"O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo." ( Friedrich Nietzsche )

domingo, 29 de junho de 2008

O regente

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"Conduzir uma orquestra é abanar as mãos ou um pedaço de pau, criando desenhos no ar, onde são interpretados como mensagens musicais por gente de fraque, que preferiria estar pescando."

Frank Zappa

21/12/1940 - † 04/12/1943
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Zé Ramalho, Lula Côrtes, Marconi Notaro...

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Querido Michel (Rhapsody)...

Quando seu TCC estiver muito cansativo, ficam aqui algumas belas sugestões com estes álbuns que eu amo para relaxar sua mente...assim suas idéias deslizam melhor para o papel (ou tela)...
Lhe dedico este post com enorme carinho, que você seja iluminado por toda a clareza mental necessária para uma boa conclusão do seu trabalho.
Em anexo a estes álbuns seguem para ti um abraço bem apertado e um beijo forte, selando assim nossa calorosa amizade!!

Felicidades, um ótimo raciocínio e muita sorte, é o que lhe deseja sua amiga “cheia de ópio e absinto” que te adora...rss


Neide

Zé Ramalho em 1974, durante o lançamento do álbum "Paêbiru", Recife / PE“

“A primeira vez que o Brasil ouviu Zé Ramalho da Paraíba
foi na voz de Vanusa, que gravou a canção Avohay em seu disco "Vanusa - 30 Anos", em 1977, pela Som Livre. Um ano após, já sem o 'Paraíba", Zé Ramalho ganhou as paradas nacionais com sua enigmática e encantadora mistura sonora. Antes disso, noi entanto, tão fantástica quanto suas letras, a história de Zé Ramalho registra a gravação de um disco que ficou perdido nos escaninhos do tempo.
Trata-se do raríssimo álbum duplo "Paêbirú", creditado a Lula Cortês e Zé Ramalho, gravado entre os meses de outubro e dezembro de 1974, na gravadora Rozemblit, em Recife (PE). Com eles, estão Paulo Rafael, Robertinho de Recife, Geraldo Azevedo e Alceu Valença, entre outros. Na época, Lula Cortês tinha em seu currículo o álbum "Satwa" (1973), que trazia canções com título como "Alegro Piradíssimo", "Blues do Cachorro Louco" e "Valsa dos Cogumelos". Zé Ramalho, já tocando com Alceu Valença, tinha em sua bagagem a experiência de grupos de Jovem Guarda e beatlemania, como Os Quatro Loucos, o mais importante de todo o Nordeste.
Clássico do pós-tropicalismo, com (over)doses de psicodelia, o álbum trazia seus quatro lados dedicados aos elementos "água, terra, fogo e ar".
Nesse clima, rolam canções como o medley "Trilha de Sumé/Culto à Terra/Bailado das Muscarias", com seus13 minutos de violas, flautas, baixão pesado, guitarras, rabecas, pianos, sopros, chocalhos e vocais "árabes", ou a curta e ultra-psicodélica "Raga dos Raios", com uma fuzz-guitar ensandecida. E, destaque do álbum, a obra-prima "Nas Paredes da Pedra Encantada, Os segredos Talhados Por Sumé" (regravada por Jorge Cabeleira, com participação de Zé Ramalho), com seu baixo sacado de Goin' Home dos Rolling Stones sustentando os mais pirados 7 minutos do que se pode chamar de psicodelia brasileira.
O disco por si só é uma lenda, mas ficou mais interessante ainda pelas situações que envolveram a sua gravação. A gravadora Rozenblit ficava na beira do rio Capiberibe, e o disco, depois de gravado, foi levado por uma das enchentes que assolavam a região. Conta a lenda que sobraram apenas umas trezentas cópias do disco, hoje nas mãos de poucos e felizardos colecionadores, muitas das quais no exterior, onde foram parar a preço de ouro. Contando com a co-produção do grupo multimídia Abrakadabra, o disco trazia um rico encarte, que também sucumbiu ao aguaceiro.
"Paêbirú", que quer dizer "o caminho do sol" (para os incas), poderia ser o primeiro de uma série de raridades a ganhar a luz do dia, para ocupar uma fatia de mercado que, se pequena comercialmente, é fundamental para a preservação da cultura musical brasileira.”

Texto de Fernando Rosa, originalmente publicado na revista Showbizz.


Nas Paredes da Pedra Encantada, os segredos talhados por Sumé
(rock-alucinógeno)
(Marcelo - Zé Ramalho - Lula Côrtes)

Quando as tiras do véu do pensamento
Desembocam-se bem no meu espaço
Adquirem poderes quando eu passo
Pela terra: Solar dos Cariris

Há uma velha estranha que me diz
Que o vento se esconde no sopé
Que o fogo é escravo de Pajé
E que a água ia ser cristalizada

Nas paredes da pedra encantada
Os segredos talhados do Sumé

Um cacique de pele colorida
Conquistou docemente o firmamento
Num cavalo voou no esquecimento
Nos saberes eternos de druidas

Pela terra cavou sua jazida
Com as tábuas da Arca de Noé
Como lendas que vem do Abaeté
E com a espada de luz enfeitiçada

Nas paredes da pedra encantada
Os segredos talhados do Sumé
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Zé Ramalho (José Ramalho Neto) - 3.10.49, 7h - Brejo da Cruz, PB - 6s21, 37w30.

-Sol em Libra em conjunção a Mercúrio e Netuno.
-Sol e Mercúrio em quadratura a Urano.

"Declamador, messiânico, místico, esotérico.
Estilo inconfundível, que mistura repentes com tambores marroquinos e Sitar."

-Lua em Aquário em trígono com Urano.

"Sempre contemporâneo, seu público é eclético. Com os amigos Geraldo Azevedo, Alceu Valença e Robertinho do Recife, fizeram a ponte entre as raízes do interior nordestino e os mistérios do Oriente (álbum Paêbiru) que mistura Acordeon, jarros e ritmo hindu."

-Saturno em Virgem (sem aspectos).
-Júpiter em Capricórnio em sextil a Vênus.

Cavalgando trovões enfurecidos
Toma o raio lutando com plutão
Nas estrelas cometas do sertão
Que foi um palco de mouros enlouquecidos

Um altar para deuses esquecidos
Construiu sem temer a lúcifer
No oceano banhou-se na maré
E nas montanhas devorou a madrugada

Nas paredes da pedra encantada
Os segredos talhados do Sumé

Sacrifique o porteiro inocente
E entre os seios da mãe d´água sertaneja
Numa peleja de violas que deseja
Que o sol se derrube lentamente

Que a noite se perca de repente
Num dolente fiado de guiné
Nos cabelos da ninfa: Salomé
E nos espelhos de tez enluarada

Nas paredes da pedra encantada
Os segredos talhados do Sumé

(Zé ramalho & Lula Côrtes)
Faixa 6, transcrita por Hélder Guido



Paêbirú (1974)

1 Trilha de Sumé (Zé Ramalho - Lula Côrtes)
• Culto à terra (Lula Côrtes - Zé Ramalho)
• Bailado das muscarias (Lula Côrtes - Zé Ramalho)
(Lula utiliza neste álbum um instrumento que lembra cítara chamado Tricórdio,
o qual ele havia trazido do Marrocos na época)
2 Harpa dos ares (Geraldo Azevedo - Zé Ramalho - Lula Côrtes)
3 Não existe molhado igual ao pranto (Zé Ramalho - Lula Côrtes)
4 OMM (Zé Ramalho - Lula Côrtes)
5 Raga dos raios (Zé Ramalho - Lula Côrtes)
6 Nas paredes da pedra encantada, os segredos talhados por Sumé
(Marcelo - Zé Ramalho - Lula Côrtes)
7 Maracas de fogo (Zé Ramalho - Lula Côrtes)
8 Louvação à Iemanjá • Regato da montanha (Zé Ramalho - Lula Côrtes)
9 Beira mar (Zé Ramalho - Lula Côrtes)
10 Pedra templo animal (Zé Ramalho - Lula Côrtes)
11 Sumé (Zé Ramalho - Lula Côrtes)

