ford, vocais) fez parte de uma banda chamada The Scarecrows que gravou um disco em 1988, mas só foi lançado em 2006 sob o título de The Scarecrows Featuring Marc Ford, ou seja, é o tipo de coisa que só colocaram no mercado anos mais tarde porque um dos integrantes ficou famoso, e o pior é que o som não era nada mal, nada mal mesmo! Clique aí em cima no nome da banda e confira pessoalmente. Depois, ele formou o power trio Burning Tree, com Mark Dutton no baixo e Doni Gray na batera e a banda lançou um álbum homônimo em 1990 que ganhou a simpatia da crítica, mas foi um fracasso de venda. Eu não tenho nenhum destes dois discos, portanto se alguém tiver para partilhar, aceito de bom grado! O Burning Tree abriu um show dos Crowes em 90 e a postura e destreza do guitarrista chamaram a atenção de Chris Robinson. “Tudo que eu sabia sobre eles, é que tocavam alto, estavam no movimento e que o vocalista era mal humorado,” comenta Ford sobre os Crowes. Robinson começou a convidá-lo para umas jam sessions. “Olhando para trás, foi um longo cortejo,” lembra Ford. “Éramos fãs um do disco do outro”. Ele recorda a primeira vez em que ouviu o álbum Shake Your Money Maker: “eu estava dirigindo, coloquei o CD para tocar e de repente, parei o carro! Meu Deus, ouça o canto desse cara! Ele canta como eu toco guitarra!” Disse ele. Não demorou muito, Ford foi convidado a se juntar à banda, causando impacto imediato.




A primeira passagem de Marc Ford no Black Crowes terminou em agosto de 1997, logo após a participação no Furthur Festival em Camden, New Jersey, quando, segundo a versão da banda, ele foi despedido devido a problemas de abuso com as drogas, mas o guitarrista tem uma outra versão e alega que não foi bem esse o motivo. Toda aquela alta atmosfera que rola no estrelato do rock n’ roll começou a criar uma neblina de indiferença durante os últimos dois anos com a banda. “Eu não estava mais lá, espiritual e mentalmente,” diz Ford. “Estava meio óbvio que eu não me importava mais. Eu nem tinha mais vontade de tocar guitarra,” conclui. Durante esse período com os Crowes em 1994, ele ainda participou tocando slide guitar, na gravação do disco The Very Crystal Speed Machine, do grupo Thee Hypnotics, que foi produzido por Chris Robinson.

Depois do rompimento, dizem que ele foi passar uns tempos em uma clínica de reabilitação, mas não estou bem certo se isso é verdadeiro ou lenda. O certo mesmo é que ele formou sua própria banda, Marc Ford and the Uninvited, (o nome me pareceu bem apropriado para o momento) e continuou a fazer apresentações ao vivo pelos Estados Unidos até o final do ano. Em 1998, Ford se apresentou diversas vezes com o Gov’t Mule antes de se juntar à Chris Stills Band para a turnê de verão e ao final desse giro ele deixa a Chris Stills Band, para fundar com Luther Russell (The Freewheelers) o Federale. Essa banda ganhou o interesse de um pequeno selo, a Interscope Records com a qual eles fizeram um contrato de gravação e imediatamente começaram os trabalhos. Ficou até acertado que o Federale abriria as apresentações do Gov’t Mule, mas acabou indo tudo por água abaixo depois que a Interscope Records foi comprada pela Universal Music que não sentiu viabilidade comercial no projeto. “Eles disseram que o nosso som era ótimo, mas que precisavam de um novo Limp Bizkit! Aquilo foi o fim!!” Recorda o guitarrista.

