"O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo." ( Friedrich Nietzsche )

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Il Vangelo Secondo Matteo por Pier Paolo Pasolini, trilha sonora de Luis Bacalov

“É uma obra de poesia o que quis fazer. Não uma obra religiosa, no sentido vulgar da palavra, nem, de algum modo, uma obra ideológica. Em palavras simples, eu não acredito que Cristo seja filho de Deus, porque não sou crente (pelo menos conscientemente).
Mas acredito que Cristo é divino, ou seja, acredito que nele a humanidade é algo de tão elevado, rigoroso e ideal que ultrapassa os termos comuns da humanidade. Por isso, falo em poesia: instrumento irracional para exprimir este meu sentimento irracional em relação a Cristo (...) uma violenta chamada de atenção a uma burguesia estupidamente lançada na destruição dos elementos antropológicamente humanos, clássicos e religiosos do homem” (
P.P.Pasolini)

Pasolini com os atores em momentos de pausa entre as cenas

“Os mesmos actores que Pasolini transformou em marginais, pequenos delinquentes, bandidos, putas e proletários, fazendo deles personagens nobres saídos como que da mitologia de uma narrativa religiosa como nos quadros de Caravaggio, representaram depois os apóstolos no “Evangelho Segundo Mateus” salazarentemente traduzido entre nós para “O Evangelho Segundo SÃO Mateus”. Diria o realizador em entrevista:
“ Encontro muita semelhança entre a fuga de José e a Virgem e os milhões de refugiados que existem no mundo actual” – o que lhe valeu fortes ataques do Vaticano e da classe politica conservadora. Por essa época Pasolini tinha-se tornado famoso, tendo já trinta processos judiciais contra ele por diversos crimes e ofensas contra a moral e a religião – inclusivamente tinha sido expulso do Partido Comunista por defender o Marxismo e o Cristianismo como as grandes forças- motriz da Civilização Ocidental – “A ideia religiosa nunca foi contrária à classe operária” dizia, citando Gramsci.
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Pasolini com sua mãe durante as filmagens, Susanna Colussi Pasolini, a qual interpreta a mãe de Cristo.

“Il Vangelo Secondo Matteo” marcou a plena consagração de Pasolini como cineasta, sendo unânimemente aclamado e entre os muitos prêmios, como em Veneza (1964), nem faltou o do Office Catholique Internacionale. Muito se receara quando se soube do projecto. Mas eis que, paradoxalmente, o marxista Pasolini, com a reputação que o rodeava de “provocador” assinou uma fidelissima adaptação do Evangelho, literalmente seguido sem qualquer omissão ou acrescentamento.
Na verdade a figura de Cristo é aqui representada com a mesma violência de um resistente: como algo que contradiga radicalmente a vida como esta é vivida pelo homem moderno.

“Não vim trazer a paz, mas a guerra” – nas próprias palavras de Jesus é a chave para a compreensão da ideia de Cristo, sempre à frente dos apóstolos como

um lider revolucionário que prega continuadamente na sua marcha até Jerusalem. Na sua sacralidade laica Cristo é reduzido no seu humanismo, a um género de cristianismo socialista, rompendo-se assim com o cliché da iconografia Cristã. Esta é a reconstrução mais realista da história de Cristo, um porta voz intemporal dos danados da Terra – que nada tem a ver com a hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) – sabemos como acabou Cristo, e como acabou Pasolini, ambos vitimas do poder descriccionário.
A perda e o declinio da Civilização deve-se ao Poder que está sentado sobre montanhas de despojos de vítimas”
(Resenha escrita por Xatoo em português de Portugal, portanto não estranhe a forma como certas palavras estão escritas. Clique para ser redirecionado ao blog)


“O primeiro aspecto geralmente destacado quando se fala de O Evangelho Segundo São Mateus é o fato da obra ter sido incluída na famosa lista do Vaticano com os 45 filmes de temas religiosos aprovados pela Igreja Católica, lista que, conforme consta nos extras do dvd desse filme de Pasolini, deixou de fora, por exemplo, o épico grandiloqüente Os Dez Mandamentos, de Cecil B. DeMille. Dada a carga prioritariamente simbólica, nada contestadora em relação ao evangelho e muito pouco violenta, o filme não teria por que ser desaprovado, assim como a singeleza e o lirismo de suas formas dificilmente não agradariam – do cristão ao não cristão, do fundamentalista ao herético, do mais crente ao ateu: todos devem reconhecer a beleza da poética pasoliniana em O Evangelho Segundo São Mateus. Mas a importância, ou, talvez fosse melhor dizer, a verdadeira qualidade do filme está em outro lugar, a quilômetros de distância tanto do apócrifo quanto da oficialidade religiosa.