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“O LP 'No Sub Reino dos Meta-
zoários', de Marconi Notaro, é dos expoentes da cena psicodélica nordestina. Lançado em 1973, enquadra-se na linha de obras como os discos de Lula Côrtes & Lailson - 'Paebirú' e 'Satwa', clássicos da psicodelia nacional.
Ultra-psicodélico em alguns momentos, o disco abre com o samba 'Desmantelado' (composto por Notari em 1968, "nos áureos tempos do Teatro Popular do Nordeste), com o regional formado por Notari, Robertinho de Recife, Zé Ramalho e Lula, entre outros. A segunda faixa, 'Ah Vida Ávida', com 'Notaro jogando água na cacimba de Itamaracá', mais Lula na 'cítara popular' e Zé Ramalho na viola indicam o que vem a seguir, um misto de alucinada psicodelia com pinceladas da mais singela música popular, como o frevinho 'Fidelidade' (... "permaneço fiel às minhas origens, filho de Deus, sobrinho de Satã" ...).
O momento mais radical disco álbum é a quinta faixa, 'Made in PB', parceria de Notaro com Zé Ramalho, um rockaço clássico, destacando a guitarra distorcida de Robertinho de Recife e efeitos de eco. As músicas 'Antropológicas 1' e 'Antropológica 2', como a maioria das outras canções, são improvisos de estúdio, reunindo os músicos já citados, com ótimo resultado sonoro e poético.
Com produção do pessoal do grupo multimídia de Lula Côrtes e sua mulher Kátia Mesel, o disco foi gravado nos estúdio da TV Universitária de Recife e da gravadora Rozenblit, também na capital pernambucana. A capa é um desenho de Lula Côrtes, tão chapado esteticamente quanto o som que o tosco papelão embalava, com uma foto de Marconi Notaro no centro, com o rosto dividido entre a capa frontal e a contracapa.
O álbum, infelizmente, como a maioria do catálogo da Rozenblit permanece inédito, esperando uma cuidada reedição oficial. O LP original é praticamente impossível de ser encontrado, mas uma ótima cópia em CDr já circula no universo de colecionadores. “

Texto de Fernando Rosa, publicado no site Senhor F.
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Made in PB
(Zé Ramalho)

Quando eu vim aqui
Senti uma vontade chorada
Danada de me chegar
Demonstrei o som
Numa sincopada chorada
Danada de executar
Todo mundo ouviu um rock pesado, chorado, danado
Made in PB
Parece um forró
Mas eu lhe afirmo, ciente, descrente do meu amor
Que ele é curtição de couro de bode
Quem pode sacode tudo no chão
Quem ainda não curtiu o rock sem bode
Quem pode se explode
Made in PB
Saltando de lado, catando tostão
Eu tiro da viola tanta distorção
Gastando o sapato no chão do terreiro
A vila curtiu o meu rock brejeiro
A benção, meu senhor, que eu já vou embora, embora
Lá fora tá de queimar
Sele o alazão, beije minha testa
Detesto de testa ter que jogar
Bota no pilão o gosto do rock
Não soque, não toque
Made in PB


No Sub Reino dos Metazoários (1973)

1. Desmantelado
(Marconi Notaro)
2. Ah Vida Ávida
(Marconi Notaro)
3. Fidelidade
(Marconi Notaro)
4. Maracatú
(Marconi Notaro)
5. Made In PB
(Marconi Notaro / Zé Ramalho)
6. Antropológica
(Marconi Notaro)
7. Antropológica II
(Marconi Notaro)
8. Sinfonia Em Ré
(Marconi Notaro)
9. Não Tenho Imaginação Pra Mudar de Mulher
(Marconi Notaro)
10. Ode a Satwa
(Marconi Notaro)

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“Permaneço fiel às minhas origens
Filho de Deus, sobrinho de Satã...”
(Marconi Notaro, em “Fidelidade”)
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"O raro ‘Paêbirú’ com Zé Ramalho é clássico, mas ‘Satwa’, desta vez com Lailson, é outra obra-prima do pernambucano Lula Côrtes, que não merece a obscuridade a que foi submetida por três décadas.
Gravado em 1973, o disco traz a dupla tomada por uma lisergia pós-Woodstock, capaz de assustar incautos ouvintes em pleno 2001. Músicas como ‘Alegro Piradissimo’, ‘Valsa dos Cogumelos’ ou ‘Blue do Cachorro Muito Louco’ não deixa dúvidas sobre o conteúdo do vinil tosco, mas com ótimo som.
Instrumental, com pequenas incursões vocais, o disco traz dez canções "produtos mágicos das mentes e dedos de Lailson e Lula", como diz na contra-capa do álbum, produzido pela dupla, mais Kátia. Além dos de Lula e Lailson, Robertinho de Recife também faz uma ponta no disco, tocando ‘lead guitar’ em 'Blue do Cachorro Muito Louco’, um blues lento e viajandão.
O som predominante do disco, no entanto, é um folk nordestino/oriental, resultado da mistura da cítara popular tocada por Lula, e da viola de 12 cordas de Lailson. Algo como uma sucessão de ragas ou mantras, interpretadas por Cego Aderaldo movido a incenso, cogumelos e outros "expansores da musculatura mental", como diz Arnaldo Baptista.
Fruto da cena nordestina pós-tropicalismo e/ou psicodélica, ‘Satwa’ foi "curtido" nos Estúdios da Rozenblit, em Recife, entre os dias 20 e 31 de janeiro de 1973. Participam do disco, ainda Paulinho Klein, que divide com Lula as "curtições fotográficas" e o engenheiro de som Hercílio Bastos (dos Milagres).
Com tiragem limitada e distribuição basicamente regional, o disco desapareceu tão logo surgiu, permanecendo como uma lenda para o restante do país. Sem reedição em vinil, e inédito em cd, ‘Satwa’ ainda não entrou para o catálogo informal de cdrs que, mal ou bem, democratiza o acesso à história musical do país."

Texto de Fernando Rosa, originalmente publicado no site www.senhorf.com.br


Satwa (1973) - Lula Côrtes & Lailson

01. Satwa
02. Can I Be Satwa
03. Alegro Piradíssimo
04. Lia, a Rainha da Noite
05. Apacidonata
06. Amigo
07. Atom
08. Blue do Cachorro Muito Louco
09. Valsa dos Cogumelos
10. Alegria do Povo

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sábado, 28 de junho de 2008

Jimmy Page - Death Wish II Soundtrack

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Esta trilha sonora é dedicada à você Nino, grande e saudoso amigo da madrugada...eu e nosso outro camarada Amilton sentimos muito sua falta irmão, de quanto nos encontrávamos pela noite...sempre lembramos de vc...porra, parece que já fazem tantos anos, e foi tão recente...
Quantas vezes não estamos na Avenida, e temos a impressão que você dobrará a esquina ao nosso encontro... encostando depois o 30º camelo à 10 kms com aquela sua clássica frase “não, não acontece nada não” hahaha....o “Padi Ciçu” (tá lembrado?) também está te mandando lembranças..rss
Muitas, muitas saudades...Independente da loucura nossa amizade era realmente sincera....
Descanse em paz amigo, um dia talvez nos encontraremos de novo “do outro lado da rua”... quem pode saber afinal o que está do outro lado...ou se existe mesmo outro lado...


“Primeiro sua esposa. Agora, sua filha. Está na hora de empatar o jogo!”