Felizmente os amigos do Gov’t Mule sempre tinham as portas abertas para ele e em 1999 lá está Ford participando do álbum Live...with a Little Help From Our Friends, Vol. 1. “Em 96 nós (os Crowes) fizemos uma turnê com o Gov’t Mule e fiquei muito amigo do baixista Allen Woody,” lembra. No ano seguinte, junto com os “mules”, Woody e Matt Abts (bateria), mais o tecladista Johnny Neel e o baixista Berry Oakley Jr, Ford se envolve num projeto tributo ao Pink Floyd chamado Blue Floyd. “Woody gostava de tocar guitarra comigo, então nós juntamos umas músicas do Floyd e as colocamos em situações de blues, montando a banda mais por diversão do que qualquer outra pretensão.” Começaram a fazer algumas apresentações e a brincadeira acabou virando um grande sucesso, ajudando Ford a se manter nos olhos do público enquanto ele estudava quais seriam seus próximos passos. Essas apresentações do Blue Floyd ficaram muito famosas pela espontaneidade, jams psicodélicas, e pela longa duração dos shows que chegavam a ter três horas. Muitas dessas apresentações foram gravadas e algumas até chegaram a ser disponibilizadas no site do Gov’t Mule, mas nenhum disco fora lançado até março deste ano quando saiu o álbum Begins com o registro de algumas performances (postado no blog Zinhof, para quem quiser conferir).

O guitarrista deixou o Blue Floyd ao final de 2001, mas enquanto estavam juntos, aproveitou para gravar as canções que compôs nos cinco anos subseqüentes à sua saída do Black Crows, e chegara o momento de investir naquele material que eventualmente se tornaria o seu primeiro álbum solo intitulado It’s About Time. Mas, ao que parece, segundo a biografia publicada no site oficial dele, o cara se pôs numa encruzilhada, ao tentar, pela primeira vez em sua carreira, atenuar sua consagrada imagem como guitarrista. “Naquela época calculei que todo mundo soubesse quem eu era e que eu seria capaz de tocar guitarra,” diz ele. “Já o havia feito durante seis anos (no Black Crows), então, quando saí eu tinha estas canções em que estava trabalhando, e tudo que eu queria fazer era dedicar-me inteiramente a elas.” O resultado foi um corajoso, porém ainda tímido esforço que demonstrou tanto uma surpreendente profundidade como a sua diversidade como um orgânico compositor, permitindo transparecer influências de pioneiros de country rock como Neil Young e The Band. O disco foi lançado em pequena escala em 2002, mas não chamou muita atenção na época, tanto que muita gente acha que ele só saiu em 2006, quando foi relançado. Esse trabalho contou com a participação de todos os membros dos Gov’t Mule e ainda teve Gary Louris guitarrista do Jayhawks, Craig Ross guitarrista do Lenny Kravitz e Ben Harper. Certamente foi uma das últimas gravações de Allen Woody, antes de falecer em agosto de 2000. “Woody era um grande cara!” Recorda Ford.

Em janeiro de 2002 durante uma de suas apresentações costumeiras no Malibu Inn, na Califórnia, Ford deu boas vindas para Chris Robinson no palco e eles executaram uma série de canções em desempenho memorável. Essa performance, marcou a primeira vez em que os dois tocaram juntos desde que Ford foi “demitido” do Black Crowes há quase cinco anos atrás. Ambos se apresentariam juntos novamente no Malibu Inn duas semanas depois, confirmando que eles fizeram as pazes e Ford até foi co-autor de “Sunday Sound”, uma das músicas presentes no New Earth Mud, primeiro álbum solo de Robinson, lançado em outubro daquele ano. Essas apresentações no Malibu Inn incentivaram Ford a investir naquele grupo, chamado The Sinners, que ele formou com seu ex-companheiro do Blue Floyd, o baixista Berry Oakley Jr., juntamente com Gootch na bateria e Chris Joyner nos teclados (Robinson não fazia parte). A cantora country Lucinda Williams, até deu uma força para eles atuando como uma espécie de embaixadora do grupo e iniciou uma aproximação com a Lost Highway Records. Ford começou a finalizar o material para iniciar as sessões de gravação, mas o acordo com a gravadora não vingou e Marc Ford and The Sinners ainda sobreviveram por uns tempos abrindo os shows de Lucinda Williams. Porém, sem o apoio de um selo, foi ficando financeiramente difícil para eles se manterem na estrada até que Ford acabou aceitando o convite de Ben Harper para se juntar ao Innocent Criminals, relegando o Sinners a um hiato indefinido.

