"O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo." ( Friedrich Nietzsche )

segunda-feira, 31 de março de 2008

Piratas – Sua História Através dos Tempos I

Esta nova série é totalmente dedicada ao nosso querido Miguel (conhecido nos 7 mares como Ribeiro Rock), afinal ele é a grande fonte de inspiração nesta empreitada. Não só por seu fascínio em relação a este tema, mas também por ser um grande companheiro de posts, me incentivando muitíssimo na continuidade do trabalho feito aqui.
Certamente, costuma ser de meu feitio procurar expor vários ângulos de visão dentro de uma mesma temática, em forma de textos, pinturas, quadrinhos, enfim...reunir muitas fontes em uma mesma colagem...conforme for encontrando material relativo ao assunto, mesmo que não seja de teor acadêmico, irei inserindo aqui. Procurarei também não deixar os posts muito grandes, para sua leitura alcançar um nível dinâmico. É óbvio que estamos abertos à correções, caso as informações publicadas aqui sejam questionáveis.
Afinal já é a marca desta casa ser um espaço com múltiplas faces culturais, nosso lema é a diversidade e interação sempre. Claro, posso garantir que as continuações virão na velocidade da luz de uma tartaruguinha (rss), mas o importante é que tudo sairá do forno com muito gosto, carinho e amizade.

Espero que aprecie, corazón...

Da sua amiga (que sejamos sempre assim),


Neide

Homero
..
“Um pirata (do grego πειρατής, derivado de πειράω "tentar, assaltar", pelo latim e italiano pirata) é alguém que, de forma autônoma ou organizado em grupos, cruza os mares só com o fito de promover saques e pilhagem a navios e a cidades para obter riquezas e poder. O estereótipo mais conhecido do pirata se refere aos piratas do Caribe e cuja época áurea ocorreu principalmente entre os séculos XVI e XVIII.
O primeiro a usar o termo pirata para descrever aqueles que pilhavam os navios e cidades costeiras foi Homero, na Grécia antiga, na sua Odisséia.


"A evolução histórica da Grécia Antiga conhece quatro períodos (Pré-Homérico, Homérico, Arcaico e Clássico). Nos dois primeiros, o mito ainda era preponderante na interpretação dos fatos históricos, sendo que no período Homérico ocorre a dissolução dos génos e a conseqüente formação das cidades-estado. Esta fase obscura da história da Grécia Antiga, que se estende do século XII ao VIII a C. é chamada de Período Homérico porque seu conhecimento é baseado na interpretação de lendas contidas em dois poemas épicos atribuídos a um suposto rapsodo cego da Ásia Menor chamado Homero.No primeiro poema chamado A Ilíada, Homero conta a Guerra de Tróia, mostrando sua tomada pelos gregos. O poema concentra-se na figura do herói Aquiles que se negou a combater os troianos devido a sua cólera contra Agamenon que lhe roubou a escrava Briseida. Somente com a morte do amigo Patroclo, Aquiles volta ao combate. Outro momento importante da obra descreve a tomada da cidade pelos gregos, que sem a liderança de Aquiles usaram da astúcia, e por conselho de Odisseu (Ulisses), construíram um grande cavalo de

madeira e esconderam em seu interior os soldados mais valentes, que durante a noite saíram do cavalo e abriram as portas da cidade para seus companheiros destruírem Tróia."A Odisséia", descreve o retorno do guerreiro Odisseu (Ulisses) ao seu reino na ilha grega de Ítaca.

Essa obra pode ser dividida em três temas fundamentais: a viagem de Telêmaco; as viagens de Ulisses; e o massacre dos pretendentes da esposa de Ulisses, Penélope.Assim como a Ilíada, a Odisséia é composta de 24 cantos, porém, se a Ilíada descreve um estágio mais primitivo da sociedade, a Odisséia descreve um momento mais estável e pacífico repleto de sucessos legendários.
No entanto, uma análise mais criteriosa mostra que a Odisséia mais parece uma compilação de trechos de diversas obras. Apesar de posterior a Odisséia não faz nenhuma referencia à Ilíada. Deve-se também levar em conta que esses poemas foram transmitidos oralmente ao longo de séculos, tomando forma escrita somente em meados do século VI a C. em Atenas durante a tirania de Psistrato.Por fim, sobre a própria figura de Homero ainda existem grandes interrogações: se realmente existiu, qual sua cidade natal, sua época de nascimento e morte ou se Homero corresponde apenas à sigla de alguma associação de rapsodos, os cantores ambulantes de rapsódias (cantos épicos) na Grécia Antiga." (HistoriaNet)