Alguns anos depois de perder sua esposa e ter sua filha (estuprada) com enormes problemas psicológicos por causa de um assalto, Paul Kersey (Charles Bronson) recuperou sua vida e está numa nova cidade, Los Angeles, onde trabalha em uma rádio e namora a apresentadora Geri Nichols (Jill Ireland, esposa de Bronson na vida real). Sua filha Carol (Robin Sherwood) está lentamente se recuperando e já pode inclusive sair acompanhada do pai, que a leva, junto com Geri, para passearem numa feira ao ar livre.
Infelizmente, essa tranqüilidade não vai durar; depois de ser abordado por um grupo de desordeiros (que tem a participação do Morpheus de “Matrix”, Laurence Fishburne) e ter sua carteira roubada, a casa de Paul se torna um alvo depois dele ter agredido um dos assaltantes. Sem demora, a gangue vai até a casa dele, enquanto Kersey vai deixar Geri em casa e invade o domicílio, estuprando a empregada Rosário e, quando Paul chega, o nocauteia e seqüestra Carol.

Sem informações sobre o paradeiro de sua filha e com a polícia impotente, Paul, mais uma vez, tira sua arma da aposentadoria e começa a perseguir os bandidos. Depois que Carol aparece morta, assassinada, ele sai ainda mais determinado a pegar a gangue, matando outros assaltantes no processo. Nesse meio tempo, o Inspetor Ochoa (Vincent Gardenia) vem de Nova York, a pedido das autoridades e o cerco vai se fechando sobre o vigilante, que não desiste de sua vingança.
Quase dez anos depois do primeiro filme, o personagem Paul Kersey foi “ressuscitado” pelos produtores Menahem Golan e Yoram Globus, donos da Cannon e que se especializaram em realizar filmes de ação e policiais de baixo orçamento na década de 80 e começo da de 90, tendo lançado, inclusive, Chuck Norris, Robert Ginty, Arnold Schwarzenegger e Jean Claude Van Damme como astros de ação e pancadaria.
Trouxeram de volta, do filme original, o protagonista, o ator Charles Bronson (passando dos sessenta anos de idade) e o diretor Michael Winner, além de também inventarem um jeito de colocar Vincent Gardenia reprisando seu papel.

Com o objetivo, óbvio, de capitalizarem mais um pouco em cima do grande sucesso que foi o primeiro “Desejo de Matar”. Isso seria algo para não apreciar? Claro que não.

Só que, como quase tudo que foi feito no gênero na década de 80, a produção peca por retirar qualquer discussão mais profunda sobre a motivação dos personagens e torna o protagonista em mais um cara durão e coisa e tal e que não leva desaforo para casa, em vez de mostrá-lo como um homem levado ao limite e que toma atitudes extremas por não saber de outra maneira de aliviar seu espírito das pressões e da tragédia. As reações dele após os ataques demonstram nada mais do que satisfação por ter matado os caras e nem liga mais para a confusão em sua vida pessoal que suas noites de vigilantismo causam, prejudicando a identificação; a namorada do protagonista, ainda por cima, não passa de um bonito bibelô que diz amém para todas as mentiras e nem dá pelota para tudo que o inspetor Ochoa lhe conta a respeito do passado do namorado.

Aproveitando o gancho, outro aspecto desfavorável é a participação do ator Vincent Gardenia; penso que seria muito improvável que um policial, depois de deixar escapar um assassino por pressões políticas, faria a mesma coisa por razões pessoais. Eu não gostaria nada de ser protegido por alguém que deixa de prender assassinos por que deu na telha e o personagem somente está na trama para dar mais um ponto de conexão com o original, sem muita função sem ser a conveniência dos produtores e sua parte na trama chega a ser risível.
A favor do filme, o diretor mais uma vez consegue imprimir uma boa tensão e monta bem as cenas de ação, com várias encenações até mesmo ultrajantes de estupros e assaltos, fazendo com que o espectador torça pelo improvável herói da trama, que agora é tão ou mais violento do que os bandidos que persegue. Outro ponto favorável é a trilha sonora, muito bem feita pelo astro do rock e guitarrista do Led Zeppelin Jimmy Page, bastante agitada e que ajuda nas seqüências de ação.

Review by Abesapien, clique aqui para acessar sua página


Death Wish II (1982)
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Jimmy Page - Electric guitars, producer
Chris Farlowe - Vocals
Gordon Edwards - Keyboards, vocals
Dave Lawson - Keyboards
David Sinclair Whittaker - Keyboards
David Paton - Bass guitar
Dave Mattacks - Drums and percussion
GLC Philharmonic - Orchestra

1. "Who's to Blame" (Page) - 2:41
2. "The Chase" (Page) - 5:48
3. "City Sirens" (Page/Edwards) - 2:01
4. "Jam Sandwich" (Page) - 2:35
5. "Carole's Theme" (Page) - 2:50
6. "The Release" (Page) - 2:35
7. "Hotel Rats and Photostats" (Page) - 2:40
8. "A Shadow in the City" (Page) - 4:01
9. "Jill's Theme" (Page) - 4:00
10. "Prelude" (Page) - 2:20
11. "Big Band, Sax and Violence" (Page) - 2:51
12. "Hypnotizing Ways (Oh Mamma)" (Page) - 2:49


Elenco: Charles Bronson (Paul Kersey), Jill Ireland (Geri Nichols), Vincent Gardenia (Inspetor Frank Ochoa), J.D. Cannon (Promotor de Justiça de Nova York), Anthony Franciosa (Herman Baldwin), Ben Frank (Tenente-inspetor Mankiewicz), Robin Sherwood (Carol Kersey), Silvana Gallardo (Rosario), Robert F. Lyons (Fred McKenzie), Michael Prince (Elliott Cass), Drew Snyder (Vice-Comissário Hawkins), Paul Lambert (Comissário de Polícia de Nova York), Thomas F. Duffy (Nirvana), Kevyn Major Howard (Stomper), Stuart K. Robinson (Jiver), Laurence Fishburne (Cutter), E. Lamont Johnson (Punkut), Paul Comi (Senador McLean), Frank Campanella (Juiz Neil A. Lake), Jim Begg (Turista), Melody Santangello (Esposa do Turista), Robert Snively (Dr. Gofeld), Steffen Zacharias (Dr. I. Clark), Don Moss (Motorista de Táxi), Charles Cyphers (Donald Kay), Peter Pan (Senhorio Chinês), David Daniels (Lang), Don Dubbins (Mike), James Galante (Tim Shaw), Buck Young (Charles Pearce).

Diretor: Michael Winner; Roteiro: David Engelbach; Produção: Menahem Golan e Yoram Globus; Produção Executiva: Hal Landers e Bobby Roberts; Trilha Sonora: Jimmy Page; Direção de Fotografia: Thomas Del Ruth e Richard H. Kline; Montagem: Julian Semilian e Michael Winner (como Arnold Crust); Seleção de Elenco: Joe Scully e Beth Voiku; Design de Produção: William Hiney; Cenografia: Rick Gentz; Maquiagem: Phil Rhodes e Vivienne Walker; Som: Hugh Strain; Efeitos Especiais: Ken Pepiot.

Aproveitando a deixa, tudo isto me lembrou uma pequena curiosidade a respeito de outro filme...

No filme Pulp Fuction , Jules Winnfield (interpretado pelo grande Samuel L. Jackson) recita um pequeno texto antes de matar. É citado como pertencente ao livro bíblico de Ezequiel, 25:17, mas na realidade é uma grande e livre adaptação do mesmo.
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Versão do filme:

–> Inglês

“The path of the righteous man is beset on all sides by the inequities of the selfish and the tyranny of evil men. Blessed is he who, in the name of charity and good will, shepherds the weak through the valley of darkness, for he is truly his brother’s keeper and the finder of lost children. And I will strike down upon thee with great vengeance and furious anger those who attempt to poison and destroy my brothers. And you will know my name is the Lord when I lay my vengeance upon thee!”

–> Português (Brasil)

“O caminho do homem justo é rodeado por todos os lados pelas injustiças dos egoístas e pela tirania dos homens de mal. Abençoado é aquele que, em nome da caridade e da boa-vontade pastoreia os fracos pelo vale da escuridão, para quem ele é verdadeiramente seu irmão protetor, e aquele que encontra suas crianças perdidas. E Eu atacarei, com grande vingança e raiva furiosa àqueles que tentam envenenar e destruir meus irmãos. E você saberá: chamo-me o Senhor quando minha vingança cair sobre você.”

