ATENÇÃO AMANTES DO SOM DE MILES COMO EU:
O ILUMINADO QUE FEZ O UPLOAD ORIGINAL DESTE DISCO
(DO BLOG JRFG) EXTRAIU AS MÚSICAS DE UMA EDIÇÃO JAPONESA DO BIG FUN!
PORTANTO, NÃO TENHAM DÚVIDAS QUE A QUALIDADE DO ÁUDIO ESTÁ EXCELENTE!!
E ADIVINHEM SÓ: ALÉM DE TUDO ISTO, ELE AINDA ADICIONOU
PORTANTO, NÃO TENHAM DÚVIDAS QUE A QUALIDADE DO ÁUDIO ESTÁ EXCELENTE!!
E ADIVINHEM SÓ: ALÉM DE TUDO ISTO, ELE AINDA ADICIONOU
AOS ARQUIVOS O LIVRETO JUNTO COM AS CAPAS!!
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RESUMINDO: ESTA EDIÇÃO ESTÁ IMPERDÍVEL!!
RESUMINDO: ESTA EDIÇÃO ESTÁ IMPERDÍVEL!!
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LEMBRANDO QUE ESTE É UM DOS ÁLBUNS MAIS VIAJANTES DO MILES,
REPLETO DE SONS E INSTRUMENTOS ORIENTAIS...
Continuação do texto do post anterior “Miles Davis – On the Corner”, minhas notas estão em vermelho:
“...Quando comecei a tocar contra esse novo ritmo – sintetizadores e guitarras e toda essa coisa nova – primeiro tive de me acostumar a ele. A princípio, não havia sentimento, porque estava acostumado ao velho estilo, tipo Bird e John Coltrane. Tocar a coisa nova foi um processo gradual. A gente não pára simplesmente de tocar como antes. Não ouve o som a princípio. Isso leva tempo. Quando se ouve de fato o novo som é como uma torrente lenta. Na nova música, antes que a gente saiba, já tocou quatro ou cinco minutos, o que é um longo tempo. Mas não é preciso estrondar, porque tem um amplificador. E quanto mais macio se tocar o trompete, mais ele soa como trompete na amplificação. É como na mistura de tintas: com cores demais, só se obtém lama. Um trompete amplificado não soa bem quando se toca rápido mesmo. Assim, aprendi a tocar frases de dois compassos, e era nesse sentido que me dirigia com minha nova música. Era emocionante, porque eu aprendia enquanto fazia, exatamente como quando tinha Herbie (Hancock), Wayne (Shorter), Ron (Carter) e Tony (Williams)em meu conjunto (nota-se que ele está fazendo referência ao Miles Davis Quintet, lembram, do ESP...)
Só que dessa vez a coisa vinha de mim mesmo, o que me fazia sentir muito bem.
Substituí Jack DeJohnette na bateria por Al Foster. Encontrara-o quando fora à boate Cellar, na Rua 95, em Manhattan, visitar meu velho amigo Howard Johnson, que me vendia roupas na Paul Stuart. Agora era dono daquela boate e restaurante, e eu costumava ir comer lá, porque eles tinham um dos melhores frango assados do mundo. Uma noite, quando fui lá comer, Howard tinha um conjunto liderado por um baixista chamado Earl Mays, que tocara numa das orquestras de Dizzy (Gillespie). Tinham um conjuntinho sensacional. O pianista era um cara chamado Larry Willis, o resto dos músicos esqueci, mas o baterista era Al Foster. Ele me derrubou porque tinha um clima muito bom e o aplicava bem. Era o que eu procurava, por isso lhe pedi que viesse pra meu grupo, o que ele fez. Antes disso, pedi à Columbia que fosse à Cellar gravá-los, e eles foram. Teo Macero foi o produtor, e acho que as fitas estão nos depósitos, com grande parte do meu material (esta biografia de onde retiro estes textos foi lançada originalmente em 1989, por aí nós temos uma idéia de quantos extras que nem o próprio Miles tinha mais acesso foram aproveitados após sua morte...).
Al Foster não gravou comigo em On the Corner, gravou comigo pela primeira vez em Big Fun. Al preparava a base pros outros tocarem e depois mantinha o clima indefinidamente. Parecia muito com Buddy Miles, e era assim que eu queria que meu baterista tocasse então. Gostava também de Billy Hart, mas para o que eu queria de um baterista, Al Foster tinha tudo...”
pp 283 e 284 de sua Autobiografia
“...Quando comecei a tocar contra esse novo ritmo – sintetizadores e guitarras e toda essa coisa nova – primeiro tive de me acostumar a ele. A princípio, não havia sentimento, porque estava acostumado ao velho estilo, tipo Bird e John Coltrane. Tocar a coisa nova foi um processo gradual. A gente não pára simplesmente de tocar como antes. Não ouve o som a princípio. Isso leva tempo. Quando se ouve de fato o novo som é como uma torrente lenta. Na nova música, antes que a gente saiba, já tocou quatro ou cinco minutos, o que é um longo tempo. Mas não é preciso estrondar, porque tem um amplificador. E quanto mais macio se tocar o trompete, mais ele soa como trompete na amplificação. É como na mistura de tintas: com cores demais, só se obtém lama. Um trompete amplificado não soa bem quando se toca rápido mesmo. Assim, aprendi a tocar frases de dois compassos, e era nesse sentido que me dirigia com minha nova música. Era emocionante, porque eu aprendia enquanto fazia, exatamente como quando tinha Herbie (Hancock), Wayne (Shorter), Ron (Carter) e Tony (Williams)em meu conjunto (nota-se que ele está fazendo referência ao Miles Davis Quintet, lembram, do ESP...)