Howard Pyle illustration of pirates duelling, from Howard Pyle's Book of Pirates

Os piratas são aqueles que pilham no mar por conta própria, embora hoje em dia este termo já seja aplicado a qualquer pessoa que viola alguma coisa .
Eles navegavam nas rotas comerciais com o objetivo de apoderarem-se das riquezas alheias, que pertencessem a simples mercadores, navios do estado ou povoações e mesmo cidades costeiras, capturando tudo o que tivesse valor (desde metais e pedras preciosas a bens) e fazendo reféns, para extorquir resgates. Normalmente esses reféns eram as pessoas mais importantes e ricas para que, assim, o pedido de resgate pudesse ser mais elevado.
Primeiramente a pirataria marítima foi praticada por gregos que roubavam mercadores fenícios e assírios desde pelo menos 735 a.C. A pirataria continuou a causar problemas, atingindo proporções alarmantes no século I d.C., quando uma frota de mil navios pirata atacou e destruiu uma frota romana e pilhou aldeias no sul da Turquia.
Na Idade Média, a pirataria passou a ser praticada pelos normandos (que atuavam principalmente nas ilhas britânicas, França e império germânico, embora chegassem mesmo ao Mediterrâneo e ao mar Morto), pelos Muçulmanos (Mediterrâneo) e piratas locais.
Mais tarde esta difundiu-se pelas colônias européias, nomeadamente nas Caraíbas, onde os piratas existiam em grande quantidade, procurando uma boa presa que levasse riquezas das colônias americanas para a Europa, atingindo a sua época áurea no século XVIII.

Dobrão de ouro dos piratas caribenhos

Do fim do século XVI até o século XVIII, o Mar do Caribe era um terreno de caça para piratas que atacavam primeiramente os navios espanhóis, mas posteriormente aqueles de todas as nações com colônias e postos avançados de comércio na área. Os grandes tesouros de ouro e prata que a Espanha começou a enviar do Novo Mundo para a Europa logo chamaram atenção destes piratas. Muito deles eram oficialmente sancionados por nações em guerra com a Espanha, mas diante de uma lenta comunicação e da falta de um patrulhamento internacional eficaz, a linha entre a pirataria oficial e a criminosa era indefinida.
As tripulações de piratas eram formadas por todos os tipos de pessoas, mas a maioria deles era de homens do mar que desejavam obter riquezas e liberdades reais.

Dobrão espanhol, 8 escudos

Muitos eram escravos fugitivos ou servos sem rumo. As tripulações eram normalmente muito democráticas. O capitão era eleito por ela e podia ser removido a qualquer momento.
Eles preferiam navios pequenos e rápidos, que pudessem lutar ou fugir de acordo com a ocasião. Preferiam o método de ataque que consistia em embarcar e realizar o ataque corpo a corpo. Saqueavam navios de mercadores levemente armados, mas ocasionalmente atacavam uma cidade ou um navio de guerra, caso o risco valesse a pena. Normalmente, não tinham qualquer tipo de disciplina, bebiam muito e sempre terminavam mortos no mar ou enforcados, depois de uma carreira curta, mas transgressora.


Pirates by Andries van Eertvelt, "A Spanish Engagement with the Barbary Corsairs"

No auge, os piratas controlavam cidades insulares que eram paraísos para recrutar tripulações, vender mercadorias capturadas, consertar navios e gastar o que saqueavam. Várias nações faziam vista grossa à pirataria, desde que seus próprios navios não fossem atacados. Quando a colonização do Caribe tornou-se mais efetiva e a região se tornou economicamente mais importante, os piratas gradualmente desapareceram, após terem sido caçados por navios de guerra e suas bases terem sido tomadas.
Desde aí a pirataria vem perdendo importância, embora em 1920 ainda tivesse a sua importância nos mares da China.
Atualmente, a pirataria revela-se mais incidente no sudeste asiático e ainda nas Caraíbas, sendo os locais de ataque espaços entre as ilhas, onde os piratas atacam de surpresa com lanchas muito rápidas.” (Wikipedia)


Para Reflexão:

Alexandre, o Grande e o cavalo Bucéfalo em obra da época romana achada em Pompéia, copiada de original grego.