O guitarrista continuou com o Ben Harper & The Innocent Criminals por toda a temporada de 2003 e sua atuação pode ser conferida no DVD Live at the Hollywood Bawl. Ele também esteve com Harper e os Five Blind Boys of Alabama no projeto gospel-blues There Will Be a Light. Álbum que ganhou o Grammy em 2005 como Best Traditional Soul Gospel Album (melhor disco de soul gospel tradiconal) e também um prêmio da NAACP (American National Association for the Advancement of Colored People). Uma ironia que Ford não deixou escapar: “Não são muitos os caras brancos que têm um desses”! Declara rindo orgulhosamente.

O que aconteceu a seguir foi surpreendente não só para os fãs, mas também para o próprio Marc. “Isso seria a última coisa, verdadeiramente a última coisa que passaria pela minha cabeça”, disse Ford ao final de 2004, quando deixou o Innocent Criminals para se juntar mais uma vez ao The Black Crowes. “Tivemos um encontro onde nos desculpamos e falamos tudo o que deviria ser dito,” disse ele. “A música sempre foi fantástica, então eu pensei por que não? Se não for bom, então não será bom, mas se for bom, então será GRANDE!” E com isso The Black Crowes estava de volta. Ford e os Crowes se conectaram no palco como num sonho e imediatamente embarcaram numa turnê na primavera de 2005. Os shows foram universalmente celebrados como um retorno triunfal. Cinco noites eletrizantes no Fillmore de São Francisco, foram gravadas naquele verão resultando no primeiro DVD de um concerto ao vivo deles: Freak ‘n’ Roll... Into the Fog, também lançado em CD. Infelizmente o retorno não foi duradouro. Como a banda viajou quase continuamente pelo ano seguinte, Ford imaginou que sua recente adquirida sobriedade, uma conquista importante na sua carreira como guitarrista, estava aos poucos sendo colocada em risco pelas incessantes viagens, e como quem está sonhando, uma hora é preciso acordar, assim Ford tocou pela última vez com os Crowes no imponente Red Rocks Amphitheater, no verão de 2006. Segundo algumas fontes, a comunicação da separação foi no mínimo fria, para não dizer grosseira: dias antes do programado para o Black Crowes cair na estrada a fim cumprir a perna de outono da turnê de reencontro, o empresário do grupo é notificado, via fax, pelo advogado de Ford que ele estava se desligando da banda. Pelo resto do ano o guitarrista voltou a trabalhar com Harper e acabou fazendo parte da gravação do DC duplo Both Sides of the Gun (2006) e participou de alguns shows também.


Depois de tantas tentativas frustradas de deslanchar em definitivo na carreira solo, ele resolveu tentar mais uma vez e desta, recorreu ao passado recrutando os ex-coloegas do Burning Tree, Mark "Muddy" Dutton e Doni Gray, para começarem os trabalhos de um novo álbum: Weary and Wired, lançado em Março de 2007. A obra que contou também com a participação especial de alguns músicos convidados, entres os quais seu filho Elijah Ford, tocando baixo na faixa de abertura “Featherweight Dreamland” e fazendo a segunda guitarra em “1000 Ways”. Enquanto em seu primeiro lançamento, dedicou-se mais à pessoal emergência como compositor, Weary and Wired solidifica o status de Ford como um dos mais importantes guitarristas de rock’n’roll, caso alguém tenha esquecido. “Tem um quê do swing dos Crows” diz ele, mas os riffs ásperos que apimentam o álbum como um estampido de uma arma de fogo, são a assinatura de Marc Ford. “Com certeza tem força,” ele admite. “Parece uma banda tocando ao vivo em uma sala,” que é exatamente como a maior parte do álbum foi gravado, aponta ele.