Só que dessa vez a coisa vinha de mim mesmo, o que me fazia sentir muito bem.
Substituí Jack DeJohnette na bateria por Al Foster. Encontrara-o quando fora à boate Cellar, na Rua 95, em Manhattan, visitar meu velho amigo Howard Johnson, que me vendia roupas na Paul Stuart. Agora era dono daquela boate e restaurante, e eu costumava ir comer lá, porque eles tinham um dos melhores frango assados do mundo. Uma noite, quando fui lá comer, Howard tinha um conjunto liderado por um baixista chamado Earl Mays, que tocara numa das orquestras de Dizzy (Gillespie). Tinham um conjuntinho sensacional. O pianista era um cara chamado Larry Willis, o resto dos músicos esqueci, mas o baterista era Al Foster. Ele me derrubou porque tinha um clima muito bom e o aplicava bem. Era o que eu procurava, por isso lhe pedi que viesse pra meu grupo, o que ele fez. Antes disso, pedi à Columbia que fosse à Cellar gravá-los, e eles foram. Teo Macero foi o produtor, e acho que as fitas estão nos depósitos, com grande parte do meu material (esta biografia de onde retiro estes textos foi lançada originalmente em 1989, por aí nós temos uma idéia de quantos extras que nem o próprio Miles tinha mais acesso foram aproveitados após sua morte...).
Al Foster não gravou comigo em On the Corner, gravou comigo pela primeira vez em Big Fun. Al preparava a base pros outros tocarem e depois mantinha o clima indefinidamente. Parecia muito com Buddy Miles, e era assim que eu queria que meu baterista tocasse então. Gostava também de Billy Hart, mas para o que eu queria de um baterista, Al Foster tinha tudo...”
pp 283 e 284 de sua Autobiografia
Miles Davis - Big Fun (1974)
(com descrição dos músicos faixa a faixa)
(com descrição dos músicos faixa a faixa)
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Disc 1
1. Great Expectations — 27:23
Khalil Balakrishna and Bihari Sharma – Electric Sitar, Tambura, etc
Herbie Hancock – Electric Piano
Chick Corea – Electric Piano
Ron Carter – Bass
Harvey Brooks – Fender Bass
Steve Grossman – Soprano Sax
Bennie Maupin – Bass Clarinet
Billie Cobham – Drums
Airto Moreira – Percussion
John McLaughlin – Electric Guitar
1. Great Expectations — 27:23
Khalil Balakrishna and Bihari Sharma – Electric Sitar, Tambura, etc
Herbie Hancock – Electric Piano
Chick Corea – Electric Piano
Ron Carter – Bass
Harvey Brooks – Fender Bass
Steve Grossman – Soprano Sax
Bennie Maupin – Bass Clarinet
Billie Cobham – Drums
Airto Moreira – Percussion
John McLaughlin – Electric Guitar
2. Ife — 21:34
Michael Henderson – Bass
Carlos Garnett – Soprano Sax
Al Foster – Drums
Lonnie Liston Smith – Piano
Mtume – African Percussion
Bennie Maupin – Clarinet, Flute
William Hart – Drums
Sonny Fortune – Soprano & Flute
Harold I. Williams Jr. – Piano & Sitar
Badal Roy - Tabla
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Disc 2
1. Go Ahead John — 28:27
Jack DeJohnette – Drums
(não me pergunte como isso é possível, já que ele falou ali em cima que o
1. Go Ahead John — 28:27
Jack DeJohnette – Drums
(não me pergunte como isso é possível, já que ele falou ali em cima que o
Jack estava fora neste álbum)
Steve Grossman – Sax
John McLaughlin –Guitar
Dave Holland - Bass
2. Lonely Fire — 21:21
Dave Holland – Bass
Bennie Maupin – Bass Clarinet
Wayne Shorter – Sax
Chick Corea – Electric Piano
Harvey Brooks – Fender Bass
Billie Cobham – Drums
Jack DeJohnette – Drums
John Zawinul – Electric Piano, Farfisa
Airto Moreira e Khali Balakrishna – on Indian Instruments
Steve Grossman – Sax
John McLaughlin –Guitar
Dave Holland - Bass
2. Lonely Fire — 21:21
Dave Holland – Bass
Bennie Maupin – Bass Clarinet
Wayne Shorter – Sax
Chick Corea – Electric Piano
Harvey Brooks – Fender Bass
Billie Cobham – Drums
Jack DeJohnette – Drums
John Zawinul – Electric Piano, Farfisa
Airto Moreira e Khali Balakrishna – on Indian Instruments
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