Do Cristo interpretado por Enrique Irazoqui em O Evangelho Segundo São Mateus ressai a jovialidade e o semblante que, apesar de aparentemente imodificável nas passagens mais prosaicas do filme, pode alterar-se mediante sua impaciência com a falta de fé, com a incompreensão de alguns homens em relação às escrituras de Deus, com as eventuais más interpretações de suas palavras. Esse perfil irascível contradiz a visão comumente parcimoniosa e meiga de um Cristo sempre disposto a tudo tolerar. Em O Evangelho Segundo São Mateus seus sermões são inflamados, e seu temperamento é constantemente sujeito a descontroles (do que a expressão mais clara está na forma exaltada com que ele reage ao estado corrompido em que encontra Jerusalém). Na clássica cena, já na crucificação, do soldado romano que lhe ergue a lança com uma esponja molhada presa à sua ponta (por livre e espontânea vontade, segundo o filme), Jesus recusa veementemente a água, soltando, logo em seguida, o grito que desencadeia a fúria divina e provoca o terremoto que racha a terra.


Acima a mãe de Pasolini, Suzana, como Maria


Há um quê de infantilidade nesse Cristo aqui abordado, uma figura que desperta simpatia e compaixão imediatas justamente pela pureza e pela convicção semi-infantil com que se atira às suas empreitadas. Não por acaso, é com as crianças que ele vai buscar identificação. Quando já se mostrava essencialmente destacada a presença delas no filme, com seus sorrisos e seus olhares na direção do messias, ocorre a cena em que Pedro pede à criançada para que interrompa o assédio a Jesus, o que ele próprio retruca: "Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, pois o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham". No domingo de ramos, é uma fila de crianças que se põe à frente da multidão e saúda Jesus.
Em matéria de humanização da figura do Cristo, cabe um cotejo que está na motivação principal do assunto aqui em questão. O filme de Mel Gibson que ocasionou esta pauta poderia se chamar "a paixão segundo Jesus Cristo", este tomado na condição humana, com tudo que isso implica para aquela situação (a exemplo do sofrimento na carne). A Paixão de Cristo é construído basicamente da proximidade extrema com Jesus e seu sofrimento físico, não poupando planos subjetivos e estratégias de imersão nas cenas mais violentas (a câmera assumindo o ponto de vista de Cristo num momento de queda durante a via crucis chega a lembrar o Peckinpah de Meu Ódio Será Sua Herança).

Acima cena de “Passion”, por Mel Gibson
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No filme de Pasolini, como o próprio título já deixa claro, temos um relato em terceira pessoa, e ainda que esta pessoa esteja próxima o suficiente para assimilar detalhes, sua construção se diferencia radicalmente da crueza visual e da vulnerabilidade do corpo impingidas ao Cristo que Gibson filmou. O Evangelho Segundo São Mateus realça o simbólico e o mítico (a câmera recorrentemente enquadra o sol sobre a cabeça de Cristo), optando pela encenação sugestiva em vez da literalidade. Não se trata de fugir da violência dos atos cometidos contra Cristo, mas sim de mergulhar naquilo que o filme escolheu como maior objeto de investigação, e que definitivamente não diz respeito à porção carnal da história. Se há agressividade em O Evangelho Segundo São Mateus, esta deve ser procurada em outros aspectos que não o da tortura corporal.
Pasolini fez um filme muito mais sobre a palavra de Cristo do que sobre sua vida ou seu calvário.
À semelhança de Palavra e Utopia, de Manoel de Oliveira, o grande peso histórico da figura retratada está na palavra. Praticamente todas as falas são pregações, são fundamentos. Há uma seqüência definidora com relação a isso, na qual Jesus Cristo profere alguns dos seus sermões mais famosos em sucessivos primeiros planos dele com uma paisagem desértica às suas costas (estrutura monológica que, por si só, ressalta a palavra como elemento central), as cenas estando pontuadas por fusões e fades que demonstram a contigüidade daqueles discursos ao longo de um tempo que escoa rapidamente e que corresponde a períodos distintos da vida de Cristo.







