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O segundo episódio de Druuna – Morbus Gravis II, de 1987 – confirmou que havia ainda uma boa história para ser desenvolvida por Serpieri. A aventura recomeçou de uma forma completamente diferente, num outro cenário, que aparentemente nada tinha a ver com a cidade em ruínas da edição anterior. Lewis, em sua forma humana, estava numa praia paradisíaca e deserta, ao lado de Druuna.Os dois vivenciavam uma seqüência bucólica e romântica, mas que logo ganhou momentos de intenso erotismo.
Logo se soube que tudo não passava de um sonho induzido, que permitiu a Lewis – que vivia como uma cabeça submersa numa substância de conservação tipo formol - , levar a linda moça seminua ao planeta Terra, numa época anterior ao holocausto nuclear. “O mundo que perdemos você tem o direito de conhecer”, justificou ele.
De volta à realidade, Druuna precisava encontrar e destruir Delta. Essa seria a única forma de impedir que desaparecessem do universo os últimos resquícios de vida humana. Para isso, ela teria de localizar a Torre do Poder, no centro da cidade, onde fora depositado todo o conhecimento da verdade.
Com alguma ousadia, mas ainda contida, Serpieri introduziu elementos sexuais mais explícitos que misturaram violência – estupro e sadismo – com prazer. Druuna começou a se libertar do estereótipo moralista antes imposto por causa da censura.
Com alguma ousadia, mas ainda contida, Serpieri introduziu elementos sexuais mais explícitos que misturaram violência – estupro e sadismo – com prazer. Druuna começou a se libertar do estereótipo moralista antes imposto por causa da censura.
Ela chegou até a filosofar sobre prostituição de modo bem provocativo no decorrer da história: “Eu cobro porque os homens gostam de pagar, ficam mais confiantes, mais seguros de si, mesmo que no fundo seja uma ilusão. Quando transo, gosto de ser comprada! É meio que um jogo excitante.” Um de seus parceiros, um brutamontes excitado, respondeu: “Você tem muito a vender, sua cadelinha. Nesses tempos de fome e morte, o fato de você existir desafia a realidade!”
Novas informações foram introduzidas pelo autor que tornaram mais claro, por exemplo, o funcionamento político da cidade onde se passava a trama – um lugar repressivo onde tudo se baseava na hierarquia do Estado. Além dos seres contaminados pela doença, muitas pessoas que não estavam com o mal eram perseguidas por serem anarquistas e subversivos em geral.
Elas jamais teriam liberdade porque, de certa forma, haviam sido infectadas por outros tipos de “doenças”, as ideológicas. “Eu detesto gente da sua laia, pessoas que rejeitam as leis da sociedade”, disse um dos soldados a um combatente preso. Por causa dessa forma de governar, como se fosse uma ditadura, essas pessoas marginalizadas nada podiam fazer a não ser se consolarem com seu destino trágico ou combatê-lo à força.
7 comentários:
Olá Neide.
Sou fã do Serpieri e vi suas postagens sobre ele. Gostaria de ver sua resenha em ordem cronológica, mas não encontrei no seu blog, nem tampouco os links dos trabalhos iniciais. Seria possível disponibilizar novamente?
Grato, Lelo.
Lelo, que prazer te ver por aqui...lembro-me de você dos comentários da primeira vez que postei o Druuna no Lágrima, através do Johnny...
Faça o seguinte, aqui no Porffolio vá no campo de busca e digite "Serpieri", com certeza aparecerão as 5 partes...
Qualquer dúvida, devo estar por aqui depois das 21:00 hoje, se quiser aparecer pra trocarmos idéias sobre quadrinhos (a caixona lá de cima funciona em tempo real). De qualquer forma vamos mantendo contato pelos comentários, se assim preferir...
Abraços
Salve, Neide
Vou fazer a pesquisa como você falou... Grato por responder.
Meus acessos são no horário comercial, mas quem sabe alguma hora batemos um papo em tempo real.
Abç. Lelo
Ah Lelo, acho que não tinha entendido sua pergunta...você estava se referindo à todos os álbuns que eu tinha postado no Lágrima (da Druuna)? Realmente, tem vários trabalhos ainda a ser postados, como o Carnívora, Mandragora, etc etc...Com certeza postarei todos eles, é que estou seguindo a ordem de lançamento...Até quarta é praticamente certo sair mais uma dupla (edição francesa+nacional).
Abraços, é sempre um prazer ter sua visita por aqui!!
Valeu Neide,
Poderia me indicar a sequencia de leitura do Serpieri?
Pelo que entendi, o primeiro, que ainda não era Druuna é o "in his likeness"...
Um pedido:
Meu servidor, que institucional, está limitando o rapidshare. O que você acha de postar no sharebee, que inclui o rapidshare e outros, simultaneamente?
Abç Lelo
Oi Lelo, desculpe a demora pra responder,
veja bem, eu preciso continuar a upar no Rapidshare, pois estamos mantendo uma conta premium e precisamos dos downloads por lá, entende? Mas não se preocupe, vá baixando aos poucos, caso não consiga de jeito nenhum baixar algo específico subo um alternativo pra você...
Bom, se não me engano, como já postei o Morbus Gravis I e II, agora vêm o Creatura, Carnívora, Mandrágora, Aphodisia e La Planet Oubliée...não se preocupe, vou postar na ordem...o In his Likeness acho que você encontra no site oficial dela, www.druuna.net
Abraços, tenha um bom dia e apareça sempre!!
Ah, hoje estou de folga, portanto passarei aqui várias vezes durante a tarde (raro, geralmente só venho rápido depois das 18 e com mais calma depois das 22)...se estiver por aí, me avise...
Abraços
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