Durante praticamente todo o ano, Marc Ford se manteve na estrada para promover o novo álbum, juntamente com Elijah, Dutton e Dennis Morehouse que assumiu a bateria no lugar de Gray. Sob o nome de Marc Ford & Fuzz Machine, eles cruzaram os Estados Unidos e ainda fizeram algumas apresentações na Espanha, Itália, Alemanha, Rússia e em alguns festivais pela Europa. “Estou sóbrio já há algum tempo e tocando para caralho, totalmente focado, e mais forte que nunca.” Nesse ínterim, Ford ainda encontrou tempo para produzir e tocar no disco Mescalito (2007), do jovem cantor e compositor texano Ryan Bingham, um talento promissor da nova geração da música country. “Finalmente percebi que nem tenho de tocar guitarra se eu não quiser, pois, desta forma, isto não me prende mais, não sou mais escravo disso – é tão somente o que eu faço. Posso pegar esta energia que ponho na música e colocá-la onde eu quiser.”

Como se pôde notar, a carreira de Marc Ford é cheia de altos, baixos e projetos frustrados. Ele nunca chegou à condição de superstar, apesar de possuir potencial e talento para tanto. Redigindo esta biografia, senti que ele deve ser uma cara um tanto quanto impulsivo e impaciente, imaginando que isso, somado a tal dependência química, tenha sido um agravante em suas tentativas de alçar vôos mais altos. Ele comentou em seu site: “cheguei à conclusão, há pouco, que cada pedaço da minha identidade estava concentrado em ser um guitarrista, então minha identidade foi para cima e para baixo conforme os trabalhos que conseguia.” Isso reforça a minha teoria sobre a sua alma inquieta, além de abrir uma desconfiança de que ele é suscetível ao meio. Vejam o caso do Burning Tree, por exemplo: o disco não vendeu, mas teve aceitação da crítica, provavelmente foi mal promovido, acredito que se ele tivesse um pouco de paciência e insistisse, o grupo poderia deslanchar e, quem sabe, chegar a ser tão famoso quanto o Black Crowes. Eu não tive a oportunidade de ouvir o Burning Tree, mas Weary and Wired, gravado 17 anos depois com o mesmo time, é um disco muito bom, rock de primeiríssima qualidade, indicando que existia certa química na banda. Espero que Weary and Wired ajude Marc Ford a encontrar o caminho das pedras colocando-o em um lugar mais ao sol, porque embora ele já seja um nome respeitado dentro do planeta rock, merecia muito mais destaque do que recebeu até hoje.
Texto: Woody
Fontes -> Marc Ford web site - Wikipedia.
Agradecimentos a Bernardo Gregori pela ajuda na tradução dos comentários de Marc Ford.



Marc Ford




Guitarist Marc Ford began his career with the blues-rock outfit Burning Tree in the late 1980s. A power trio featuring Ford on guitars and vocals, Mark Dutton on bass and Doni Gray on drums, Burning Tree released their self-titled debut album on Epic Records in 1990. A commercial failure but a critical success, Burning Tree allowed Ford and Co. to tour extensively throughout most of 1990 and 1991. Despite opening slots for such notable acts as The Black Crowes, the band failed to gain the attention Epic Records was looking for and was dropped from the media giant soon after. In late 1991, Marc Ford sat in several times with The Black Crowes in-concert, performing The Allman Brothers Band's classic hit, "Dreams." When The Black Crowes severed their relationship with their original guitarist Jeff Cease, Ford was asked to fill the vacancy. Ford agreed and he was quickly tossed into the mix for the band's 1992 second album, The Southern Harmony and Musical Companion, which hit Number 1 on the Billboard charts and earned a double platinum certificate for sales. Ford would go on to perform on the next two Black Crowes releases (1994's amorica. and 1996's Three Snakes and One Charm), two unreleased albums (1993's Tall and 1997's The Band) and a slew of concert tours. His addition to the Black Crowes sound, which features a healthy dose of slide guitar and southern twang, helped define the band as one of rock music's premiere acts. His fluid and soulful technique connected with Black Crowes fans worldwide, and his lead playing resonated up and down the Black Crowes song catalog. Ford's ability to adapt to core songwriter Rich Robinson's music and crunchy rhythm guitar sound, solidified him and Robinson as a preeminent guitar duo of the 1990s.