O filme quer abraçar o sentido completo das falas que se acavalam ao longo de uma vida que, embora razoavelmente curta, concentrou-se em sentenças de afirmação de bases morais para toda uma civilização. É de uma fala do próprio Cristo, e não de uma organização discursiva alheia ao personagem, que sai o reconhecimento de que a empresa messiânica trouxe, no fundo, a despeito do sacrifício de um homem pela comunhão da humanidade, a espada e a divisão. Ainda que a visão seja externa à figura de Cristo, no sentido de filtrada pelos olhos de Mateus, a proximidade com seu rosto jamais é abandonada. O primeiro plano como escala predominante, na verdade, é uma constante com todos os personagens (o filme começa com o rosto sorridente de Maria).





Após o milagre da multiplicação dos pães, a câmera realiza uma longa panorâmica em que são filmados todos os apóstolos de Cristo em close-up, rosto após rosto. E em que outra parte do corpo poderia se concentrar um filme sobre a fé (lição muito cedo ensinada por Dreyer em A Paixão de Joana D’Arc)?
Há que se destacar a maneira singela e econômica com que são filmadas as clássicas ações milagrosas de Cristo, que na maioria dos filmes bíblicos costumam aparecer revestidas de todo um tom épico e mistificador. Pasolini parte do princípio de que milagre é milagre, não precisa ser justificado, crê-se nele ou não – e seu filme é integralmente direto com relação a esse ponto, uma vez que já parte da crença na escritura como dado sólido, que não discutirá no plano formal ou textual. Quem problematiza ou não a fé são os personagens; o filme em si não discute o milagre, apenas mostra-o. Seguindo a mesma lógica, Cristo nunca é indagado pelo filme quanto à autenticidade de sua missão: O Evangelho Segundo São Mateus só existe porquanto já a considera autêntica.



Um filme sem rebatimentos históricos ou religiosos, sem os atritos de conceitos que se complicariam num momento posterior (sabemos que a santíssima trindade, por exemplo, figura geométrica que coordena o rito cristão ao longo dos séculos e cuja afirmação encerra o filme de Pasolini, geraria divergências dentro da própria Igreja). Ao contrário de um tom grave e épico, tão aguardado em filmes do gênero, Pasolini buscou a leveza. Tendo a música de Bach como complemento sublime (a "Erbarme dich mein Gott" já participou de no mínimo duas outras obras-primas do cinema, O Sacrifício, de Andrei Tarkovski, e Japão, de Carlos Reygadas), O Evangelho Segundo São Mateus é filmado com a beleza e a entrega que o tema já de entrada requer.” (resenha escrita por Luiz Carlos Oliveira Jr., na revista Contracampo)

Pôster francês

Pôster alemão

“Il Vangelo Secondo Matteo”, película realizada em P&B:

Ano de realização – 1964, sendo uma parceria entre França/Itália
Duração: 137 minutos
Diretor: Pier Paolo Pasolini
Roteirista: Pier Paolo Pasolini
Elenco: Enrique Irazoqui, Margherita Caruso, Susanna Pasolini, Marcello Morante, Mario Socrate, Settimio Di Porto, Alfonso Gatto, Luigi Barbini, Giacomo Morante, Giorgio Agamben, Guido Cerretani, Rosario Migale, Ferruccio Nuzzo, Marcello Galdini, Elio Spaziani
Títulos Alternativos: The Gospel According to St. Matthew /L’Évangile selon saint Matthieu
Fotografia: Tonino Delli Colli
Trilha Sonora elaborada por Luis Bacalov


Il Vangelo Secondo Matteo Soundtrack//
(The Gospel According to St. Matthew)
Luis Enriquez Bacalov, Carlo Rustichelli
(1964, re-lançado em 1996)