No ano 331 a.C., Alexandre, o Grande ordenou a expulsão dos piratas do mar Egeu, e perguntou a um deles qual a razão pela qual estes tornavam os mares inseguros. O pirata respondeu-lhe: "A mesma razão pela qual vós fazeis estremecer o mundo inteiro. Mas como eu faço o que faço num pequeno navio, eu sou chamado pirata. Como vós fazeis o que fazeis com uma grande armada, vós sois chamado de imperador."

Peter Frampton - 1974 =It's A Plain Shame= (Ultrasonic Studios, Bootleg)


Peter Frampton"It's A Plain Shame"Ultrasonic StudiosHempstead, N.Y. May 7, 1974

SETLIST (64:14)

1. It's a Plain Shame
2. Doobie Wah
3. Lines on My Face
4. The Lodger
5. I Wanna Go to the Sun
6. Do You Feel Like We Do
7. Jumpin Jack Flash
8. White Sugar
9. Shine On
.

Peter Frampton nasceu em 22 de Abril de 1950 na cidade de Beckenham, em Kent, na Inglaterra. Aos sete anos, ouvindo um recital de piano pelo rádio com seus pais, ele seguidamente se queixa de que “algo está errado com este piano.” Seus pais não compreendem a sua reclamação até que ao final da apresentação, o locutor da estação se desculpa, pois, como ele passou a informar, durante a execução, uma folha de partitura caiu e repousou sobre as cordas do piano. A partir daí, seus pais perceberam que seu filho tinha um ouvido especialmente sensível para música. Aos oito anos, Peter ganhou de presente um ukulele, espécie de cavaquinho havaiano, e sozinho aprendeu uma série de músicas infantis, todas de três acordes. Seu gosto musical incluía Cliff Richards, cujas músicas fariam parte de seu repertório em uma apresentação escolar que também incluiria sua primeira composição própria, um instrumental. Aos nove anos ganhou seu primeiro violão, passando a ter aulas de violão clássico. Embora não fosse a música que ele queria tocar, lhe deu a disciplina e moldou a técnica que, mais tarde, Peter iria desenvolver. Paralelamente ao material clássico, Frampton ouvia e executava material de B. B. King e Buddy Holly. Os resultados desta mistura de influências e técnica mostraram-se frutíferas quando, ainda aos dez, Peter foi aceito como guitarrista convidado na obscura banda The Little Ravens, composta por colegas bem mais velhos de sua escola.
Quem passou a cantar com ele foi o então desconhecido David Jones, mais tarde rebatizado David Bowie, que admirava o menino que já tocava bem melhor do que o guitarrista fixo de sua outra banda, George & the Dragons. O pai de Peter era professor de Bowie, então no 2º Grau. Aos onze Peter formou sua primeira banda, the Truebeats, compondo então uma serie de instrumentais que formaria o grosso do repertório. Frampton e Bowie tocariam juntos ocasionalmente durante todo o período de ginásio e 2º Grau, até Bowie sair da escola.


Ainda conhecido como Davie Jones, Bowie seguiria sua
carreira entrando e saindo de bandas até que com os King Bee's, assina com a Vocalion Records. Frampton, três anos mais novo e ainda na escola, igualmente teria ainda em 1964, o inicio de sua carreira profissional. Perto de completar quatorze anos, o pequeno fenômeno teve moral para ser aceito em uma outra banda, The Preachers, que tocava uma mistura de material entre funk, soul, blues e rock ‘n’ roll. Seu baterista era Tony Chapman que tocara com os Rolling Stones em uma de suas primeiras formações e era amigo antigo de Bill Wyman. Chapman ao apresentar the Preachers a Wyman, é imediatamente contratado para a sua produtora, a Freeway Music. Wyman acaba produzindo o primeiro compacto dos Preachers, como também contratando Chapman e Frampton como músicos de estúdio para outras produções.
Em 1966, Frampton, então com dezesseis anos, deixaria a escola e entraria no the Herd, obtendo no ano seguinte um contrato com uma gravadora, a Fontana Records. O primeiro compacto do the Herd seria "From the Underworld", um hit que atrai a atenção das revistas teens, que passam a explorar os dotes físicos do guitarrista. O disco de estreia da banda, "From the Underworld" foi seguido em 1968 com "Paradise Lost" e "Lookin' Thru You". Os hits "Paradise Lost" e "I Don't Want Our Loving to Die" garantem mais idolatria teen onde Peter Frampton é declarado "o rosto" (the Face) de 1968.
Peter não demora a se cansar da atenção excessiva da mídia para sua boa aparência e pouco reconhecimento quanto a seu trabalho como músico. Embora ele e o tecladista Andy Bown compusessem a maior parte do material da banda, o som do the Herd tinha que primeiro satisfazer o gosto e aspirações comerciais de seus empresários, que cada vez mais, obrigam gravações de baladas com arranjos orquestrais. Frampton, insatisfeito, deixa the Herd no final do ano.