–> Galego

“As iniquidades dos homes egoístas e a tiranía dos malvados asedian constantemente o camiño do home recto. Bendito aquel que con amor e benevolencia guía cal pastor os débiles através do val das tebras porque el é o verdadeiro gardián do seu irmán e o que encontra os nenos perdidos. Eu dígovos que descargarei toda a forza da miña vinganza e da miña furia sobre aquel que pretenda envelenar e destruír os meus irmáns. E recoñecerás que son o Señor cando a furia da miña vinganza caia sobre ti.”

–> Castelhano

“El camino del hombre recto esta por todos lados rodeado por las injusticias de los egoistas y la tiranía de los hombres malos. Bendito sea aquel pastor que en nombre de la caridad y de la buena voluntad saque a los debiles del valle de la oscuridad por que es el autentico guardian de su hermano y el descubridor de los niños perdidos. Y os aseguro que vendré a castigar con gran venganza y furiosa cólera a aquellos que pretendan envenenar y destruir a mis hermanos, y tu sabrás que mi nombre es Yahvé cuando caiga mi venganza sobre ti.”

Versão bíblica (retirada da edição de Jerusalém):

“ Exercerei contra eles uma grande vingança e os castigarei violentamente, para que saibam que eu sou Iahweh quando lhes impuser a minha vingança.”

Esta frase de sutil e harmonioso significado é dedicada com todo o carinho aos que gostam de boicotar o trabalho alheio..rsss

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Incomunicabilidade


"...é assim que um Solitário termina: morto sozinho, morrendo sozinho. um Solitário deveria se preparar com antecedência.
todos meus poemas não irão ajudar. todas as mulheres que fodi não irão ajudar. e todas as mulheres que eu não fodi certamente não irão ajudar. preciso de alguém que tire essa tristeza de mim. preciso de alguém que diga, eu compreendo, garoto, agora não se aflija e morra.
olhou para o telefone, pensou e pensou e pensou, pensou para quem poderia telefonar que pudesse lhe espantar a tristeza, apenas dizer a palavra certa, e procurou entre os poucos que conhecia entre bilhões - passou por todos eles um a um, os poucos que conhecia, e ele também sabia que era cedo demais na manhã, uma hora pouco conveniente para morrer, não era direito, e iriam apenas pensar que ele estava brincando ou bêbado ou fingindo ou piegas ou louco, e ele não podia odiá-los ou culpá-los por isso - estavam todos imbecilizados, mutilados, estavam todos em sua pequena cela particular."
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by Charles Bukowski, em Notas de um velho Safado, pág. 109

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Steel Mill - Green Eyed God (UK Progressive 1972)


Steel Mill are one of the most mysterious groups to have existed (or not!). The sleeve-notes of the CD re-release of their one and only album detail how the author tried in vain to track down some historical information about the band. All roads were however dead-ends, to the extent that even the British Musicians Union has no record of the any of the band members.
The band released two singles in 1971, followed by one album. “Green eyed god” in 1975. Quite why there was such a gap in between is not clear. Their debut single, also called "Green eyed god", now changes hands for princely sums. The version of that track included here is considerably longer than the single, but it would have been good to have the single edit as a bonus track. In this case, less really is more. The track “Green eyed god” is a superb mix of styles, starting with a gentle flute solo similar to some of Focus’ early work. A brief vocal section is introduced over the flute, before all hell breaks loose as the track becomes a rocking guitar piece. The album version simply toys around with these themes more, the single version being more concise and hard hitting. (The producer of the album does recall that the flute parts for this track were recorded in the toilet to get the right effect!)

Track Listings
1. Blood Runs Deep (5:19)
2. Summers Child (4:24)
3. Majo and the Laying of the Witch (7:52)
4. Treadmil (4:00)
5. Green Eyed God (9:51)
6. Turn the Page Over (3:56)
7. Black Jewel of the Forest (6:13)
8. Har Fleur (0:45)

Musicians
- John Challenger / woodwinds
- Chris Martin / drums
- Dave Morris / keyboards, vocals
- Jeff Watts / bass
- Terry Williams / guitar

Download-Link :
http://rapidshare.de/files/39769963/Steel_Mill_-_Green_Eyed_God__UK_Progressive_1972____256_.rar.html

domingo, 15 de junho de 2008

Canção de Amor da Jovem Louca

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Dedicated to my sensual P.

...per ti un forte ed intenso abbracci, con molto amore...
ed un bacio lungo in suo corpo intero...
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Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro
Ergo as pálpebras e tudo volta a renascer
(Acho que te criei no interior da minha mente)

Saem valsando as estrelas, vermelhas e azuis,
Entra a galope a arbitrária escuridão:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.



Enfeitiçaste-me, em sonhos, para a cama,
Cantaste-me para a loucura; beijaste-me para a insanidade.
(Acho que te criei no interior de minha mente)

Tomba Deus das alturas; abranda-se o fogo do inferno:
Retiram-se os serafins e os homens de Satã:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.
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Imaginei que voltarias como prometeste
Envelheço, porém, e esqueço-me do teu nome.
(Acho que te criei no interior de minha mente)

Deveria, em teu lugar, ter amado um falcão
Pelo menos, com a primavera, retornam com estrondo
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro:
(Acho que te criei no interior de minha mente.)

traduzido por Maria Luíza Nogueira
(in A REDOMA DE CRISTAL, Ed. Artenova, Brasil, 1971, p. 255)



Mad Girl’s Love Song

I shut my eyes and all the world drops dead;
I lift my lids and all is born again.
(I think I made you up inside my head.)

The stars go waltzing out in blue and red,
And arbitrary blackness gallops in:
I shut my eyes and all the world drops dead.
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I dreamed that you bewitched me into bed
And sung me moon-struck, kissed me quite insane.
(I think I made you up inside my head.)

God topples from the sky, hell's fires fade:
Exit seraphim and Satan's men:
I shut my eyes and all the world drops dead.




I fancied you'd return the way you said,
But I grow old and I forget your name.
(I think I made you up inside my head.)

I should have loved a thunderbird instead;
At least when spring comes they roar back again.
I shut my eyes and all the world drops dead.
(I think I made you up inside my head.)

Sylvia Plath

sexta-feira, 13 de junho de 2008

MC5 Reloaded

Há um tempo atrás, montei uma pequena homenagem ao MC5 aqui no Portfolio dedicada à meu querido cunhado, Fernandes...bem, outro dia postei esta outra (com a taxa dos álbuns melhor) lá no El Camaleon, porém dividida em várias partes...
Como ultimamente eu ando com um pouco de preguica para novos posts e o brogui estava criando algumas teinhas de aranha, resolvi juntar tudo no mesmo pirão e mandar pra cá numa tacada só...assim, dá uma impressão de que foi atualizado..hahahaha

Abraços fraternais em todos os amigos e visitantes!
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The Big Bang -Coletânea, 1967-1972
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***Em 224 kbps with Artwork***
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Tracks:

1. I Can Only Give You Everything (1967) 02:59
2. Looking At You - (original "A-Square" single version) 02:48
3. I Just Don't Know 02:39
4. Ramblin' Rose - (live) 04:25
5. Kick Out The Jams - (live, uncensored version) 02:46
6. Come Together - (live) 04:35
7. Rocket Reducer No. 62 (Rama Lama Fa Fa Fa) - (live) 05:43
8. Tonight 02:33
9. Teenage Lust 02:33
10. High School 02:40
11. Call Me Animal 02:04
12. American Ruse, The 02:29
13. Shakin' Street 02:19
14. Human Being Lawnmower, The 02:22
15. Back In The USA 02:26
16. Sister Ann 07:22
17. Baby Won't Ya 05:32
18. Miss X 05:09
19. Over And Over 05:13
20. Skunk (Sonically Speaking) 05:31
21. Thunder Express - (live) 04:22

Link 1: Tracks 01 a 12
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Link 2: Tracks 13 a 21
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Notes & Personnel Info

MC 5: Fred "Sonic" Smith (vocals, guitar, harmonica, organ); Wayne Kramer (vocals, guitar, piano, bass); Rob Tyner (vocals, harmonica, congas, maracas); Michael Davis (vocals, bass); Dennis Thompson (vocals, drums, tambourine, percussion).

