"O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo." ( Friedrich Nietzsche )

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Maria Bethânia - A tua presença

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A tua presença (1971)

1. Janelas Abertas Nº 2
2. Jesus Cristo
3. Olhe o Tempo Passar
4. Dia 4 de Dezembro
5. Quem Me Dera
6. Mano Caetano
7. A Tua Presença Morena
8. Mariana, Mariana
9. Folha Morta
10. Rosa dos Ventos
11. Se Eu Morresse Amanhã
12. What´s New?



"Em seu primeiro álbum solo de estúdio na Phillips, Maria Bethânia reafirmava sua paixão pelos sambas-canções doloridos dos anos dourados, regravando Ary Barroso (Folha Morta), Antonio Maria ("Se Eu Morresse Amanhã de Manhã") e Dolores Duran ("Olhe o Tempo Passando). Repaginava ainda o gospel de Roberto Carlos em voga naquele ano de 1971 (Jesus Cristo), numa leitura mais agressiva. Nos embalos contra a ditadura ainda valia , entre outras, a força da "Rosa dos Ventos", de Chico Buarque, e o samba-rock "Mano Caetano", ansiando por sua volta para o Brasil, em duo com o seu autor Jorge Bem (Jor). O mano, por sua vez, contribuía de Londres com duas canções inéditas moderníssimas: a faixa-título "A Tua Presença" e a enigmática "Janelas Abertas Vol. 2"." (Submarino)

Uma pequena observação: encontrei este link solto na net, se a pessoa que "ripou" o cd reconhecer os arquivos, me fale nos comentários para eu poder creditar devidamente.


Wilhelm von Gloeden, Joven Siciliano (1900)
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Sim, eu poderia abrir as portas que dão pra dentro
Percorrer correndo os corredores em silêncio
Perder as paredes aparentes do edifício
Penetrar no labirinto
O labirinto de labirintos
Dentro do apartamento
Sim eu poderia procurar por dentro a casa
Cruzar uma por uma as sete portas, as sete moradas
Na sala receber o beijo frio em minha boca
Beijo de uma deusa morta
Deus morto, fêmea de língua gelada
Língua gelada como nada
Sim, eu poderia em cada quarto rever a mobília
Em cada um matar um membro da família
Até que a plenitude e a morte coincidissem um dia
O que aconteceria de qualquer jeito
Mas eu prefiro abrir as janelas pra que
entrem todos os insetos...

Caetano Veloso, Janelas Abertas nº 2
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