"O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo." ( Friedrich Nietzsche )

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Paul McCartney





Eu creio que Paul McCartney é meio injustiçado por alguns, especialmente aqueles fãs dos Beatles pseudo-intelectuais que acreditam que John Lennon era a verdadeira força motriz do conjunto, que era dele que saiam todas as idéias e atitudes. Particularmente se colocarmos numa balança eu também vou pender para o lado Lennon que tem muito mais haver comigo, mas os Beatles eram um quarteto e se havia uma força motriz em destaque era a junção Lennon & McCartney (aqui a tese "os opostos se completam" é absoluta) e se Ringo tinha uma participação ínfima, não podemos ignorar George Harrison, que era, no mínimo, 20% na contribuição sonora do quarteto. Com o fim da banda parece que Paul virou vilão e John o herói, a turminha mais engajada politicamente elevava Lennon às nuvens abominando o trabalho de McCartney. Já digo e repito, eu também prefiro Lennon, mas McCartney fez discos incríveis como Ram (1971), Wild Life (1971) e depois com os Wings: Band on the Run (1973), Venus and Mars (1975), Wings Over America (1977), London Town (1978) e Back To The Egg (1979) só para citar alguns. Já John também fez discos memoráveis, mas lançou coisas pra lá de chatas, afinal quem agüenta ouvir de cabo a rabo discos como Unfinished Music, No. 2, Wedding Album e Two Virgins (todos de 1969), sem falar nos meio álbuns Some Time in New York City/Live Jam (1972) e Double Fantasy (1980), digo meio porque ele dividiu as faixas com Yoko e a parte dela é duro de escutar, não é fácil não! Não sou daqueles que metem o pau em Yoko Ono (aliás, só John Lennon tinha essa manha – hahahah), acho até que, como artista, ela tinha/tem boas idéias, mas definitivamente cantar não é para ela. Enfim, voltamos ao McCartney, eu dizia que a turma do rock é injusta com o cara. “Hahhh, mas ele só faz letras que falam de paz, amor, justiça e harmonia”, para ser franco eu prefiro ouvir esses temas do que assistir um show dos Sex Pistols, onde eles chamavam as pessoas de babaca (no mínimo), de trouxa por terem comprado o ingresso e ainda cuspiam na cara de todo mundo.”Que do caralho!” Não vou dizer que não curti os Pistols, na verdade eu não gostava muito mesmo, mas achava legal pela revolta e a vontade de subverter a situação, porém não era a minha banda favorita, nessa seara punk eu sou muito mais Ramones, New York Dolls e The Clash antes dos Pistols. Então, para resumir, Paul McCartney muito antes de pop é rock sim senhor e dos bons, quem já teve o prazer de assistir um show do cara pôde comprovar isso, mesmo não sendo um grande fã, afinal McCartney é um Beatle. Para reforçar a minha tese aqui vão três bootlegs, propositalmente meio recentes, com performances inesquecíveis:
  • Pizza And Fairy Tales. Com outtakes e demos de estúdio provavelmente gravados em 1985.
  • Back To The Big Egg. Gravado ao vivo no Japão em março de 1990, no show Paul está um pouco rouco o que em vez de prejudicar acabou sendo um plus a mais, porque nem rouco o cara desafina.
  • Paul McCartney - Acoustic. Este é uma compilação de faixas extraídas de uma apresentação especial para a BBC Radaio 2 chamada "Sold On Song", foi gravada nos estúdios da Abbey Road em 27 de julho, de 2005 e foi ao ar em 17 de setembro do mesmo ano. Uma pequena festa no estúdio Nº 2 presenciada por alguns amigos e um pequeno grupo de privilegiados fãs.






