"O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo." ( Friedrich Nietzsche )

sábado, 30 de agosto de 2008

Haizea - Hontz Gaua (1979)

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Eu amei este delicioso experimentalismo basco que funde sua psicodelia atmosférica a cantos gregorianos, além de contar com o élfico timbre da vocal Amaia Zubiria.

Obrigada querido amigo Miguel, por mais esta colaboración!

Track Listing:

01 Anderea (3:32)
02 Egunarn Hastapena (5:39)
03 Argizagi Ederra (4:10)
04 Arnaki (5:19)
05 Hontz Gaua (14:14)

Musicians:

Xabier Lasa - electric and acoustic guitar, adarrak, alboka
C. Busto - drums, percussion, xylophone, congas
Xabier Iriondo - flute, acoustic and Portugese guitar
Gabriel Barrena - acoustic and electric bass
Amaia – ahotsa

Download-Link

A linda Amaia Zubiria, me apaixonei pela brisa que emana das
cordas vocais dessa mulher
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.“Se trata de un disco con bastantes elementos folk (como la mayoria de grupos vascos), pero elaborado con una inspiracion abrumadora. La conjuncion de unas bellas melodias de flauta, unas misteriosas guitarras acusticas, una bella voz femenina, un percusionista que sabe crear atmosferas misteriosas, y varios instrumentos tradicionales como el Bouzaki (que no se como es, pero su sonido estremece) forma un disco sin igual. Los 15 minutos del tema "Hontz Gaua" son para alucinar en colores.”

Amaia em um momento mais recente

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“Another obscurity originally released on the Elkar label, Haizea were a five-piece from the Basque area of Spain. Sporting a sound that could best be described as psychedelic electric folk, the instrumentation consists of guitar (sometimes two), bass, drums, flute, assorted percussive things, and the captivating voice of Amaia Zubiria. Hontz Gaua was their second.
Musically, a few parallels could be drawn with the late sixties San Francisco sound, yet tempered with flavor of local folk music and given an overall better sense of direction. Instrumentation is primarily acoustic based, many tracks are sans drums, with long moody stretches of flute and shimmering electric guitar Popol Vuh style. In contrast, there are some very riveting moments, like the sizzling electric guitar leads on "Arnaki" - one of two instrumentals on the album. Amaia's voice may remind at once of any of a number of west coast folk-rock singers of the late sixties, or perhaps even Sandy Denny or Maddy Prior; her voice is direct and fluid, not abrasive, and is perfectly suited to this type of music. Lyrics are all in the Basque tongue, so I have little to say about them, other than some, when combined with the music they accompany, seem to have a presumed Christian connotation (the latin lyrics and baptism with water at the beginning of the title track, for example).
The fourteen minute title track is an opus unto itself, beginning with a gregorian chant, through the aforementioned 'baptism', and into an introspective flute and guitar piece topped off with vocal harmonies, on to the percussive section, then back again to the vocals. In all, a compelling album that may be a little too low-key for some, but fans of Popol Vuh and similar types of music will find plenty here to enjoy. Highly recommended.”

Acima, a rara edição em vinil

haizea (1975) haizea

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"Haizea es una banda de Folk progresivo vasco del sello Elkar. Gran equilibrio entre guitarras eléctricas y acústicas y voces masculinas y femeninas. El primer álbum, "Haizea", fue editado en 1977 en el sello IOIOTS-149 LS, siendo de corte más folk que progresivo. El segundo LP, "Hontz Gaua" editado en XOXOA 111 03 1979, es un gran trabajo de folk psicodélico, una de las joyas de la psicodelia progresiva europeas.
Txomin Artola editó muchos otros discos con Xoxoa: "Olaxta", con temas propios y tradicionales, es anterior a Haizea; "Belar hostoak", personal e intimista, muy similar al primer Haizea; "Ttakun ttakun", muy buen folk-prog y otros. También tiene una serie de 3 discos con Amaia Zubiria llamados "Folk Lore Sorta I, II y III" (1991-92) "Honz Gaua" ha sido reeditado en 2004."
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Nota: "Haizea" significa "Vento" em basco
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Ao lado, Txomin Artola
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Track Listings
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1. Bródatzen Ari Nintzen - (I was embroidering) (5:15)
2. Urzo Aphal Bat - (A turtledove) (4:10)
3. Loa Loa - (Sleep little baby) (4:50)
4. Goizeko Euri Artean - (In the morning rain) (4:43)
5. Ura Ixuririk - (Pouring water) (5:03)
6. Oreina Bila - (Searching for the deer) (4:06)
7. Arrosa Xuriaren Azpian - (Under the rosebush) (10:02)

Total Time: 38:09
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Line-up/Musicians
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- Xabier Lasa / guitar and flute
- Grabiel F. Barrena / contrabass
- C. Busto Hondar / percussion
- Txomin Artolai / guitar and oboe
- Amaia / oboe

Sou

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Man Ray, “Black and White”, 1926

"Estremeço de prazer por entre a novidade de usar palavras que formam intenso matagal. Luto por conquistar mais profundamente a minha liberdade de sensações e pensamentos, sem nenhum sentido utilitário: sou sozinha, eu e minha liberdade.
É tamanha a liberdade que pode escandalizar um primitivo, mas sei que não te escandalizas com a plenitude que consigo e que é sem fronteiras perceptíveis.
Esta minha capacidade de viver o que é redondo e amplo - cerco-me por plantas carnívoras e animais legendários, tudo banhado pela tosca e esquerda luz de um sexo mítico.
Vou adiante de modo intuitivo e sem procurar uma idéia: sou orgânica. E não me indago sobre os meus motivos. Mergulho na quase dor de uma intensa alegria – e para me enfeitar nascem entre os meus cabelos folhas e ramagens...”