Ford was dismissed from the Black Crowes in the fall of 1997, following the band's stint on the summer-long Further Festival tour, leaving fans wondering what direction the Crowes might be headed. Black Crowes leaders Chris and Rich Robinson cited Ford's excessive drug use as the reason for his firing, but Ford himself was quick to note that he was not the only one with a drug problem. His absence from the Black Crowes was noticed with the band's 1999 release By Your Side, which lacked his guitar flourishes that defined a large part of their overall sound. After his departure from The Black Crowes, Ford formed a solo band, Marc Ford and the Uninvited, and continued to make live appearances in the United States for the rest of the year. In 1998, Ford sat in numerous times with renowned jam band Gov't Mule before joining the Chris Stills Band for a summer tour. Upon the conclusion of that tour, Ford quit the Chris Stills Band to form Federale, a joint venture between himself and Luther Russell. The band gained attention from minor label Interscope Records, and a record deal was almost immediately in the works. Federale toured briefly, opening for acts like Gov't Mule, but disbanded after Interscope Records was bought out by Universal Music Group and their commercial viability was called into question. During 2000, Ford joined the Pink Floyd blues tribute band Blue Floyd, which originally featured Allen Woody (guitar, bass), Matt Abts (drums), Johnny Neel (keyboards) and Berry Oakley Jr. (bass). Providing their own bluesy take on Pink Floyd standards, Blue Floyd was a great success and allowed Ford to remain the public eye while he contemplated his next move.

Ford left Blue Floyd at the close of 2001, opting to again to go solo. In January of 2002, during one of his many regular appearances at the Malibu Inn in Malibu, CA, Ford welcomed Chris Robinson to the stage for a set of obscure-yet-memorable covers. This performance marked the first time Ford and Robinson had performed with one another since Ford's dismissal from The Black Crowes nearly five years prior. Robinson again joined Ford at the Malibu Inn two weeks later, confirming that they had made amends. Ford even co-wrote "Sunday Sound," a track featured on Robinson's solo debut, New Earth Mud.

Following his acoustic-based stint at the Malibu Inn, Ford decided to form a full-fledged electric band. Featuring fellow Blue Floyd member Berry Oakley Jr. (bass) and newcomers Gootch (drums) and Chris Joyner (keys), Marc Ford and The Sinners hit the road in early 2002. During the tour, Ford would often take time out (with and without The Sinners) to record tracks for his then-unnamed solo debut. In 2003, Marc Ford and The Sinners gained some helpful attention from country/rock singer Lucinda Williams, who became somewhat of an ambassador for the group. She secured the band a deal with Lost Highway Records and Ford began finalizing his material for the sessions. The Lost Highway deal did not come to be, however, as the band's representative at the label was fired and things subsequently fell through. The Sinners still had an opening slot on Lucinda Williams' ongoing tour, a slot that was fairly open-ended. Without a label backing them up, however, it was almost financially impossible for The Sinners to hit the road. Instead, Ford accepted an invitation to join Ben Harper and the Innocent Criminals, relegating The Sinners to an indefinite hiatus.