Paul McCartney é vegetariano e já declarou à imprensa como tomou essa decisão: "Há muitos anos, estava pescando e, enquanto puxava um pobre peixe, entendi: eu o estou matando, pelo simples prazer que isso me dá. Alguma coisa fez um clique dentro de mim. Entendi, enquanto olhava o peixe se debater para respirar, que a vida dele era tão importante para ele quanto a minha é para mim". É membro honorário e participante ativo das campanhas do PETA (People for the Ethical Treatment of Animals, ou Pessoas pelo tratamento ético dos animais, em português).
Fonte Wikipédia







Na tarde de 9 de dezembro, de 1980, ao sair de um estúdio na Oxford Street, McCartney foi rodeado de jornalistas perguntando a respeito da morte de Lennon. Disse, "Eu estou chocado - isto é uma notícia terrível" acrescentando ainda que passou o dia no estúdio por não querer ficar em casa sentado sem fazer nada." Ele foi muito criticado pela frieza com que recebeu a notícia da morte de John Lennon. Quatro anos depois, numa entrevista para a revista Playboy, McCartney afirmou que ficou assistindo ao noticiário na televisão aquela noite e chorou a noite inteira. Ele relembrou ainda do seu último telefonema a John, logo após o lançamento do álbum Double Fantasy. Segundo McCartney, no telefonema Lennon disse rindo a Paul, "Esta esposa quer uma carreira!" A palavra esposa foi usada em referência ao termo esposo-Lennon, por John ter tomado conta do filho durante anos. Após a morte de Lennon, McCartney voltou ao trabalho mas ficou durante muito tempo sem tocar ao vivo. Ele explicou que isso era devido ao nervosismo de ser o próximo a ser assassinado.
Fonte Wikipédia



Paul McCartney - Pizza And Fairy Tales [2000]

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Paul McCartney - Back To The Big Egg [2005]

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Paul McCartney - Acoustic [2005]

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sábado, 16 de maio de 2009

Depus a Máscara


Depus a máscara e vi-me ao espelho. —
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passado que foi
A criança.
Depus a máscara, e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
Assim sem a máscara.
E volto à personalidade como a um términus de linha.

Álvaro de Campos

Jethro Tull - Live in Essen, Alemanha (21/01/1972)

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Bootleg com áudio bom, em uma das memoráveis
performances do Tull !
Não deixem de baixar esta pérola!
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Primeira parte:
1 - My God (including elements of Soirée, By Kind Permission Of and Bourée)
2 - Thick As A Brick
3 - Aqualung
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Segunda parte:
4 - To Cry You A Song
5 - A New Day Yesterday
6 - Cross-eyed Mary
7 - Tomorrow Was Today, Hymn 43 (medley)
8 - Nothing Is Easy
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...........................Image Hosted by ImageShack.us..............Image Hosted by ImageShack.us
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Tamanho: 69, 2 mb (parte 1) – 67, 7 mb (parte 2)
***Em 256 kbps***


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My God

People -- what have you done --
locked Him in His golden cage.
Made Him bend to your religion --
Him resurrected from the grave.
He is the god of nothing --
if that's all that you can see.
You are the god of everything --
He's inside you and me.
So lean upon Him gently
and don't call on Him to save you
from your social graces
and the sins you used to waive.
The bloody Church of England --
in chains of history --
requests your earthly presence at
the vicarage for tea.
And the graven image you-know-who --
with His plastic crucifix --
he's got him fixed --
confuses me as to who and where and why --
as to how he gets his kicks.
Confessing to the endless sin --
the endless whining sounds.
You'll be praying till next Thursday to
all the gods that you can count.



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Oh povo – o que você fez? –
trancou a Ele em Sua jaula dourada.
Fizeram com que Ele se curvasse a sua religião –
Ele ressuscitou do túmulo.
Ele não é o deus de nada –
se isso é tudo que você pode ver.
Você é o deus de tudo
Ele está dentro de você e de mim.
Então curve-se a Ele gentilmente
e não visite a Ele para se salvar
das suas graças sociais
e os pecados você usou para renunciar.
A sangrenta Igreja da Inglaterra –
na corrente da história –
requere sua presença terrena
na paróquia para o chá.
E a imagem gravada você – sabe – quem –
com o crucifixo de plástico Dele –
ele o mantém preso –
me confundo igual a quem e onde e porque –
igual a como ele conseguiu sua diversão.
Confessando o pecado final –
os sons do capricho final.
Você estará rezando até a próxima quinta-feira para
todos os deuses que você puder contar.
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(clique na imagem para acessar o site)
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segunda-feira, 11 de maio de 2009

