“Se você é completamente fanático por uma determinada banda de rock, tranqüilize-se: você é normal. Todas as pessoas ligadas ao universo rockeiro (fãs, críticos, lojistas especializados, empresários, produtores e os próprios músicos...) são “fãs de carteirinha” de alguma banda. Fãs assumidos, fãs discretos, fãs exagerados, bem, não importa a classificação: são fãs.O que precisa ser discutido é a “distância” que separa o significado destas duas frases: (1) eu sou um fã; (2) eu sou um idiota. Eu penso que a distância é muito pequena: apenas dois milímetros. Vou exemplificar: José da Silva acha que o In a Glass House do Gentle Giant é um disco maravilhoso. Ok ele é um fã. Agora, se José da Silva achar que todos os discos do Gentle Giant são maravilhosos, ele então ultrapassou a pequena “distância imaginária de dois milímetros” e se transformou rapidamente em um idiota.
A responsabilidade da crítica de rock é muito grande. As pessoas investem dinheiro em revistas e livros de rock. Conheço alguns críticos que não conseguem “descer a lenha” nos discos ruins ou comerciais de sua banda predileta. Deixando a isenção de lado, estes críticos transformam o fanatismo em idiotice.
Nem tudo são flores no Rock Progressivo. As grandes bandas também lançaram lixo fonográfico.”
“As Obras-Primas do Rock Progressivo” – Jeferson Araújo Pereira
Ano de lançamento : 2000
Página 28
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Eu achei este trecho interessante pois ao meu ver, pode ser aplicado a todos os gêneros, não só ao Progressivo...se faz realmente necessária uma percepção de que nem todo o material lançado por uma determinada banda será obrigatoriamente bom pelo simples fato de carregar o seu nome.
Apesar que eu admito, gosto de certas coisas que talvez não sejam consideradas muito boas...melhor nem ir fundo neste assunto...hahahaha
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