Ford toured with Ben Harper and the Innocent Criminals for the majority of 2003, from which their live EP Live at the Hollywood Bowl was drawn from. Ford continued his association with Ben Harper and his band through the close of 2004, when he was called to rejoin The Black Crowes for their "All Join Hands" reunion run. This reunion would serve as the platform for one of the greatest rock and roll comebacks in recent years. It would be the first time Ford would take the stage again with the band and Black Crowes fans were beyond ecstatic when the news broke in March 2005. Ford never severed his ties with Harper, however, appearing on his 2006 album Both Sides of the Gun and performing a handful of shows in support. On Sept. 5, 2006, two days before he was due to hit the road for the fall leg of the ongoing Black Crowes reunion tour, Ford's lawyer notified the Black Crowes management via fax that, effective immediately, the guitarist would no longer be a member of the band.[2] The following day, Ford put out a press release announcing that he had left the Crowes in order to protect his hard-fought sobriety and that he had recently produced albums for emerging artists The Pawnshop Kings and Ryan Bingham.




Shortly after his sudden departure from The Black Crowes, Ford reunited with his Burning Tree bandmates for three gigs at The King King in Hollywood, CA. Following the impromptu dates, Ford enlisted Doni Gray to be his bandmate, along with Muddy and his son Elijah Ford, for a new studio album he had begun preproduction on. Touted by the guitarist as a more guitar-based recording, Weary and Wired was released March 13, 2007 on Shrapnel Records subdivision Blues Bureau. Coinciding with the release of Weary and Wired was Ford's feature interview on the cover of jam-band oriented music magazine Hittin' the Note (Issue #52). Throughout 2007 Marc Ford hit the road in support of his new album, with bandmates Mark "Muddy" Dutton, Elijah Ford and new drummer Dennis Morehouse in tow. The tour found the band performing across the United States, as well as select dates in Spain, Germany, Russia and at a handful of European festivals. During later dates on the tour, Ford unveiled as many as six new songs, hinting at another album on the way. The tour continued through the end of 2007, upon which Ford took a short break.

Early in 2008, Ford played sporadic shows on the West Coast, some with his Fuzz Machine band and some with a new venture, Jefferson Steelflex. In addition, Ford and son Elijah joined Ryan Bingham for several dates on his tour, performing songs from the Ford-produced album Mescalito. Ford is currently producing The Steepwater Band's next studio effort, an LP tentatively titled "Grace & Melody" slated for release in late summer or early fall 2008, at Compound Studios in Sugar Hill, CA (recording began the first week of May 2008). Marc first met the Chicago-based power trio when their bands shared a festival bill in Bilbao, Spain (summer 2007). Ford joined the band on stage to jam on a pair of songs including a cover of Neil Young's "Cortez the Killer", following a sit-in by his bandmate/son Elijah. The Steepwater Band subsequently provided support for Ford's headlining gig at the Double Door in Chicago on July 26th 2007; this time Jeff Massey and Tod Bowers (of Steepwater) joined Ford's band for their encore. Soon after Ford approached the trio about producing their next effort.
From -> Wikipedia




Marc Ford - Weary and Wired [2005] p1
Marc Ford - Weary and Wired [2005] p2

O mais recente lançamento, imperdível em especial aos fãs do Black Crowes. Rock de primeiríssima qualidade.





Federale – The Ventura Sessions [1999]

Este é o disco que Ford começou a gravar com Luther Russell para a Interscope Records. Um bootleg raro gravado em estúdio.




Thee Hypnotics - The Very Crystal Speed Machine [1994]

Produzido por Chris Robinson, com participação de Ford tocando slide guitar. O Thee Hypnotics faz um rock garagem meio debochado bem ao estilo Stooges.




Marc Ford and The Sinners with Chris Robinson
Live at the Malibu Inn 2002 p1

Marc Ford and The Sinners with Chris Robinson
Live at the Malibu Inn 2002 p2

Registro histórico do reencontro de Chris e Marc que não tocavam juntos desde agosto de 1997. Boa gravação, desempenho memorável.