1967, The Heard

No Ano Novo de 1969, Steve Marriot se apresenta pela última vez com sua banda Small Faces. Pouco depois, ele e Frampton se reúnem, com mais Greg Ridley (baixo) e Jerry Shirley (bateria), para formar o Humble Pie na primavera de 1969. A banda, que toca uma mistura de blues, folk e rock, acaba se tornando uma das primeiras “guitar bands” da nova era do rock a abrir a década de setenta. Marriot, ainda sob contrato com a Immediate Records, lança pelo selo o álbum de estreia de sua nova banda, "As Safe As Yesterday Is". Com a Immediate Records indo à falência, seguida de uma mudança de empresário, Humble Pie assina com a A&M Records em 1970.
Excursionando pelos Estados Unidos, a banda se torna a primeira a se apresentar no Shea Stadium desde os Beatles, abrindo para o Grand Funk. Seu novo empresário, Dee Anthony, usa como estratégia de marketing, a de botar a banda excursionando continuamente, abrindo shows de diversas bandas, até conseguir um publico cativo.É no Humble Pie que Peter Frampton desenvolve muito do que seria o som e estilo que marcaria sua carreira. Pode-se dizer que no início Peter Frampton era um aprendiz de Steve Marriot, que lhe ensinou muito sobre como se comunicar com o publico ao vivo. Mas no que se refere ao repertório, Peter como co-fundador, tinha voz ativa em peso de igualdade dentro da unidade. O empresário Antony passa a aconselhar Marriot a puxar a banda mais para o heavy rock e blues, direção oposta do repertório mais melódico que Frampton gostava de dar à banda. Com "I Don't Need No Doctor", Humble Pie consegue seu primeiro hit nos Estados Unidos, ganhando maior aceitação no mercado americano.
.
1968, Humble Pie
..
Porém três anos e cinco álbuns depois, Peter tinha sido transformado em apenas o guitarrista, toda a criatividade musical estando efetivamente nas mãos de Mariott. Percebendo que suas composições melódicas estão servindo cada vez menos para a banda, Frampton prontamente deixa o grupo. Menos de dois meses depois, sai o lançamento do disco ao vivo "Performance - Rockin' The Filmore", que venderia horrores e transformaria o grupo em um mega sucesso.Tarde demais para voltar atras, Peter se casa com sua namorada desde os tempos de escola, Mary Loveitt, e se muda para Nova York, onde trabalha como músico de estúdio para diversos artistas, entre eles George Harrison e Harry Nilsson.
Seu contrato com a A&M Records continuava válido e a gravadora ainda tinha interesse nele, o que facilitou muito o lançamento em 1972 de seu primeiro disco solo "Wind of Change".
O disco apresenta uma coleção de rocks e baladas que em reflexão, mostra um artista em busca de seu som. Peter volta a excursionar e viver na estrada, o que efetivamente se torna um peso em seu casamento. Sua banda, batizada Frampton's Camel, é também o nome de seu segundo disco, lançado em 1973. Membros incluem o ex-Spooky Tooth Mick Kellie na bateria, além de Mickey Gallagher e Rick Wills, tecladista e baixista respectivamente.Peter acabaria se divorciando e pouco depois passa a testar um novo aparelho, o talk box, que lhe permite fazer sua guitarra falar ou se preferir, ele falar com som de guitarra. Deprimido com a esterilidade de sua carreira solo, ele desmonta Frampton's Camel e tira alguns dias de férias indo para as Bahamas, onde compra uma casa. Estando lá, com sua atual namorada Peggy McCall, em um mesmo dia, acaba por compor duas canções que iriam mudar sua carreira. De manhã ele compos a música para "Show Me The Way" e à tarde, enquanto assistia o sol se por, compôs letra e música de "Baby I Love Your Way".