1. GLORIA from "Missa Luba" (p.d.) (02:43)
2. SOMETIMES I FEEL LIKE A MOTHERLESS CHILD (spiritual) (03:11) Voice: Odetta
3. SIGNORE MIO (from a Hebrew Song) (02:08)
4. TRE FRONDE TRE FIORI / VIENI DA ME (05:57) (JERUSALEM: DAYTIME)
5. TRE FRONDE TRE FIORI (05:19) (JERUSALEM: NIGHT TIME)
6. VIENI DA ME / TRE FRONDE TRE FIORI / VIENI DA ME (02:29) (DANCE OF SALOME)
7. INDEMONIATI 1 (00:54)
8. INDEMONIATI 2 (02:25)
9. INDEMONIATI 3 (01:32)
10. GETSEMANI (01:12)
11. THE 13TH CENTURY (01:32)
Sergei Prokofiev from "Alexander Nevsky" Film Score
12. ADAGIO from the "Concerto in C minor" BWV 1060 Double Concerto for Oboe & Violin (05:12)
Johann Sebastian Bach
13. MAURERISCHE TRAUERMUSIK KV 477 (06:33)
Wolfgang Amadeus Mozart
14. DONA NOBIS PACEM from "Agnus Dei" from "Mass in B minor" BWV 232 (03:03)
Johann Sebastian Bach
15. ADAGIO from the "Concerto in E for Violin" BWV 1042 (07:34)
Johann Sebastian Bach
16. ERBARME DICH, aria from "St. Matthew Passion" BWV 244 (06:44)
Johann Sebastian Bach
17. WIR SETZEN UNS MIT TRANEN NIEDER from "St. Matthew Passion" BWV 244 (06:52)18. GLORIA from "Missa Luba" (p.d.) (02:41)


Pôster original do filme

Esse compositor da trilha, o Bacalov, é conhecido por já ter realizado trabalhos em vários faroestes. Uma trilha que o marcou bastante aqui no Brasil foi a do filme “O Carteiro e o Poeta”. Segundo os textos consultados, nos anos 70 já elaborou trabalhos também na área do rock progressivo com bandas italianas: New Trolls, Osanna e Il Rovescio della Medaglia.
Fiquei muito interessada em um lance que ele fez recentemente no qual adapta a Missa para o tango, o Missa Tango. Se encontrar material referente a este trabalho em mp3, certamente postarei aqui despues....

Luis Enríquez Bacalov
( San Martín, Buenos Aires, Argentina,30 de março de 1933)


Es un pianista, compositor y director de orquesta argentino, famoso por sus bandas sonoras de los spaghetti western Django, La muerte de un presidente y Gran duelo al amanecer.
Bacalov ha sido nominado dos veces al Oscar: una en 1967, por The Gospel According to St. Matthew (O Evangelho Segundo Mateus, de Pasolini) ; y otra en 1996 por Il Postino (aqui no Brasil conhecido por O carteiro e o Poeta, de Michael Radford), obteniendo la estatuilla en esta ocasión.
En los primeros años de la décadas de los '70, colaboró con diversas bandas italianas de rock progresivo.
Hoy en día es el director artístico de la Orquesta della Magna Grecia, en Taranto (Italia).
Como curiosidad, cabe destacar que dos de sus canciones aparecen en las películas Kill Bill, del director Quentin Tarantino.

Comenzó su formación musical a la edad de 5 años, estudiando piano con Enrique Baremboim, continuando luego con Berta Sujovolsky (alumna de Arthur Schnabel).
Desde muy joven edad comenzó a ofrecer conciertos en Argentina como solista y en dúo con el violinista Alberto Lisy, como también en grupos de música de cámara. Ha realizado investigaciones sobre el folclore musical de varios países sudamericanos,
trabajando en esta disciplina para la Radio y la Televisión Colombiana, donde además hace conocer como interprete, la producción pianística de las Américas del 1800 y 1900.En Italia y en Francia, a partir de los años sesenta, trabaja muy activamente como compositor de cine, colaborando entre otros con directores como Lattuada, Damiani, Scola, Faccini, Giraldi, Wertmüller, Kurys, Stora, Lefebvre, Borowczyk, Greco, los hermanos Farsi, Pasolini, Fellini, Radford y Rosi. Por la música de la película “Il Postino” con la dirección de Michael Radford, obtuvo numerosos premios y nominaciones: el Davide di Donatello, el Globo de Oro de la prensa extranjera en Italia, el Nastro d’Argento de la
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Associazione dei Critici Cinematografici, el premio Oscar de la Academy of Motion Pictures Arts and Science, el premio Bafta (British Academy for Film and Television Arts), y el premio Nino Rota. Por la película “La tregua”de Francesco Rosi ha obtenido una nominación para el Davide di Donatello y una nominación de la A.M.P.A. por la película “Vangelo secondo Matteo” de Pier Paolo Pasolini. Ganó el Globo de Oro por la música de la película “Il Consiglio d’Egitto” de Emidio Grecco.
Luis Bacalov trabaja actualmente como pianista y director de orquesta en Europa y América. Junto al repertorio tradicional interpreta música de autores latinoamericanos, incluidas sus propias composiciones. Ha inaugurado la “Cavea” del Auditórium –Parco della Musica, en Roma el 2 de julio de 2003 con el programa “Cinema Italiano”, dirigiendo a la orquesta de la Academia Nacional de Santa Cecilia. Su Triple Concierto, para soprano, bandoneón, y piano, estrenado por la “Santa Barbara Symphony” en California y luego interpretado por la Orquesta Sinfónica de Milán “Giuseppe Verdi”, fue grabado por la DELOS, con Bacalov como pianista bajo la dirección de Giséle Ben Dor. Ha aceptado recientemente el puesto de Director Principal en la Orquesta de la Magna Grecia de Taranto por las dos próximas temporadas.

