Este disco é maravilhoso....A faixa título é um dos mais lindos solos psicodélicos que já escutei na vida, com 10 minutos da guitarra marcante de Eddie Hazel...Eu o baixei há um tempo atrás, do saudoso blog Past Tense, e agora o hospedei no Badongo...
Neide
“ A primeira investida musical de George Clinton – até então um pacato cabeleireiro de Nova Jersey – na virada dos anos 50 para os 60 foi com os Parliaments. O grupo emplacou a singela canção de amor “(I Wanna) Testify” na parada de R&B americana. Animado, o artista mudou-se para Detroit e foi tentar a carreira como compositor da Motown.
Em Detroit, Clinton entrou em contato com a psicodelia e o som de garagem de bandas como MC5 e Stooges. Os donos dos cigarros Parliament não queriam ver o nome de seu produto associado a um grupo de doo wop e entraram na Justiça contra o cantor. Era o que faltava para Clinton mudar o nome da banda e seu estilo musical. Sob a alcunha de Funkadelic, o combo psicodélico do Dr. Funk assinou com a Westbound em 1967. Quatro anos depois, lançaria sua obra-prima: Maggot Brain. O disco e um exemplo perfeito do caleidoscópio sonoro que é a obra do artista, clássico da black music, além de um dos melhores álbuns lançados na década de 70.
As gravações dessa maravilha rolaram em festas regadas a ácido – denunciado pelo clima “viajante” do disco. O ouvinte desavisado com certeza vai estranhar a primeira faixa, uma viagem guitarrística de mais de 10 minutos executada em um único take por Eddie Hazel (guitarrista do P-Funk, morto em 1994, e que era uma espécie de reencarnação de Jimi Hendrix). “Maggot Brain” é até hoje marca registrada dos shows da banda.
Encerrada a psicodelia melancólica da faixa-título, “Can You Get To That” entra para o deleite dos apreciadores de funk.
Preste atenção em “Hit It And Quit It”, em que também fica clara a influência de Hendrix não só no som da guitarra, mas sobre a sonoridade do Funkadelic como um todo. Já “You And Your Folks, Me And My Folks” é um groove chapadão que explora as raízes gospel e R&B, cuja batida e daquelas que fica o tempo todo na mesma levada sem encher o saco. “Super Stupid” é um caso à parte. Serviu de base para pelo menos umas cinco canções dos Red Hot Chili Peppers, antecipando em 25 anos aquilo que ficaria conhecido no
Em Detroit, Clinton entrou em contato com a psicodelia e o som de garagem de bandas como MC5 e Stooges. Os donos dos cigarros Parliament não queriam ver o nome de seu produto associado a um grupo de doo wop e entraram na Justiça contra o cantor. Era o que faltava para Clinton mudar o nome da banda e seu estilo musical. Sob a alcunha de Funkadelic, o combo psicodélico do Dr. Funk assinou com a Westbound em 1967. Quatro anos depois, lançaria sua obra-prima: Maggot Brain. O disco e um exemplo perfeito do caleidoscópio sonoro que é a obra do artista, clássico da black music, além de um dos melhores álbuns lançados na década de 70.
As gravações dessa maravilha rolaram em festas regadas a ácido – denunciado pelo clima “viajante” do disco. O ouvinte desavisado com certeza vai estranhar a primeira faixa, uma viagem guitarrística de mais de 10 minutos executada em um único take por Eddie Hazel (guitarrista do P-Funk, morto em 1994, e que era uma espécie de reencarnação de Jimi Hendrix). “Maggot Brain” é até hoje marca registrada dos shows da banda.
Encerrada a psicodelia melancólica da faixa-título, “Can You Get To That” entra para o deleite dos apreciadores de funk.
Preste atenção em “Hit It And Quit It”, em que também fica clara a influência de Hendrix não só no som da guitarra, mas sobre a sonoridade do Funkadelic como um todo. Já “You And Your Folks, Me And My Folks” é um groove chapadão que explora as raízes gospel e R&B, cuja batida e daquelas que fica o tempo todo na mesma levada sem encher o saco. “Super Stupid” é um caso à parte. Serviu de base para pelo menos umas cinco canções dos Red Hot Chili Peppers, antecipando em 25 anos aquilo que ficaria conhecido no
começo dos anos 90 como funk-o-metal.
Comandada pelo baixo (que ainda não era tocado por Bootsy Collins, considerado o braço direito de Mr. George), “Back In Our Minds” é a penúltima faixa, a mais hippie do disco. Com tanta lisergia rolando, o maluco Dr. Funk não resistiu à tentação de fechar o registro com outra de suas viagens conceituais. Ainda bem, pois os quase 10 minutos de “Wars Of Armageddon” não podem ser definidos com outro termo que não “funkadélicos”. E, no fim das contas, essa é a virtude que torna Maggot Brain tão especial: o improvável equilíbrio entre rock psicodélico e funk music.”
Rodrigo Brandão, revista Bizz , fevereiro de 1998
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Comandada pelo baixo (que ainda não era tocado por Bootsy Collins, considerado o braço direito de Mr. George), “Back In Our Minds” é a penúltima faixa, a mais hippie do disco. Com tanta lisergia rolando, o maluco Dr. Funk não resistiu à tentação de fechar o registro com outra de suas viagens conceituais. Ainda bem, pois os quase 10 minutos de “Wars Of Armageddon” não podem ser definidos com outro termo que não “funkadélicos”. E, no fim das contas, essa é a virtude que torna Maggot Brain tão especial: o improvável equilíbrio entre rock psicodélico e funk music.”
Rodrigo Brandão, revista Bizz , fevereiro de 1998
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Funkadelic - Maggot Brain (1971)
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1. Maggot Brain 10:19
2. Can You Get to That 02:50
3. Hit It and Quit It 03:50
4. You and Your Folks, Me and My Folks 03:36
5. Super Stupid 03:57
6. Back in Our Minds 02:38
7. Wars of Armageddon 09:44
Download
2. Can You Get to That 02:50
3. Hit It and Quit It 03:50
4. You and Your Folks, Me and My Folks 03:36
5. Super Stupid 03:57
6. Back in Our Minds 02:38
7. Wars of Armageddon 09:44
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