1973
..
Ao voltar das ferias, grava praticamente sozinho o álbum "Frampton", tocando órgão, baixo, guitarra, piano, teclados, talk box, e vocais. Seu velho parceiro do the Herd, Andy Bown se responsabiliza pela maior parte dos teclados e do baixo e John Siomos fica com a bateria e percussões. Frampton também assina a produção do disco.
Seu empresário Dee Anthony, percebendo que a falta de hits em sua carreira poderia limitar as possibilidades do selo continuar com o artista, revive a mesma estratégia que executou com o Humble Pie em seu inicio; excursionar incansavelmente e depois gravar um disco ao vivo. Embora não sendo um hit, o álbum "Frampton" chegaria em 1975 a disco de ouro, muito graças a disposição de Peter de levar o trabalho para uma longa temporada na estrada. Peter Frampton abre shows para toda banda possível e imaginável nos Estados Unidos, desde ZZ Top, Black Sabbath, Rod Stewart e J. Giels Band. Em San Francisco, resolvem gravar a apresentação que seria realizada em Winterland, famoso reduto roqueiro desde os tempos da psicodelia.Depois de selecionado e mixado, uma audição para Jerry Moss, dono do selo, foi marcada para que ele possa ouvir e aprovar o material. Ao final, Moss pediu para ouvir mais e com isso o disco "Frampton Comes Alive" se tornou um album duplo. Ao ser lançado, se tornou acoqueluche do momento, vendendo a incrível soma de um milhão de cópias na primeira semana. Frampton, que estava ainda em meio a uma excursão, abrindo para outros artistas, passa, da noite para o dia, a ser atração principal. O álbum se tornaria o disco mais vendido na historia do rock até então. "Frampton Comes Alive" continua sendo até o presente, o disco ao vivo sem material inédito mais vendido na história, com cerca de 13 milhões de cópias vendidas, só nos Estados Unidos.
..
1976
..
Ao final de 1976, Peter Frampton terá levantado entre vendas de discos e ingressos para seus concertos, cerca de 70 milhões de dólares, se tornando o artista de maior sucesso do ano.Não querendo nem podendo parar e prestar atenção para detalhes financeiros, Frampton autoriza seu empresário a contratar uma verdadeira equipe de conselheiros financeiros e contadores enquanto Peter, aproveitando ao máximo o sucesso, continua excursionando.
Cansado e querendo férias, ele é forçado pela gravadora depois da excursão a entrar direto para o estúdio e gravar às pressas seu proximo disco. Em função do sucesso absurdo de "Frampton Comes Alive", a A&M já tinha contabilizado pedidos de três milhões de cópias para o próximo álbum. Assim, 1977 trouxe o LP "I’m In You", um disco razoável, e que vendeu bem, embora pouco em contraste com seu predecessor. No mesmo ano, Peter é convidado a participar junto com os Bee Gees em um filme cuja historia seria baseado nas músicas dos Beatles, chamado Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band. Frampton recusa a oferta até receber uma ligação de Robert Stigwood confirmando a participação de Paul McCartney no filme. Frampton, acreditando que a participação de Paul daria autenticidade à película, assina o contrato concordando em atuar. Somente durante as filmagens ele descobre que o mais perto que ele chegará a um Beatle, será Billy Preston.Depois das filmagens, Peter resolve aproveitar o verão e descansar, indo para sua casa de praia em Nassau, nas Bahamas, onde encontraria com sua namorada Peggy McCall. Ele então descobre que enquanto ele estava trabalhando, ela, vivendo às suas custas, estava dando inúmeras festas, regadas a whiskey e cocaína, e morando com outro rapaz em sua casa.
Peter, abalado emocionalmente, pega o seu carro e começa a correr pelas estradas estreitas da ilha. Pelo caminho, ele acerta um muro, cruza a pista e encontra uma arvore do outro lado