Es también autor de composiciones para guitarra, violín, para varios grupos instrumentales y para piano y orquesta. Su composición para solos, coro y orquesta llamada Misa Tango, registrada por D.G.G. bajo la dirección de Myung-Whum Chung con Placido Domingo, Ana Maria Martínez y Héctor Ulises Passarella, ha sido interpretada en Roma con la Orquesta de la Academia Nacional de Santa Cecilia, durante el Festival de Pascua 1999. Para la D.G.G. Luis Bacalov grabó, con arreglo para piano y orquesta, Adiós Nonino y Libertango de Piazzolla y su Tangosain. Este álbum de DGG/Universal, ha obtenido la nominación al Latina American Grammy Awards 2001.
Ha dirigido varias veces Misa Tango. Recientemente la ha dirigido en Bari, en el marco del Congreso Eucarístico Nacional, registrado por la RAI, y en Palermo en el Teatro Máximo para el estreno de la temporada de verano 2005.
Dirigió el estreno mundial de su primera obra teatral “Estaba la Madre”, que a pedido del Teatro de la Opera de Roma, se presentó en el Teatro Nazionale di Roma con la dirección de Giorgio Barberio Corsetti en el 2004 y luego fue reestrenada en el 2005. En Argentina “Estaba la Madre” será representada en octubre de 2007 en el Teatro Argentino de La Plata.
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En la Ciudad de México ha dirigido el estreno mundial de su obra “Un ingenioso hidalgo en América”. Está trabajando en una opera de tango basada en su relato
“Gardel y el Compadrito” que Enrique Buenaventura, Carlos Sessano y José Luis Goyena han transformado en un libreto teatral.
La Accademia Chigiana de Siena le ha solicitado una Opera-Ballet para la Settimana Musicale de Siena del 2008.
Ha formado un cuarteto con bandoneón, contrabajo, percusión y piano, con el cual interpreta composiciones que buscan puntos de encuentros entre diversas culturas musicales, llegando a un resultado fuertemente sincrético (música etnia, urbana, contemporánea).


Também é co-autor da peça teatral Os Saltimbancos, juntamente com Sérgio Bardotti, que ganhou uma adaptação em português por Chico Buarque.

Fusão de informações encontradas em:
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Para os italianos(For the italian people):