The Black Crowes - Tall [1993]

Este seria o terceiro disco da banda que acabou não sendo lançado. Em 2006 fizeram uma coletânea chamada The Lost Crowes, que teoricamente teria este disco na íntegra, mas não é bem assim. Confira!




Marc Ford - Its About Time [2002] p1
Marc Ford - Its About Time [2002] p2

Prineiro disco solo de Marc Ford, conta com participação do Gov’t Mule e Ben Harper, bem diferente do trabalho no Black Crowes, com uma pegada mais country rock e influências de Neil Young e The Band.




Ben Harper & The Blind Boys Of Alabama
There Will Be A Light [2004]

O premiado disco que Ford gravou com Bem Harper e os Five Blind Boys of Alabama. Aplaudido pelo público e aclamado pela crítica é o famoso: altamente recomendável!




Ryan Bingham - Mescalito [2007]

Esse cara é uma das novas promessas da música country. O disco foi produzido por Ford que também toca guitarra, baixo, Hammond, slide guitar, steel guitar, hi hat, papoose, chuleia, caseia, prega botão...

domingo, 18 de maio de 2008

Seja Bem-Vindo, Woody!

Querido amigo Woody,
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será um enorme prazer poder contar com sua parceria por aqui, sempre admirei muito seu estilo e toda sua bagagem de conhecimentos.
Que a gente desenvolva uma amizade bem legal através da troca de música e artes, obrigada por nos acompanhar a partir de agora!
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Neide
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Talvez...


"Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada...”

Caio Fernando Abreu

Dom - 1970 - Edge Of Time (German Space Rock).


One of the lesser known treasures to emerge out of the extremely fertile early 70's krautrock scene, Dom's only LP 'Edge of Time' was released on the German Melocord label in 1971. Often compared to Pink Floyds spacier moments 'Edge of Time' utilizes mainly acoustic instruments and organ giving the album a wonderful overall acid folk vibe. Four long form gradually building pieces that range from celestial and meditative to the melancholy and hallucinatory. A wonderful voyage whether you're looking to space out or sink in. Classic.

Laszlo Baksay - Bass, Lyrics, Vocals
Gabor Baksay - Percussion, Flute, Vocals
Reiner Puzalowski - Guitar, Flute, Vocals
Hans Georg Stopka - Organ, Guitar, Vocals
* Gregor Jabs - co-composer on "Let Me Explain"

01 - Introitus
02 - Silence
03 - Edge Of Time
04 - Dream
05 - Flötenmenschen 1
06 - Flötenmenschen 2
07 - Flötenmenschen 3
08 - Flötenmenschen 4
09 - Let Me Explain

Algo de belo...


“Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez.”

Caio Fernando Abreu

DOG SOLDIER - 1975 Dog Soldier


Tracks:
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1 -Pillar To Post
2 -Several People
3 -You Are My Spark
4 -Long And Lonely Night
5 -Giving As Good As You Get
6 -Thieves And Robbers
7 -Strangers In My Own Time
8 -Looks Like Rain
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Musicians:
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Miller Anderson (Guitar, Vocals)
Keef Hartley (Drums)
Paul Bliss (Bass)
Derek Griffiths (Guitar)
Mel Simpson (Keyboards)


Keef Hartley

"Dog Soldier foi formado em 75 em Ravena na Itália, lançou apenas esse álbum e outras compilações. Traz um southern rock digno de respeito, tornando-se a única banda a tocar esse estilo na Europa.
Após o fim da banda, seus membros espalharam-se pelo cenário musical da época, o baixista Paul Bliss e o tecladista Mel Simpson formaram a banda The Bliss Band.
Hoje, Dog Soldier faz cover's de bandas como Lynyrd Skynyrd, Molly Hatchet, ZZ Top, etc."
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Para saber sobre Keef Hartley Band:
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Confronto


"E tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo (...) que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era".

Caio Fernando Abreu