Rolling Stone Magazine, abril 1976

Do hospital em Nassau ele foi transferido para um hospital em Nova York. Desacordado o tempo todo, Peter Frampton em estado grave, havia quebrado quase todas as costelas, as mãos e os pés; exibia uma fratura exposta no braço direito, com o osso perfurando a pele na altura perto do ombro; tinha um corte profundo que ia da testa do músico até quase o centro da cabeça, e perdeu alguns dentes da frente.
Ainda se recuperando no hospital, o filme Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band é lançado e se torna criticamente aclamado como o pior filme de todos os tempos. As carreiras dos Bee Gees como também de Peter Frampton sofreriam imensamente com a publicidade ruim deste filme. Seu empresário tentou manter Frampton nos olhos do publico, tendo sua foto seguidamente aparecendo em artigos de revistas diversas porém a tática acabou não funcionando como planejado. O publico ficou cansado de vê-lo.
Depois que saiu do hospital, se recuperando em casa, na companhia dos pais, Frampton, agora estando com tempo de sobra, descobre que tem perto de $800 mil dólares a receber que nunca chegaram às suas mãos. Aos poucos, quanto mais ele vai escavando, mais vai descobrindo que apesar de ter contratado uma equipe para cuidar devidamente de suas finanças, ele fora traído. A revelação acabou com o ótimo relacionamento entre Peter e Dee Anthony. Peter contempla processar seu antigo empresário e amigo, mas desiste, em parte por reconhecimento de que dificilmente ele teria chegado ao sucesso sem sua ajuda. Peter também percebe que Anthony estava ainda mais quebrado do que ele. Anthony foi inteligente e correto em praticamente tudo relacionado à carreira do guitarrista, mas foi incompetente em assuntos financeiros.Agora, cuidando pessoalmente de suas finanças, o dinheiro que Frampton conseguiu levantar, ele resolveu aplicar na bolsa de valores.


Depois de passar um período deprimido, parte para tentar
recuperar sua carreira em 1982 com o disco "The Art of Control". Aceitando o conselho da gravadora, grava um disco puxando para new wave, o que parecia ser o caminho da música moderna. O resultado final foi um disco ruim e despersonalizado que só ajuda a sepultar ainda mais o seu nome no mercado. Pouco depois a gravadora dispensa o artista. Sem gravadora pela primeira vez em sua vida desde a década passada, Frampton aceita seu destino com relativa serenidade. Sai de cena, casando com sua nova namorada Barbara Goldburg, em '83, que logo daria a luz a sua primeira filha, Jade. O casal se muda para o campo relativamente perto de Los Angeles e vivem uma vida bem modesta. Com a chegada da criança, a vida noturna de Peter acaba e ele passa a viver uma vida mais diurna de acordo com os horários de sua filha.Em 1986 Frampton consegue negociar um contrato com a Virgin Records, onde grava e lança o disco "Premonition". Monta uma banda e um show para ajudar a divulgar o disco, excursionando os Estados Unidos abrindo para Steve Nicks. No dia 19 de Outubro de 1987, a Bolsa de Valores tem queda recorde e o dia é lembrado como "Segunda-feira Negra". Peter Frampton perde tudo. Suas diversas residências, seus carros, até algumas peças de seu equipamento, incluindo algumas de suas guitarras, tiveram que ser vendidas. Peter passa então a buscar trabalho em Los Angeles como sessionman, trabalhando para outros artistas.Certa noite David Bowie o procura para parabenizá-lo pelo seu disco.
Na conversa com o velho amigo, Bowie pergunta a Frampton se ele pode reservar um tempo para gravar e fazer parte de sua banda. Frampton sabe o significado deste convite e tem seguidamente agradecido publicamente a David Bowie por esta tremenda e necessária oportunidade. Assim, em final de 1987, Bowie lança o disco Never Let Me Down com Frampton como seu guitarrista, passando o proximo ano participando do Glass Spider Tour.
Frampton neste período está feliz, de volta a sua posição preferida, a de guitarrista principal, se apresentando novamente para um grande publico. E pela primeira vez em muito tempo, passa a ser reconhecido pela critica como um guitarrista talentoso.
..
Never Let Me Down

Depois deste trabalho, em 1990, Frampton e Steve Marriot se juntam novamente e começam a trabalhar em um material que deixa os dois artistas bastante empolgados. Infelizmente antes das gravações serem encerradas, em Abril de 1991, Steve Marriot morre durante um incêndio em sua residência. O material continua inédito até o momento. Frampton novamente entra em uma fase de depressão que culmina com a separação e divorcio de Barbara, sua segunda mulher.Em 1992, Frampton acaba por montar uma banda nova e leva o grupo para a estrada. Durante a excursão, reencontra com uma velha amiga, Tina Elfers, com quem cassaria em janeiro de 1996, e com quem teria outra filha, Mia. Lança esporadicamente alguns Lp's, entre eles o "Frampton Comes Alive II" que passou quase despercebido e agora o mais recente, "Live in Detroit" tirado do seu show ao vivo no Pine Knob Music Theatre em Detroit, 17 de Julho, 1999. A banda nova é na verdade um conglomerado de velhos amigos. Bob Mayo nos teclados, Chad Cromwell na bateria, e John Regan no baixo, todos tendo tocado com Frampton em algum ponto de sua já extensa carreira.Com a virada do milênio, a fábrica de guitarras Gibson, lançou o modelo Frampton de guitarras, com ajuda e especificações vindas do próprio Peter Frampton. O modelo não foi ainda produzido em série e trata-se de um item para colecionador. Seu valor no mercado está no momento calculado em $6 mil dólares.Peter é hoje pai de quatro crianças, e aparentemente aprendeu a dizer não quando precisa, colocando seus filhos em primeiro lugar na sua vida, antes mesmo de sua carreira. Continua gravando e ocasionalmente levando uma banda para a estrada, mas seu repertório está claramente mais para baladas do que um rock visceral. Mas ele será sempre lembrado como o primeiro guitarrista a vender mais de 13 milhões de cópias de seu álbum em um ano e, no processo, mudado a indústria fonográfica. (Whiplash)