Clarice Lispector

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Aktuala


Som maravilhoso que descobri hoje, com forte e marcante presença de elementos orientais + jazz, uma das fusões que mais amo.
Se você está num terrível momento da sua vida irmão, onde a tristeza se torna tão forte que mal te deixa respirar, deite-se, deixe rolar esse álbum (ou outro que vc goste, que seja...)...e relaxe...entregue-se totalmente, esqueça por alguns mágicos momentos todas as filha-da-putices com as quais vc infelizmente precisa conviver...imagine que as notas executadas pelos músicos estão penetrando no seu corpo, se fundindo às venenosas toxinas depressivas, e saindo com a expiração, te purificando...pode não curar por completo algumas vezes, mas certamente removerá algumas toneladas de pesar do seu coração. A música, em termos universais, tem um poder curativo muito mais profundo e eficaz que qualquer psicotrópico...

Paz profunda à todos da casa.



Introdução

Eis uma banda que nada soa como uma sonoridade peninsular típica italiana. Como características que remetem à música étnica árabe e maghreb no norte africano, escalas exóticas, música de antiguidade, mesclados a elementos de freejazz, psicodelismo, experimentalismo avantgarde, e instrumentação não usual -- incluindo bouzuki, balalaika, maracas, tamburim, oboé, saxofone, flauta --; Aktuala efetivamente soa extremamente distante de um típico progressivo italiano. Excetuando-se as injeções de freejazz, notam-se pouquíssimos resquícios de cultura ocidental.
Há que ressaltar-se algo que considero uma qualidade bastante peculiar e importante, de que Aktuala apresenta-se como uma banda assaz original, com uma prerrogativa de contracultura, e que absolutamente não soa italiana de todo, ou mesmo parcialmente. É mais fácil associá-la ao krautrock, à cosmiche musique, obras como Malesch, dos Agitation Free, Third Ear Band, Ravi Shankar ou aos Shakti de John McLaughlin, do que a qualquer banda italiana conhecida.

Breve relato biográfico

A formação da banda deu-se por volta de 1972, em Milão, com núcleo em Walter Maioli e o saxofonista Daniele Cavallanti. Com os percussionistas Laura Maioli, Lino Vaccina e o guitarrista Antonio Cerantola, a banda então obtém um contrato junto ao selo Bla-Bla, lançando em 1973 um disco homônimo -- há muito fora de catálogo. Com músicos extremamente competentes, trata-se de uma 'senhora banda'.

Ao lado, instrumentos usados pela banda

Diferentemente de teatros ou lugares usuais de concerto, a banda preferia aparições sempre em lugares públicos e inusitados. Em 1974, com o álbum La Terra, há registro de uma aclamada apresentação no Teatro Uomo, em Milão. Há neste momento algumas mudanças na formação, com as saídas de Laura Maioli e Vaccina, sendo substituídos pelo percussionista turco Trilok Gurtu. A banda radica-se então no Marrocos, gravando neste mesmo país, em 1975, o derradeiro disco, Tapetto volante, lençado no ano seguinte e creditado como um estilo direcionado à world music. Após o final da banda, Maioli continou seus experimentos em world music.

Aktuala, O disco

Aktuala traz neste trabalho um disco intenso, de excelência percussiva raramente obtida, capaz de criar climas de um trance tribal obsedante, ou em momentos de extrema introspecção, ao qual as músicas parecem adquirir propenso caráter nirvânico, onírico, de sublimação, uma sonoridade instintiva, primal, naturalista.
Trata-se, a meu juízo, de uma das melhores e mais criativas bandas italianas que já ouvi, entre as poucas que continuam a impressonar-me até hoje, quiçá um óasis em meio ao marasmo d'um panorama cerceado por tanto romantismo e melodrama na bela canzona italiana. Aktuala passará muito longe de uma música acessível, trata-se de um belo exemplo de música genuinamente criativa, bem executada. Sob a luz desta égide, Aktuala deixa um importante legado, como um fenômeno ímpar e genial ao progressivo transalpino.


Aktuala (1973)


Músicos:

Walter Maioli - flauta, harmonica, oboe, bouzuki, balalaika
Daniele Cavallanti – saxofone
Antonio Cerantola - guitarra acústica
Lino "Capra" Vaccina – percussão
Laura Maioli - percussão.

Faixas:

1. When The Light Began
2. Mammoth r.c.
3. Altamira
4. Sarah' Ngweha
5. Alef's Dance
6. Dejanira

Relaxar Aqui

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terça-feira, 26 de agosto de 2008

Mestres dos Quadrinhos Eróticos - Pichard X

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História de uma jovem da nobreza que visita um rígido convento onde as mulheres são terrivelmente barbarizadas pelos seus “pecados da carne” . Seus passeios pelas masmorras e calabouços são regados pelos contos explícitos das indulgências sofridas pelas mulheres e os castigos horrorizantes que lhes são infligidos.Talvez um dos mais violentos trabalhos de Georges Pichard, em toda sua carreira.


Marie-Gabrielle de Saint-Eutrope Tomo I
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