Additional personnel: Charles Moore (vocals, trumpet, flugelhorn); Merlene Driscoll, Joanne Hill, Brenda Knight (vocals); Leon Henderson (tenor saxophone); Rick Ferretti (trumpet); Larry Horton, Dan Bullock (trombone); David Overtsteak (tuba); Pete Kelly (piano); Skip "Van Winkle" Knapp (organ); Danny Jordan (keyboards); Steev Morrhouse (bass); Butch O'Brien (bass drum); Ellis Dee, Dave Heller, Dr. Dave Morgan, Scott Morgan, Bob Seger, Terry Trabandt (drums, percussion); Brother J.C. Crawford.

Alice Cooper may have plunged a knife into the heart of the Flower Power movement, but the Motor City Five sharpened the blade. Militant musical revolutionaries at a time when peace and love were counterculture buzz words, the MC5 drew from such disparate influences as Chuck Berry, Little Richard, Archie Shepp, and Sun Ra to create a molten mix of screaming guitars, inflammatory lyrics, and thundering bass.
The five explosive years covered by THE BIG BANG contains material from the group's three albums KICK OUT THE JAMS, BACK IN THE USA, and HIGH TIME and early singles and rare material. The live songs on JAMS find the MC5 at its fire-breathing best as songs such as "Kick Out the Jams" and "Rocket Reducer No. 62 (Rama Lama Fa Fa Fa)" show off the fiery interplay between guitarists Wayne Kramer and Fred "Sonic" Smith. USA finds the MC5 reigning in some of its high-flying musical excesses in attempting to write more radio-friendly fare. The results ("Tonight," "Shakin' Street") are shorter, garage-rock-fueled nuggets short on rhetoric but long on hooks and harmonies. The unjustly ignored HIGH TIME marks the end of the MC5, despite such lost classics as "Sister Anne" and "Miss X."


’66 Breakout (Release in 1999, Tracks Recorded Between 1965-1966)

***Em 128 kbps, with Artwork***

Tracks:

1. Looking At You
2. Black To Comm
3. I Just Don't Know
4. Little Red Riding Grmph
5. I Don't Mind
6. Break Time
7. One Of The Guys
8. Look At What You Done Done
9. Baby Please Don't Go
10. I'm A Man
11. I Can Only Give You Everything

Line-up:

Michael Davis – bass, vocals
Wayne Kramer – guitar, vocals
Fred Smith – guitar, vocals
Dennis Thompson – drums, percussions
Rob Tyner – lead vocals, harp, percussions

LinkDownload


“One of the most political rock 'n' roll/punk bands in history, Detroit's MC5 are a piece of history that should not soon be forgotten. Their approach to music, ideas, and life were remarkable. They spoke their minds and didn't care who they pissed off. They are the epitome of what punk rock was all about: bold music that took a stance and had something to say. Let's just say, without MC5, the punk rock movement may never have taken shape.
Within the spirit of rock 'n' roll, Alive/Total Energy Records is releasing early live recordings and demos compiled by Wayne Kramer, celebrating the influence and power that was MC5. Before they found their voice, or took their political stance, these five young Motor City kids were just rocking out and having a blast. Chronicling the first year of the band, '66 Breakout! features songs recorded between '65-'66.
"I'm Writing this today and listening and I'm 50 years old now. It was thirty-five years ago! it boggles my mind, but the sounds on here are timeless. Diamonds are forever. These are uncut gems," writes Wayne Kramer in the closing of the linear notes found within this CD. And, honestly, I couldn't have said it better myself. Though these tracks showcase a young, undeveloped band just waiting to breakout and display their talents to the world, there is tremendous value in them. First off, the fact that they are early recordings of a band that took the musical world by storm instantly gives them value. And, second, they are MC5 recordings before MC5 was the MC5 we know and love.
"Looking At You" and "Black to Comm," two songs recorded at Cody High School, are clean cut 60's rock 'n' roll with tremendous energy and vitality running through them. Sweet, danceable, and filled with fun, this is what rock 'n' roll is all about. Of course, the rest of the disc is exactly like these two songs. "I Don't Mind" is a slow-dance ballad while "One of the Guys" is a balls-y rocker with sweet guitar licks, a dynamic rhythm section, and melody galore. Other cuts like "Baby Please Don't Go" and "I Can Only Give You Everything" showcase the love, youthful-ness, and stellar talents this band possessed.Here is a rock 'n' roll treasure. Not only will the MC5 fanatic cherish this album, but anyone who likes straight-from-the-heart, fun rock 'n' roll will fall head over feet for this album. From love songs to some of the most political tunes you'll ever hear, MC5 could do it all. Here is testament to that fact. I'll give it an A+.”
(InMusicWeTrust)


História da Banda – Primeira Parte

“Detroit é, até hoje, o coração do meio-oeste norte-americano. Após a Segunda Grande Guerra, a cidade viveu seu “boom” particular. Uma cultura industrial nasceu em torno dessa “máquina”, somando-se a isso a chegada de muitos imigrantes foragidos da Segunda Guerra e da Coréia. Aterrissaram aos montes nas cidades do norte para trabalhar nas fábricas. Nesse cenário, uma nova atitude e uma nova música jovem surgiram. Todos tinham emprego e a cidade prosperava. Talvez por isso, mais do que em qualquer outra cidade americana no mesmo período, os brancos e negros dialogavam abertamente. Detroit era uma cidade operária aberta ao novo, sem distinção de raça ou classe social. No início dos 60 os grandes nomes eram Duane Eddy, the Ventures, Beach Boys do começo, Motown, Stax, Otis Redding até a chegada da invasão inglesa, que incentivou a molecada a fundar bandas e mais bandas.
Fundado em Detroit no ano de 64/65 pelo vocalista Rob Tyner (durante a adolescência Tyner pegou emprestado o nome do pianista do John Coltrane, McCoy Tyner, para seu nome artístico) e pelos guitarristas Fred Smith (que tocava bongô antes das cordas) e Wayne Kramer (que ensinou Fred a tocar guitarra), a banda ainda contava com Bob Gaspar na bateria (já falecido) e Pat Burrows no baixo, que não desejavam findar seus dias como operários. Esse primeiro batera saiu reclamando: “Tenho que ficar dando porrada na bateria porque esses caras tocam cada vez mais alto! Tô fora!”. Michael Davis, que não foi o primeiro baixista, só entrou na banda porque usava botinhas iguais às dos Beatles (o que impressionou Kramer) e porque o baixista original ficou passado com Kramer alegando que não queria mais tocar aquela música maluca (a escola de Burrows era mais na praia da Motown, tipo James Jamerson) e caiu fora. Depois aterrissou o batera Dennis Thompson para completar a formação clássica. 'No início, o MC5 era uma banda de covers (que tocava Who, Kinks, Them, Yardbirds, R&B, James Brown, Rolling Stones) com apenas uma canção inédita, a experimental e atonal “Black to Comm”, exatamente a mais “barulhenta”, que tornou-se a música que “expulsou” o baixista e o batera originais. A proposta musical do MC-5 não era só fazer barulho para entorpecer ouvidos, como pode parecer, mas sim trazer a liberdade artística e musical a todos. O conceito deles unificava linguagens aparentemente díspares como o rock and roll básico de Chuck Berry com o “freedom jazz” de figuras como Coltrane, Ornette Coleman, Albert Ayler e do louquíssimo Sun Ra, mais o soul de James Brown, a todo volume! George Clinton, do Funkadelic, comentou certa vez que, ao assistir o MC5 ao vivo, decidiu montar um grupo de negros que tocassem no mesmo volume, com o mesmo tipo de equipamento. Negros que influenciam brancos, que influenciam negros que influenciam...” (RockPress)



