"O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo." ( Friedrich Nietzsche )

domingo, 14 de setembro de 2008

Ash Ra Tempel

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A banda em 1971

“Primeiro, e para muitos o melhor e mais influente, trabalho desse importante grupo ligado ao krautrock. O Ash Ra Tempel (nome ligado a um deus egípcio), foi formado em meados de 1970 com a iniciativa do multi instrumentista Manuel Göttsching. O músico, muito influenciado pela música de vanguarda, pelo free-jazz, Fusion e a Psicodelia, resolveu jogar todas essas influências na sonoridade de sua banda, o que faria da mesma uma das mais ricas musicalmente dentro desse cenário (pelo menos nos seus primeiros discos).
Para o primeiro trabalho do grupo, chamou os competentes Hatmut Enke e Klaus Schulze, recém saído do Tangerine Dream, e reservando algumas sessões de estúdio para a gravação do álbum o mesmo seria lançado em junho de 1971.
Ao ouvir atentamente o disco, percebe-se a razão do sucesso do mesmo. Na primeira faixa Amboss, temos um lento e comedido início, onde os teclados e parcas intervenções de guitarra davam sua participação, e que progressivamente cresce em intensidade, com gradativas aparições da bateira e baixo até virar um petardo sonoro: pesado, tenso e altamente improvisado. Literalmente, a música que se iniciava quase silenciosa, lembrando até o trabalho In A Silent Way (1969) do músico Miles Davis vira um êxtase psicodélico, no melhor estilo do Pink Floyd fase Barett.


Hartmut,concerto em Paris,1973

A segunda faixa Traummaschine repete a mesma construção sonora da faixa anterior, início calmo onde progressivamente ganha peso e intensidade, mas aqui percebe-se uma intervenção ainda mais cuidadosa dos músicos, principalmente dos teclados de Schulze, e a música apresenta pequenos traços ligados ao space rock e à vanguarda de John Cage e Edgar Varesee, e nesse aspecto a música ganha um clima e uma sonoridade ainda mais rica, complexa e sombria que sua antecessora. Destaque também para o vocal, na verdade um impronunciável sussurro durante boa parte da faixa, coincidentemente lembrando o grupo Can e seu disco Tago Mago (também de 1971) que também utilizou esse tipo de recurso.
Após esse trabalho, o grupo com diferentes formações, mas sempre sobre liderança de Göttsching, ainda lançaria mais três trabalhos de mesma qualidade: Schwingungen (1972) , Seven Up e Join Inn (ambos de 73). Posteriormente o grupo iria seguir um caminho menos experimental, mudando seu nome para Ashra em 1977, seguindo uma linha mais eletrônica que lembrava o Tangerine Dream e o Kraftwerk fase Radio Activity. O grupo enceraria suas atividades em 1991.”


Resenha escrita por Roberto Lopes, da Soundchaser

Manuel,concerto em Paris, 1973

“O Krautrock foi um movimento musical e artístico ocorrido na Alemanha, no período que vai do fim da década de 60 até o fim da década de 70, mais ou menos 77/78. A partir daí as bandas começaram a seguir o modelo americano, coisa que ocorre até hoje. Basta dizer que as bandas gravavam os discos e depois os distribuiam de graça!!! Um movimento pré-Napster em plena década de 70, imagine você...
As músicas eram de uma sonoridade e criatividade foderosíssimas (não encontro outra palavra para definir :D ), misturando psicodelia, um pouco de jazz, rock (ás vezes bastante pesado para a época) e blues. A sonoridade é única e ele é sempre confundido com progressivo, apesar de não o ser. Na verdade é um xingamento bravo falar que as bandas eram progressivas...... Um dos expoentes, e sempre citado como exemplo, é o Tangerine Dream, porém, a partir do álbum "Phedra", de 1974, ele passou a ser bastante progressivo e folk, divergindo do Krautrock original. Tome cuidado com a Wikipedia, lá tem bastante porcaria escrita sobre este estilo.Utilize-a como ponto de partida, não como fonte única.”(
Resenha escrita por Hazzamanazz
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Lançamento: Alemanha, 1971
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Músicos:

Manuel Göttsching - Guitarra, bateria, teclados
Hartmut Enke - Baixo, teclados
Klaus Schulze - Teclados

Nota: nos últimos álbuns postados, estou inserindo na pasta Arwork imagens das versões em vinil também ( para as pessoas que apreciam covers completos).


Tracks:

1. Amboss (19:40)
2. Traummaschine (25:24)

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