O Anão Triste


De pau em riste
O anão Cidão
Vivia triste.
Além do chato de ser anão
Nunca podia
Meter o ganso na tia
Nem na rodela do negrão.
É que havia um problema:
O porongo era longo
Feito um bastão.
E quando ativado
Virava... a terceira perna do anão.
Um dia... sentou-se o anão triste
Numa pedra preta e fria.
Fez então uma reza
Que assim dizia:
Se me livrasses, Senhor,
Dessa estrovenga
Prometo grana em penca
Pras vossas igrejas.
Foi atendido.
No mesmo instante
Evaporou-se-lhe
O mastruço gigante.
nenhum tico de pau
Nem bimba nem berimbau
Pra contá o ocorrido.
E agora
Além do chato de ser anão
Sem mastruço nem fole
Foi-se-lhe todo o tesão.
Um douto bradou: Ó céus!
Por que no pedido que fizeste
Não especificaste pras Alturas
Que lhe deixasse um resto?
Porque pra Deus
O anão respondeu
Qualquer dica
É compreensão segura.
Ah, é, negão?
Então procura.

E até hoje
Sentado na pedra preta
O anão procura as partes pudendas...
Olhando a manhã fria.

Moral da história:
Ao pedir, especifique tamanho
Grossura quantia.

Hilda Hilst

quarta-feira, 6 de maio de 2009

S C R A P O M A T I C







O Scrapomatic é natural de Minneapolis - MN (USA) e se iniciou com o cantor Mike Mattison e o guitarrista e compositor Paul Olsen, ambos influenciados por jazz e blues. Eles começaram a tocar juntos em meados de 1990. Não demorou muito para serem agraciados com o Minnesota Music Award nas categorias de Best R&B Group (Melhor Grupo de R&B) e Best Male Vocalist (Melhor Vocalista Masculino). Em 1997 o duo foi tentar a sorte no Brooklin, passando por quase todos os locais da área metropolitana de Nova York, inclusive o Carnegie Hall. Até que, em 2003, eles conseguiram gravar um álbum batizado com o nome do grupo e lançado pelo selo Artists House. Foi o suficiente para saírem do ostracismo e o jornal Boston Herald colocou o disco entre os dez melhores lançamentos do ano em meio aos chamados "hidden pearl" (pérola oculta) caracterizando-os como "o aperitivo perfeito do blues". O Savannah Morning News também adorou o trabalho e publicou: "o Scrapomatic reafirma que a boa música ainda tem o poder de alimentar a alma."

Fora das atividades do Scrapomatic, Paul Olsen permanece ativo em Nova York como bandleader, onde recebeu um importante prêmio da ASCAP (American Society of Composers, Authors and Publishers) pela autoria de "Transition" música do primeiro álbum deles. Mike Mattison assumiu a função de cantor principal na Derek Trucks Band em 2002, fazendo 125 apresentações anuais com o famoso guitarrista virtuoso. Seu primeiro disco de estúdio com a Derek Trucks, foi o Songlines, lançado pela Columbia Records em fevereiro de 2006, conseguindo as críticas mais favoráveis que a banda já obteve até hoje, sendo apontado por muitos como o melhor disco do grupo. Mas Mike também está no álbum Live at Georgia Theatre, de 2004, igualmente festejado pela crítica.

Como uma pegada nova, tanto para o blues urbano quanto para o rural, Scrapomatic chega com uma convincente variedade de faixas vibrantes, emocionais e cruas ao fazer sua estréia pelo selo Landslide Records. Para quem duvidar ai está o disco, ouçam e tirem suas próprias opiniões, de quebra ainda vai um bootleg muito do bem gravado e tão bom quanto o disco oficial e de demonstra bem a carisma deles no palco.



Scrapomatic [2003]

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Scrapomatic Live at Mexicali Blues [2006]

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