Frampton, atualidade...

Escritora, sim...intelectual, não.


“...outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade. [...] Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros ‘uma profissão’, nem uma ‘carreira’. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis. Sou uma amadora? O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.”
.
Clarice Lispector

quarta-feira, 26 de março de 2008

Jan Akkerman - Profile 1972


Jan Akkerman, Nacido en 1946 en Amsterdam, comenzó a tocar la guitarra a los cinco años; su padre era guitarrista. También aprendió a tocar el acordeón, alentado por su madre. Años más tarde, Akkerman se volcó decididamente a la guitarra, aunque también aprendió teclados y saxo. Cursó sus estudios musicales en el Liceo de Música de Amsterdam durante cinco años, donde había ganado una beca. En su adolescencia sus intereses se volcaron al rock, y a temprana edad tocó en grupos como The Friendship Sextet, The Shaking Hearts, y Johnny and The Cellar Rockers (nombre que luego cambiaría a Johnny and The Hunters, y finalmente a The Hunters). En 1968, Akkerman fue contratado para tocar en la grabación del álbum del vocalista Kazimierz (Kaz) Lux, junto con Pierre van der Linden en percusión y André Reynen en bajo. Fue así como los cuatro formaron el grupo Brainbox, cuyo único álbum fue editado a fines de 1969. Debido a la participación de Akkerman con el Thijs van Leer Trio, el representante de Brainbox, John van Setten, despidió a Akkerman de Brainbox. Akkerman se integró al trío, y el cuarteto adoptó el nombre Focus.

Track Listings
1. FRESH AIR (19:50)
a.
Must be my landb.
Wrestling to get outc.
Back againd. The fighte.
Fresh air - blue notes for listeningf.
Water and skies are telling meg.
Happy Gabriël ?
2. Kemps Jig (1:28)
3. Etude (1:30)
4. Blue Boy (2:24)
5. Andante Sostenuto (4:05)
6. Maybe just a dream (2:33)
7. Minstrel / Farmers dance (2:45)
8. Stick (3:30)

Line-up/Musicians
Jan Akkerman / Guitar, Bass, Alto-lute, Spanish guitar, Electric Fender piano
Pierre van der Linden / Drums
Bert Ruiter / Bass
Ferry Maat / Piano
Jaap van Eyck / Bass
Frans Smit / Drums

DownloadLink: http://rapidshare.com/files/102388853/1972__Profile_.rar

Dentre os discos de sua carreira solo, quais os seus preferidos?

Jan: "Profile" é o melhor, eu acho. Mas eu gosto muito de "Focus In Time" também, o (tecladista) Tom Salisbury fez um trabalho brilhante nele, tanto nos arranjos quanto nas performances.

E os do Focus, alguma preferência específica?

Jan: Todos os discos têm os seus momentos fortes, em especial o "Moving Waves”, o "Focus III" e o "Hamburger Concerto". É difícil de se escolher um melhor.
.
Acima, trechos de uma entrevista concedida por Jan Akkerman para Whiplash em dezembro de 2007, sobre sua tour com músicos brasileiros.
.

Magia


"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão."

