"O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo." ( Friedrich Nietzsche )

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Johnny Winter The Texas Tornado

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Este é o fascículo 14, daquela série que saiu há um certo tempo nas bancas, Mestres do Blues.
Está cheio de clássicos, como “Road Runner”, “Out of Sight”, “5 after 4 A.M”, “Kind Hearted Woman”...
Não está neste disco mas existe uma versão do Johnny Winter para “Travelling Riverside Blues”, que é obrigatória para quem ainda não a conhece...


Neide


“Na execução “bluesy” de Johnny Winter, acha o máximo apoio a argumentação que diz que o autêntico blues também está ao alcance dos intérpretes de raça branca. No seu caso, antes que branco, Johnny Winter é albino, como é óbvio e todo mundo sabe.



Não é um músico de raça negra, mas também não se pode dizer que Johnny Winter tenha se incorporado ao blues procedendo de outros campos estéticos. Pelo contrário, ele cresceu e educou-se diretamente na estética do Blues, e já com 15 anos tinha gravado seu primeiro disco, “School-day Blues”, com o grupo Jammers on Dart, no qual figurava seu célebre irmão, dois anos mais jovem.


Os dois irmãos viveram toda sua juventude em Beaumont, Texas, (onde nasceu Edgar, enquanto que Johnny tinha nascido em Leland, Missisipi) e assimilaram ativamente o estilo de blues chamado “de Texas”.


Howling Wolf e Muddy Waters constituiram-se nos seus mais importantes modelos a seguir, principalmente depois que mudou-se para Chicago, onde teve a ocasião de se apresentar com uma grande quantidade de grupos de pouca relevância, como It and Them, Gene Taylor & The Down Beats...Se bem que gravou vários discos interessantes sob seu próprio nome, como “Progressive Blues Experiment” e “The Johnny Winter Experiment”, para desembocar no esplêndido “Johnny Winter”, que em 1969 estreou-se na CBS.
Sua triunfal carta de apresentação foi aprovada em 1970 por “Second Winter”, e em 1971, por “Johnny Winter and...”
A fama repentina e a voragem do sucesso, junto com a grande procura de shows acabaram sendo não muito bem assimiladas, e para sobrelevar tal situação, Johnny Winter caiu na armadilha das drogas, situação pela qual ficou dois anos “down and out”. Reapareceu em 1973 com “Still alive and Well” e então começa a época mais brilhante da sua carreira, repleta de sucessos em todos os campos.


Este disco contém várias das melhores gravações entre todas as da sua produção fonográfica. Cabe assinalar as faixas “Parchman Farm”, “Coing Down Slow”, “Kind Hearted Woman” e “5 after 4 A.M”, claramente afirmativos do seu legítimo poderio “bluesy”. Nestes registros não trata-se de um músico branco que assimilou bem o blues e que toca razoavelmente, tendo em conta que não é um músico de origem afro-americana; muito pelo contrário, seu trabalho e o de todo seu grupo é perfeitamente equiparável com o mais autêntico blues negro ou da cor que você quiser. E, estabelecido este princíprio, o resultado é indubitavelmente excelente!!
Quanto ao mais, sobressaem gravações enquadradas no mais trepidante “rhytm and blues”, como “Road Runner”, “Out of Sight”, “Gangster of Love” e “That’s What Love Does”, que são exemplos dum potencial devastador.
Além disso, na seleção acham-se duas pérolas do mais puro estilo pessoal de Winter, nas quais exprime-se com total soltura e plena liberdade, tal como é e tal como sente: “Leaving Blues” e “Low Down Gal of Mine”.
Em suma, um Johnny Winter na sua máxima dimensão...”
Transcrição da página 17

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1. Road Runner
2. Gangster Of Love
3. Leave My Woman (Wife) Alone
4. I Can't Believe You Want to Leave
5. That's What Love Does
6. Five After Foru A.M.
7. Out of Sight
8. Parchman Farm
9. Low Down Gal of Mine
10. Goin' Down Slow
11. Leaving Blues
12. Kind Hearted Woman

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