Kick Out the Jams (1969)
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***Em 320 kbps, with Artwork***
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Tracks:

01 - Ramblin' Rose
02 - Kick Out The Jam
03 - Come Together
04 - Rocket Reducer n°62
05 - Borderline
06 - Motor City is Burning
07 - I Want You Right Now
08 – Starship

Line-up:

Rob Tyner – lead singer
Wayne Kramer – Fender guitar
Fred “Sonic” Smith – Mosrite guitar
Michael Davis – Fender bass
Dennis Thompson – Drums



“Kick Out The Jams still sounds astonishingly powerful after almost 40 years. Recorded live at Detroit's Grande Ballroom in 1968, this relentless, aggressive set offers the frenzy of politicized garage punks blasting through giant stacks: a blitzkrieg of hard rock ignited from the dueling guitars of Wayne Kramer and Fred 'Sonic' Smith and of the throttled vocals of Rob Tyner. The Stooges with barricade-busting ideals, the Five turned the Motor City into a Mecca of sonic excess and shattered the dazed dreams of hippie America. From the pounding of the title track to the eight-and-a half-minute weirdout of Sun Ra's "Starship"," Kick Out The Jams" will rip your head to shreds.
Although the album fared well on the charts, it was surrounded in controversy from the get-go; the record company wanted the group to edit out a vulgarity included in the introduction to the title track. The friction would lead to the band parting ways from Elektra soon after, but all the hoopla could not take away from the stellar quality of KICK OUT THE JAMS. Be prepared to be blown away by such songs as "Rocket Reducer No. 62," "Borderline," "Starship," and the title track, to name but a few. KICK OUT THE JAMS is the undisputed Holy Grail for fans of blaring, high-energy rock.Live Recording.”
(CD Universe)


História da Banda – Segunda Parte
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"A casa de shows que mandava na área era a Grande Ballroom, fundada pelo professor de Inglês e História Russ Gibb, que nas horas vagas era D.J. O sonho de Gibb foi trazer à cidade uma espécie de Fillmore, a grande casa de shows de rock da costa oeste dos Estados Unidos. O que faltava para Detroit era um lar para o rock and roll e a primeira banda residente passou a ser os “cinco”. A cidade ficou de pernas para o ar de uma hora para a outra. O MC5 se fez por lá com shows altíssimos e aterradores. Dennis lembra que eles adoravam tocar em um colégio católico da região porque colocavam no palco cabeçotes com oito caixas Marshall para as guitarras e mais duas cabeças Sunn para o baixo, isso sem microfonação para a bateria, o que obrigava Dennis a esmurrar o instrumento. O resultado de tantos decibéis era uma massa física impulsionada no ar pela força dos alto-falantes. O público adorava e o MC5 também, porque eles viam os chapéus das freiras (tipo Noviça Rebelde) balançarem por causa do impacto dessa massa sonora!
Todo mundo adorava, mas ninguém queria empresariá-los. O único que amou a banda de cara, e decidiu chamar a si essa tarefa, foi o maluquete/saxofonista/hippie John Sinclair que passou a utilizá-los como “pano de frente” da revolução. Sinclair trazia a rodo uma comuna hippie chamada Trans-Love (Energies) porque naquela época era importante fazer parte de uma família “alternativa”, que não fosse a tradicional. Entre 67/68, os Estados Unidos fervilhavam politicamente. Acreditava-se que a revolução era possível e que estava prestes a acontecer. Nixon e Vietnã. A (re)pressão da polícia acabou sendo tanta que a banda e a comuna se mudaram de Detroit para Ann Arbor, uma cidade bem mais tolerante, a quase cinqüenta quilometros a oeste.
Inicialmente o MC5 comungava com alguns princípios hippies de Sinclair, mas assim que assinaram com a Elektra para o primeiro disco, os Trans-Love foram sendo substituídos por um novo grupo político-reaça e a banda tornou-se a eminência não-parda dos Panteras Brancas (cujo lema era “rock’n’roll, drogas e f...r nas ruas”) que, como o nome diz, era a filial “branca-azeda” dos Panteras Negras, partido fundado em 66 para acabar com a discriminação contra os negros na base da violência e da luta armada.
O “ministro da defesa” do partido-versão-branca, (listado no disco ao vivo como Pun Plamondon) tentou explodir o escritório de recrutamento da CIA com uma bomba caseira. Os Panteras Negras chamavam essa versão do partido com branquelos revolucionários de “palhaços psicodélicos” e como está no livro Mate-me Por Favor, os MC5 treinavam tiro ao alvo no quintal da casa comunitária em que viviam, mais por diversão e por excesso de barbitúricos na idéia, do que por causas revolucionárias. No final das contas, para eles, e somente para eles, tudo não passava de diversão. Os shows foram acontecendo, os tumultos na platéia também, o nome da banda foi se espalhando, mas um evento deixou o nome MC5 na história musical e política dos States.
O caos aconteceu no Chicago Festival of Light em agosto de 1968. O cenário era esse: a banda protestava, em um curtíssimo set de apenas cinco músicas, contra a convenção do Partido Democrata que ocorria na cidade. A cena já estava montada quando a banda detonou seu show-protesto e o retorno veio sem se fazer esperar: garrafas voaram, a polícia sedenta por sangue e montada em eqüinos desceu o cacete no povo: power to the people e black is beautiful. A fama estava feita. O romancista Norman Mailer, cobrindo a Convenção para a revista Harper, descreveu o poder sônico dos cinco poeticamente: “As trombetas dos hunos fariam o mesmo barulho?”, além de acrescentar que “O ápice do ruído elétrico tornara-se o clímax eletro-mecânico de toda uma era”.
”(RockPress)
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KICK OUT THE JAMS, MOTHERFUCKERS!!!!!!!!!!!

Back in the USA (1970)

***Em 320 kbps, with Artwork***
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Tracks:
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01. Tutti Frutti 01:28
02. Tonight 02:26
03. Teenage Lust 02:34
04. Let me try 04:14
05. Looking at you 03:01
06. High School 02:41
07. Call Me Animal 02:05
08. The American Ruse 02:30
09. Shakin’ Street 02:20
10. The Human Being Lawnmower 02:23
11. Back in the USA 02:26

Line-up:

Rob Tyner – lead singer
Wayne Kramer – guitar (solos in “Tutti Frutti”, “Teenage Lust”, “Looking at You” and 1st and 3rd choruses of ‘Back in the USA’)
Fred “Sonic” Smith – guitar (solos in “American Ruse” and 2nd chorus of ‘Back in the USA’ ): lead vocal in Shakin’ Street
Michael Davis – Fender bass
Dennis Thompson – Drums
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“Since it was impossible to top the in-concert exuberance of their debut, KICK OUT THE JAMS, the MC5 re-emerged with a more refined sound for their sophomore effort, 1970's BACK IN THE U.S.A., their first studio record. The music is comparable to other Detroit proto-punk rockers of the same era (The Stooges, Alice Cooper, etc.). As with the aforementioned peers, raw garage rock serves as the main ingredient for most of BACK IN THE U.S.A. Producer Jon Landau may have lessened the volatility of the MC5 as compared to JAMS, but the band was equipped with another great set of songs.
Recording information: GM Studios, East Detroit, Michigan. Producer: Jon Landau. Engineer: Jim Bruzzese. Additional personnel: Danny Jordan (keyboards).
Two covers bookend BACK IN THE U.S.A.--an uptempo reading of Little Richard's rock & roll standard "Tutti Frutti" kicks things off in fine fashion, while the album-closing title track was originally done by Chuck Berry. The original material ranges from the abstract "The Human Being Lawnmower" to the heartfelt soul ballad "Let Me Try", a surprise highlight. Nervy, high-octane rockers bristling with pure adolescent energy--"Teenage Lust" and "Call Me Animal", among them--balance politically charged tracks like "The American Ruse". BACK IN THE U.S.A. may have been the MC5's most conventional album, but it is still an endlessly listenable rock & roll classic.”


