"O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo." ( Friedrich Nietzsche )

domingo, 14 de setembro de 2008

Mestres dos Quadrinhos Eróticos - Serpieri X

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O recurso do sonho – que, para o leitor, confundiu-se cada vez mais com a realidade a cada nova aventura da personagem – ganhou mais espaço, como se percebeu no sexto capítulo, “Aphrodisia”, lançada em 1997. Novamente, teve-se a impressão de que Serpieri perdeu por completo a lógica de sua narrativa. Não raro, surgiram contradições e dúvidas quanto à existência de um sonho dentro de outro sonho, com informações que se confundiam.
O episódio teve início quando o comandante Williamson decidiu ir atrás de Druuna por meio de um estágio artificial de sono que o levou a adentrar no sonho da moça.



Ao fazê-lo, deparou-se com um orifício negro para onde Druuna estava sendo carregada. Surgiram mulheres com pênis em seu caminho, enquanto uma força maligna impediu o astronauta de ajudá-la.




Um robô antigo que se comunicava telepaticamente apareceu repentinamente, tendo ao fundo uma gigantesca torre de altura infinita.



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Dentro da misteriosa construção, em suas paredes internas, estavam pessoas vivas, aprisionadas em formas de alto relevo e amontoadas como se estivessem num mural que dava a idéia de uma grande orgia. Em seus rostos, expressões misturavam prazer, dor, paixão. No meio delas, estava Druuna, num momento de intensa atividade sexual.
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Enquanto isso, Lewis deu novos sinais de descontrole e loucura.
Sua vida se revelou como um sono letárgico no qual vivia seus pesadelos, seu próprio inferno e, portanto, onde encontrava seus demônios. Parecia obcecado em dominar mentes e espíritos, do mesmo modo que Delta, como se o tivesse assimilado. Ele pretendia retirar toda a energia vital das pessoas. Para tanto, empenhou-se em controlar suas recordações, amores, ódios, sofrimentos e os mais íntimos desejos. Seu propósito era, enfim, penetrar no canto mais secreto dos humanos em busca do mal mais oculto inscrito em cada um, no código genético.
















Druuna, então, encontrou uma figura de aparência não menos encantadora que ela: sua sósia, chamada Aphrodisia. E surgiram mais revelações sobre a trama, não exatamente esclarecedoras. Ao contrário. Supostamente, tudo que cercava a heroína fazia parte agora de um sonho sonhado por outro sonho de um espírito que outrora foi humano e agora não passava de energia em estado puro. Deu para entender? Se não, leia a frase de novo, bem devagar que talvez consiga.






Os poderes de Aphrodisia se mostraram fantásticos. Podia-se entrar em seu sonho por telepatia. Nesse momento, personagens surgiram na condição de originários da mente de quem entrou no sonho de Lewis. Como a bela Paula, idealizada pelo inconsciente de Williamson e que passou a contracenar com ele. O espírito a materializou a partir das lembranças mais ardentes do comandante negro.












No mundo de Lewis, a busca dolorosa por prazer era tudo que importava e o sofrimento representava a fonte do orgasmo mais sublime.


Um comentário:

wagner de Paula disse...

Todo o site é magnifico , mas esta história é realmente inesperadamente incrível , muito grato