"O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo." ( Friedrich Nietzsche )

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Kangoma


Um pouco da história da banda...

Por volta de 1990, Zé Roberto e Yan Kaô se conheceram nas aulas do percussionista Paulo Campos, do qual foram alunos durante um ano. Zé Roberto vinha de vários grupos de baile, onde já atuava como percussionista profissional há alguns anos. Yan Kaô também atuava na noite como baterista e percussionista, tendo acompanhado cantores como Leni Andrade, Branca de Neve e atuado em grupos de Rock e Reggae.

Zé Roberto

Yan Kaô
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Essas pesquisas os levaram de encontro a dois registros que dariam as direções para o que seriam as origens do Kangoma: o primeiro, gravações raríssimas do "Rei do Ganzá", Chico Antônio, coquista, impressionante retrato do improvisador nato, onde a música modal se apresenta em sua maior expressão de liberdade e expontaneidade.
Estudado por Mário de Andrade, Chico Antônio é a própria celebração e sobrevivência dos ecos de uma antiga tradição ancestral indígena de canto, que a primeira audição pode gerar estranheza aos ouvidos acostumados aos timbres bem comportados da música pop e comercial. Depois desta audição, Yan Kaô e José Roberto encostaram temporariamente as baquetas e tambores e atuando apenas com dois ganzás deram início a apresentações de grande sucesso onde o improviso era levado a tal intensidade que as apresentações da dupla chegavam a penetrar nas instâncias do transe deles mesmos e da platéia (!).
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Chico Antônio

O segundo registro a impressionar os dois jovens percussionistas foi o disco Canto dos Escravos, um importante e comovente resgate dos cantos dos antigos negros expatriados, onde atuam Clementina de Jesus, Tia Doca, Geraldo Filme, Djalma Correia e Papete.
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Clementina de Jesus
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A partir desta descoberta a dupla voltou a utilizar-se de tambores e outros instrumentos de percussão. É deste disco a canção que batiza o grupo: Kangoma. Orientados a fazerem uma fusão entre uma raiz musical espontaneamente característica em sua linguagem indígena como era Chico Antônio com as raízes negras do Canto dos Escravos e do Jongo mais as influências espiritualistas da Umbanda, o Kangoma ampliou sua visão de cada vez mais universalizar seu som na direção do resgate da música modal, em suas origens mais simples e calcadas no improviso e na criação.
Chamaram para o vocal uma exótica e excelente cantora, que apesar de suas origens orientais possuía uma voz de característico timbre negro: oriunda do grupo paralelo de Yan Kaô e José Roberto, o Jardim Elétrico, Regiani Guarnieri entrou para o grupo em 1997 e assim criaram uma espécie de pacto que se consubstanciou em excelente performances e apresentações em diversos locais do estado de São Paulo e do interior. Esta formação durou até 2000, quando Yan Kaô, mudou-se para o interior de São Paulo, e afastou-se parcialmente do grupo. Zé Roberto e Regiani continuaram a apresentar-se como dupla em diversos locais até que em comum acordo Regiani e Zé Roberto decidiram recrutar novos integrantes até que Yan pudesse se reintegrar novamente
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Leia a história completa aqui:

Festa dos Tambores
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Página oficial da banda:
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Formação Atual:

Paulinho: baixo
Laís Verderame: Vocal
Rosa Paiva: Vocal
José Roberto: Percussão
Marina Uehara a "Japonêga": Percussão
Yan Kaô: Percussão
Roberto Lerner: Percussão
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A seguir, cenas da apresentação de lançamento de
“Boa Tarde Povo”,
seu mais recente trabalho.


Passagem de Som...




Marco Marciano, uma releitura da releitura de Lenine de um clássico do repente nordestino.






Martin Parangolá, um ponto do qual fazemos
releituras particulares quase sempre...







Vissungo, canto escravo de trabalho rescolhido na região de
Minas gerais...






Enfim, um show encantado...

Assistam os vídeos aqui:

Yan Kaô e a Construção

Não deixem de ir lá e comentem!

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