História da banda – Terceira parte

“A Elektra correu para assiná-los, através do diretor artístico do selo, o amigo/gay/loucaço Danny Fields (que em 2002, disse ter transado com Pete Townshend, do Who naquela época). “Nós realmente acreditávamos que poderíamos mudar o mundo”, Kramer afirmou certa vez.
"Queríamos crescer e ser como John Coltrane ou o Camarada Mao.” Um pouco distante dessa opinião, o vocalita Rob Tyner alegava que a “politicalização” em torno deles era apenas uma fantasia do empresário: “John Sinclair criou a ilusão de algo grande e forte atrás dele, para dar a impressão de que se alguém tentasse nos f...r, na verdade estaria f.....o com uma grande organização que te pegaria de jeito.”
O primeiro disco, Kick Out The Jams, gravado no reveillon Zenta (o que quer que seja isso) entre os dias 30 e 31 de outubro de 68 foi promovido com o slogan: “Fo..-se a Hudson” porque essa cadeia de lojas havia banido o álbum, exatamente pelo título chulo na capa. Tira o Motherfucker!, deixa o Motherfucker! A gravadora Elektra, assistindo o LP chegar ao trigéssimo lugar da parada como um foguete, decidiu recolher o trabalho por causa da canção-título, além de apagar o texto-bandeira do empresário John Sinclair da capa, e os demitiu ao iniciar a gravação do futuro segundo LP.
Sinclair negociava um acordo para o segundo álbum, quando soube que a banda não poderia se apresentar no Miami Pop Festival, pois a polícia da Flórida expedira uma ordem de prisão para o grupo, caso eles colocassem os pés por lá.

A Atlantic os pescou (mas se arrependeu a posteriori) para lançar esse mesmo segundo álbum. Sinclair ainda trabalhava para que eles musicassem o trabalho Paradise Now do grupo experimental de teatro The Living Theatre. Tudo isso dentro do espírito coletivo plantado (?) pela comunidade Trans-Love em Michigan. Mal sabia Sinclair e o povo da comuna que os cinco estavam doidos para cair fora daquela galera toda, do Trans-Love e dos Panteras Brancas. A resenha do Kick Out The Jams feita por Lester Bangs na Rolling Stone decepcionou a banda. Eles esperavam a aprovação do grande Lester e o que o crítico disse é que Kramer não conseguia tocar e nem afinar a guitarra. Logo o homem que viria a babar o ovo do Raw Power, dos Stooges, anos depois, um disco essencialmente mal tocado (porém genial!).
Um pouco antes, o empresário Sinclair havia sido espancado pelos seguranças e policiais de um clube para adolescentes. Alguns afirmam que ele atraía confusão “Ele se queimava sozinho”, já sentenciou o baixista Michael Davis. O guitarrista Fred “Sonic” Smith apareceu para ajudar Sinclair, agredindo seu agressor. Julgados conjuntamente, Fred foi liberado e Sinclair sentenciado a dois anos e meio com cabeça raspada e tudo. Através de manobras jurídicas, Sinclair foi posto em liberdade mas logo depois foi preso por carregar duas baganas, a terceira detenção por posse de drogas, e o juizão não perdoou. Sinclair foi sentenciado a dez anos, sem apelação, isso em 69. O guitarrista Wayne Kramer sempre acreditou que a detenção e a posterior condenação já estavam armadas, trancafiando o louco do empresário para que a banda se calasse. Pelo baixista e pelo batera, o empresário poderia ter morrido na prisão.”
(
RockPress)

High Time (1971)
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***Em 320 kbps, with Artwork***

Tracklist:

01. Sister Anne
02. Baby Won't Ya
03. Miss X
04. Gotta Keep Movin'
05. Future/Now
06. Poison
07. Over And Over
08. Skunk (Sonicly Speaking)


Line-up:

• Rob Tyner - Lead vocals
• Wayne Kramer - Guitar
• Fred Smith - Guitar
• Mike Davis - Bass
• Dennis Thompson – Drums



“Unhappy with the more cultivated sound of their sophomore release "Back In The U.S.A.", the MC5 returned to the barnstorming rock & roll that characterized their debut, "Kick Out The Jams", on their third and final album, 1971's "High Time". While JAMS was a live recording, HIGH TIME was created in the studio, but does manage to retain the rough and spontaneous edge of their debut. Unfortunately, the album didn't serve as the MC5's big commercial breakthrough (although it deserved to), and the quintet broke up in a shroud of bickering and drug abuse soon after.
The songwriting is once again experimental and unpredictable, fueled by the band's barely contained playing. While the songs are pretty obscure outside of the MC5's rabid cult following, almost all of them easily hold their own. Most of the tracks exceed the five-minute mark, such as the groovy "Future/Now", the anthemic "Baby Won't Ya", and the percussive album-closer "Skunk". The punk rocker "Poison" and the bluesy "Gotta Keep Movin'" are shorter but just as exhilarating. HIGH TIME is a criminally underrated early-'70s rock gem.
Recording information: Artie Fields Studios, Detroit, Michigan; Landsdowne Studio, London, England; Pye Studios, London, England. Producer: MC5; Geoffrey Haslam. Engineer: Geoffrey Haslam. Additional personnel include: Leon Henderson (tenor saxophone); Charles Moore (trumpet, flugelhorn, background vocals); Rick Ferretti (trumpet); Pete Kelly (piano); Skip Knapp (organ); Bob Seger (percussion).”
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Acima poster do seguinte evento:

JUNE 1969
6 , 7 - Frid. , Sat. /
MC-5 , Stooges
Illinois Speed Press , Up
*Eastown Theatre*
Detroit, MI


História da banda – Quarta parte


“Era uma primeira cisão no seio dos cinco. Foi aí, de uma forma indireta que os Beatles e o MC5 se cruzaram. Os ingleses brigaram em 70 também por causa de um (na verdade dois) empresário(s) e quando Sinclair foi preso, John Lennon escreveu uma música sobre essa detenção (no
Sometime In New York City). Chegaram a organizar um concerto pela sua libertação, que teve um público de 125 mil pessoas. Depois Lennon iria se arrepender dizendo que Sinclair, liberto, era um mala.
Sem empresário, o MC5 se autogerenciou, afastando-se dos Panteras para gravar o segundo disco (primeiro de estúdio) chamado Back In The USA, produzido pelo crítico de rock da Rolling Stone Jon Laudau, que nunca havia produzido ninguém. Para muitos fãs (e para Sinclair também) esse é um disco quase arruinado pela produção muito limpa em relação ao primeirão, muito sujo. Davis lembra que Laudau os fazia repetir as músicas em busca de uma versão mais “correta”, mas eles nunca tocavam nada duas vezes igual, então esse método simplesmente não funcionava e o Back deixou, de alguma forma, isso claro.
Lançado em janeiro de 1970, o disco trazia clássicos absolutos como “Tonight” (o único compacto do LP, e que nem atingiu as paradas), “Teenage Lust” (a única canção coreografada como se vê no super-8 de Leni ex-Sinclair), “Looking At You”, “Call Me Animal”, mas que não alcançaram nem o sucesso e nem o respeito esperados. Nesse período, além da banda começar a perder espaço para novos grupos como o Grand Funk Railroad, os novos reis do barulho, o grupo se insurgiu contra a liderança natural do fundador Kramer. A partir dessa primeira crise, a gerência passou a ser dividida entre os dois tocadores de seis cordas, o que na prática não mudou muita coisa, apenas mais composições individuais, e menos coletivas, fizeram parte do repertório.
Após gravar um último trabalho, High Time (para os cinco, o melhor dos três álbuns e o disco que mais teve a cara de “Frederico Smithelini” ainda mais com o mais democrático produtor possível, Geoffrey Haslam) a banda terminou seus dias, melancolicamente.