“È un pianista, compositore, direttore d'orchestra e arrangiatore argentino, famoso per le sue colonne sonore cinematografiche.
Dopo aver iniziato lo studio del pianoforte in Argentina, completa gli studi a Buenos Aires. Inizia quindi una serie di concerti nell'intero Sudamerica. Si trasferisce in Europa dove compie degli studi di perfezionamento a Parigi. Dopo alcuni anni arriva finalmente in Italia, affermandosi fin da subito come brillante arrangiatore prima per la casa discografica Fonit Cetra e poi per la RCA. Alla Fonit Cetra collabora con Claudio Villa (del quale è stato anche pianista accompagnatore nei concerti fino alla fine degli anni '50) e Milva (per citare i più noti).
Una volta passato alla RCA, nel 1960, Bacalov (che all'epoca era noto come Luis Enríquez) si mette subito in luce curando gli arrangiamenti delle canzoni di Nico Fidenco (memorabile quello per "Legata a un granello di sabbia"), Sergio Endrigo, Rita Pavone ("La partita di pallone", "Cuore", "Il ballo del mattone", "Che m'importa del mondo"), Umberto Bindi ("Un ricordo d'amore", "Il mio mondo"), Neil Sedaka ("La terza luna", "I tuoi capricci", "L'ultimo appuntamento"). Con Sergio Endrigo Bacalov forma un sodalizio quasi ventennale, testimoniato da canzoni come "Io che amo solo te" ( altro indimenticabile arrangiamento ), "Se le cose stanno così", "Era d'estate", "Canzone per te", "Lontano dagli occhi", "L'arca di Noè", "Una storia", "Elisa Elisa".
Tra gli album che vedono la collaborazione tra Bacalov ed Endrigo vanno ricordati i primi due omonimi per la RCA (1962 e 1964), La Vita, Amico, È l'Arte dell'Incontro (etichetta Cetra, 1969), il doppio dal vivo L'Arca di Noè (Cetra, 1970), Nuove canzoni d'amore (Cetra, 1971), L'arca (Cetra, 1972), Ci vuole un fiore (Ricordi, 1974). Negli anni '70 Bacalov cura anche gli arrangiamenti per gli album dei New Trolls (Concerto Grosso, Cetra 1971 e Concerto Grosso n. 2, Cetra 1976), Osanna (Preludio, tema, variazioni, canzona, Cetra 1972), Il Rovescio della Medaglia (Contaminazione, RCA 1973), Claudio Baglioni (Sabato pomeriggio, RCA 1975), Mia Martini (Che vuoi che sia, Se t'ho aspettato tanto, CIV 1976), Ricchi e Poveri (I musicanti, Fonit Cetra 1976).
Nel 1960 Bacalov comincia anche l'attività di compositore per il cinema, sotto lo pseudonimo di Luis Enríquez. Tra gli innumerevoli film per i quali ha composto la colonna sonora ricordiamo Il Vangelo secondo Matteo (1964), A ciascuno il suo (1967), L'amica (1969), Cuori solitari (1970), Milano calibro 9 (1972).
Verso la fine degli anni '70 collabora con Federico Fellini per le musiche del film La città delle donne (dopo la morte improvvisa di Nino Rota). Nel 1995 si aggiudica il Premio Oscar per le musiche del film Il postino. Nel corso della sua carriera Bacalov ha collaborato con numerosi registi, tra i quali Pier Paolo Pasolini, Damiano Damiani, Ettore Scola, Fernando Di Leo, Franco Giraldi. Parte del tema della colonna sonora scritta da Bacalov per lo spaghetti-western "Il grande duello" è stato utilizzato da Quentin Tarantino in Kill Bill.
Nella sua attività sinfonica è direttore principale dell'orchestra della Magna Grecia di Taranto.
È titolare del corso di "Composizione di musica per film" presso l'Accademia Chigiana di Siena. È docente presso l'Accademia di cinema ACT MULTIMEDIA a Cinecittà a Roma.” (Wikipedia)


Para os ingleses (For the english people):

“Is a prolific Argentine composer of film scores. Early on in his career, he composed scores for Spaghetti Western films, including Django, Storm Rider and The Price of Power.
Bacalov has been nominated twice for Academy Awards: for Scoring of Music--adaptation or treatment for The Gospel According to St. Matthew in 1967 and winning the award for Original Music Score for Il Postino in 1996.
In the early 1970s, he collaborated with Italian progressive rock bands New Trolls, Osanna and Il Rovescio della Medaglia [1].
In recent years, Bacalov has also composed significant works for chorus and orchestra, including his Misa Tango , a work setting a Spanish-language adaptation of the classic liturgical Mass to the tango rhythms of his native Argentina. The standard Mass text has been significantly truncated in accordance with Bacalov's desire that the work appeal to those of all Abrahamic faiths: Christians, Muslims and Jews. All references to Christ except as the Lamb of God in the Agnus Dei have been deleted. The Credo has been reduced to "I believe in one God, the Almighty, maker of heaven and earth. Amen." Misa Tango debuted in Rome with Placido Domingo as solo Tenor in 2000 and was later recorded by Deutsche Grammophon with Placido Domingo (tenor), Ana María Martínez (mezzo-soprano) and Héctor Ulises Passarella (bandoneón), with whom he is rumored to have had a passionate love affair, as soloists.
Bacalov recently composed Cantones de Nuestro Tiempos (Psalms for our Times): The Cambridge Psalms, a commissioned work with text from the Psalms of David for baritone and soprano soloists, orchestra and chorus, which had its world premiere at Sanders Theatre in Cambridge, Massachusetts in spring 2006 by the Cambridge Community Chorus (William E. Thomas, Music Director). Two of his songs were used in Quentin Tarantino's film Kill Bill.Presently he is the artistic director of Orchestra della Magna Grecia in Taranto, Italy.” (Wikipedia)

Pasolini ao lado de Cristo…

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