Michael e Rob não estavam mais com a banda na Europa dessa última vez. O baixista foi expulso (posto fora do carro no meio da estrada sem passagem de volta - se vira!, disseram) por estar muito mais doido do que os outros e Rob Tyner tinha uma família e a grana certa começou a falar mais alto e, sem cascalho na parada, nada feito. Dennis Thompson também não segurou a barra. O ressentimento nasceu entre os ex-amigos.
Após um último show no Grande Ballroom em Detroit, em um outro e derradeiro reveillon, só que em 1972, pelo cachê de quinhentos dólares, brigados, viciados e frustrados, cada um foi para o seu lado. Kramer ainda tentou remontar a banda com Fred para uma tour européia em 72 na qual os guitarristas foram acompanhados por uma baixista e um batera que nem conheciam, e com quem nem haviam ensaiado. A brincadeira parece que durou uma semana. Depois Kramer andou vacilando, roubando casa dos outros e traficando drogas e por isso tomou uma cadeiazinha. Os outros foram se agrupando por diversas outras bandas.
Logo depois do fim do MC5, Fred se reuniu com Michael que passou a cantar e a tocar um tecladinho Casio na banda Ascension com os auspícios do batera Dennis (um MC3?); Rob Tyner tentou remontar um novo MC5 sem os músicos originais em 77; anos depois o baixista Dennis montou o Destroy All Monsters, uma espécie de “Velvet mais Nico” com Ron Asheton dos finados Stooges; Kramer, depois da penitenciária, foi tocar no Gang War com o adicto Johnny Thunders, ex-New York Dolls; Fred tocou no Sonic’s Rendezvous Band e Dennis inventou um tal de “New Race”. A lista de bandas-pós-MC é enorme.
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Thunder Express (1972)


***Em 320 kbps, with Artwork***

Tracklist:

01. Kick Out The Jams
02. Empty Heart
03. Ramblin' Rose
04. Thunder Express
05. Rama Lama Fa Fa Fa
06. Motor City Is Burning
07. I Can Only Give You Everything
08. I Just Don't Know

Line-up:

• Rob Tyner - vocals
• Wayne Kramer - guitar
• Fred "Sonic" Smith - guitar
• Michael Davis - bass on tracks "7-8"
• Steev Moorhouse - bass
• Dennis Thompson – drums

Download Link:

http://rapidshare.com/files/113553331/MC5_ThunderExpress.rar


“Skydog's "Thunder Express" compiles six songs recorded for French TV at Castle Herouville, France, in March 1972, with both sides of the AMG "I Can Only Give You Everything"/"I Just Don't Know" single. This release - highly recommended; indeed, despite having been recorded when the band were on their last legs, with an English musician replacing bassist Michael Davis, "Thunder Express" might just be the best MC5 rekkid your money can buy...the "KOTJ" songs sound great sans feedback, with all the instruments clearly audible The extended version of "Rama Lama Fa Fa Fa" sounds like the missing link between "Cold Sweat"-era James Brown and "Funhouse"-era Stooges, the title track (a Berryesque car tune) rivals "Sister Anne" as the Five's finest pure rock'n'roll moment, and there's a neat version of Detroit garage band staple, the Stones' "Empty Heart"”. (~ Ken Shimamoto, MC5: The Bootleg Legacy)



Historia da Banda – Última parte
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Os músicos só voltariam a se reencontrar, todos, em 91 quando foi organizado um concerto em benefício da família de Rob Tyner que falecera na pior, deixando a família que ele tanto protegeu, na maior pindaíba. Michael Davis cantou as músicas na ocasião, mas a banda não seguiu adiante. Terminaram na dor e se reencontraram na dor.
Voltando à prisão, Kramer lia alguns jornais ingleses que os chamavam de “pais do punk” durante os anos 70, mas o guitarrista tratava de dar, literalmente a descarga nos tablóides porque punk na prisão era alguém que dava o r... para os outros presos. Aí, a pergunta que não queria calar era: “Tu é punk?”...
Jornalistas perdem muito daquela empolgação de fã quando, munidos de rotina e diploma, têm as portas abertas aos seus ex-artistas favoritos com a maior facilidade. Apesar dessa “vantagem”, o ouro já não reluz com a mesma intensidade dos nossos 15 anos, é fato. Mas de qualquer forma, temos acesso a esse universo misterioso que nos era vedado. Há redenção, sim, quando a velha química fervilha, assim que jornalista e entrevistado tornam-se apenas duas pessoas conversando em expectativas, atingindo um novo estágio do processo: passando de fãs a amigos, confidentes e muitas vezes tornando-se biógrafos.
Artistas, afinal de contas, são apenas seres humanos, uns melhores e outros a desejar.
Confesso, acima da faculdade e do fanatismo, que minha banda favorita é o MC5 tanto pela sua música como por suas (antigas) idéias. A década de 60 é fascinante por diversos aspectos, entre eles o pretensamente revolucionário. O maior representante dessa estética rock e armas foi “os cinco da cidade motorizada” (Detroit), que unidos a um pregador revolucionário (Irmão Jesse C. Crawford ou M.C. Jesse Crawford), a um empresário hippie (John Sinclair), e a um partido de ultra-esquerda chamado “Os Panteras Brancas”, revolucionou o mundo do rock naquele distante ano de 1968 com muita panfletagem, som e fúria.
A lenda básica é essa: os cinco gritaram a plenos pulmões: “Kick out the jams motherfucker!” (algo como “Bota pra foder, seu filho da puta!) no seu antológico e primeiro disco ao vivo; e por isso - e outras coisitas revolucionárias a mais - foram dispensados pela gravadora. A banda migrou para outro selo, gravou mais dois discos sem muito sucesso e foi excursionar pela Europa onde tentou reavivar a chama. Pelas convulsões provocadas pelo cansaço, muitas drogas e brigas internas, o MC5 se desfez em 72. Passados trinta anos o trio remanescente - o guitarrista Wayne Kramer, o baixista Michael Davis e o baterista Dennis “Machine Gun” Thompson - se reuniu em Londres no dia 13 de março em um evento promocional para 350 convidados no Clube 100 para lançar a camiseta Levi´s MC5! E o que Kramer afirmou na coletiva? “A Levi´s foi esperta por sacar a ligação entre a música do MC5 e o público de hoje”, disse o ex-revolucionário. Pois é... Morra-se com uma frase dessas. A revolução começou de novo, só que agora do outro lado da rua. Muitos fãs estão tirando, literalmente, as calças pelas cabeças por causa dessa “ligação”. Essa volta aos palcos, e dessa forma, está dando muito o que falar. Por isso, entrevistamos, em primeiro mão, o trio dos cinco para esclarecer todos os pontos de vista de ontem, hoje e de amanhã. Essa é uma entrevista histórica e, para o entrevistador, é o trabalho que mais emocionou.
Devido àqueles percalços que a vida jornalística dá, não consegui entrevistar a banda de Detroit, o Motor City Five completa. Primeiro, porque o vocalista Rob Tyner faleceu em 91 e o guitarrista Fred “Sonic” Smith desencarnou em 94. Por causa disso, completei a matéria com relatos sobre esses dois “espíritos” para que esse sonho que está aqui em vossas mãos possa se tornar completo, para que gritemos a plenos pulmões: Kick Out The JamS Motherfuckers!!!
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Office of Trans-Love Energies, Detroit riot (1967)

Left to right: John Sinclair, Joe Mulkey, Bill Reid after obtaining
permit to hold Trans-Love Energy's love-in (1967)

Hill Street (Ann Arbor) crowd

Rob Tyner at Love-In (1967)



Rob Tyner Band, 1977

Scott "Rock Action" Asheton & Scott Morgan, Sonic's Rendezvous Band, 1977


Ron Asheton & Dennis "Machine Gun" Thompson – 1977



Fred “Sonic” Smith in Sonic's Rendezvous Band , 1978


Niagara & Ron Asheton, Destroy All Monsters – 1978

December,12 1944 – September 18, 1991
Roseland Park Cemetery, Berkley, MI


Fred "Sonic" Smith
September, 13 1944 – November, 04 1944
Elmwood Cemetery, Detroit, MI


DKT MC5, projeto dos remanescentes Davis/Kramer/Thompson


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