Caio Fernando Abreu

sábado, 22 de março de 2008

Marc Bolan and T.Rex-Born_To_Boogie-2CD-2005

.
Recording information: Empire Pool, Wembley, England (1971 - 1972).This double-disc set is something of a holy grail for T. Rex fanatics. Both discs contain music from BORN TO BOOGIE, a film about T. Rex frontman Marc Bolan made by Ringo Starr in 1972. The film was considered lost until 2003, when old prints where found and painstakingly restored. This expanded CD reissue covers the music from the original film, as well as additional material, including excerpts from concerts recorded at Wembley stadium, and a BBC interview with Bolan from 1971.Bolan is backed here by his crack band, and by Ringo and Elton John (both of whom are professed T. Rex fans). The playlist includes many of his finest tunes: the rollicking "Jeepster," the slinky bounce of "Get It On," and the epic, metaphysical autobiography-in-song "Cosmic Dancer," in addition to fun covers ("Tutti Frutti") and selections of Bolan's poetry. The tapes have been remastered to sparkling effect, and everything here, from Bolan's trademark yelps and moans to the ecstatic screaming of his female fans, is crystal clear. Moreover, BORN TO BOOGIE captures T. Rex at his commercial and artistic apex, and offers a snapshot of the glam superstar in a unique and significant moment in rock & roll history.

Track listing

DISC 1: BORN TO BOOGIE THE MOTION PICTURE SOUNDTRACK:
1. Intro
2. Jeepster
3. Baby Strange
4. Electric Wind - (poem)
5. Tutti Fruitti - (with Elton John/Ringo Starr)
6. Children Of The Revolution - (with Elton John/Ringo Starr)
7. Look To The Left - (with Ringo Starr)
8. Spceball Ricochet
9. Some People Like To Rock - (with Ringo Starr)
10. Telegram Sam
11. Some People Like To Roll - (with Ringo Starr)
12. Cosmic Dancer
13. They've Come 'Tis Said
14. Tea Party Medley
15. Union Hall - (poem)
16. Hot Love
17. Get It On
18. Children Of The Revolution - (reprise)
19. BBC Interview With Marc Bolan From Late 1971

DISC 2: T. REX IN CONCERT 18TH MARCH 1972:
1. Rosko's Intro - (with Emperor Rosko)
2. Cadilac
3. Jeepster
4. Baby Strange
5. Spaceball Ricochet
6. Girl
7. Cosmic Dancer
8. Telegram Sam
9. Hot Love
10. Get It On
11. Just One More - (with Emperor Rosko)
12. Summertime Blues

Marc Bolan & T. Rex:

Marc Bolan (vocals, guitar);
Steve Currie (bass guitar);
Mickey Finn (congas).

Additional personnel: Elton John (piano); Ringo Starr (drums)

DownloadLink: http://www.mediafire.com/?tvgb4nmwx1g

DownloadLink:. http://www.mediafire.com/?x3cztglbhor

Na imagem ao lado, como "Toby"...

Paixão pelo rock demonstrada pelo jovem Mark Feld, seu verdadeiro nome, assustava até mesmo seus próprios pais. Começou na música ouvindo sem parar os compactos de Gene Vincent e Chuck Berry, dois de seus ídolos máximos. Pouco antes disso, quando tinha apenas nove anos de idade, Bolan ganhou sua primeira guitarra e montou um grupelho/paródia de skiffle, baseado em Lonnie Donegan (um ícone da música inglesa do período).
Cinco anos mais tarde, Marc foi expulso do colégio pelo comportamento agressivo e suas longas madeixas. Interessante notar que desde muito cedo, o astro criou também um fascínio pelo show business, começando como ator infantil na famosa série da TV inglesa "Orlando".
Com a explosão do movimento Mod pela Inglaterra, Bolan tornou-se um deles e virou um dos mais requisitados modelos masculinos da época, utilizando o pseudônimo de Toby Tyler. Daí para ser músico em período integral foi um pulo: adotou o nome de Marc Bowland e, em 1965, gravou um compacto sem a mínima repercussão - “The Wizard”.
.

O raríssimo compacto com “The Wizard”
.
wwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwww
">wwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwww
.
Tudo começa a mudar quando passa a integrar o grupo Mod/Psicodélico John’s Children. Com eles, compôs "Desdemona", um dos hinos do período, gloriosamente banido da programação da BBC londrina por conter temática alucinógena.
Com o fim do John’s Children, Bolan conheceu o ator norte-americano Riggs O'Hara e com ele se mandou para Paris, onde travou contato com um mago que lhe transmitiu muita sabedoria, além de alguns conceitos de magia negra e truques como a levitação, por exemplo. Viagens à parte, Bolan passou a pisar mais fundo em suas composições depois de sua estada em Paris. Muito desse material tomaria forma com o Tyrannosaurus Rex, um duo de Bolan ao lado do percussionista Steve Peregrine Took. A dupla nasceu praticamente de apresentações improvisadas nas ruas de Londres.

John’s Children

Conseguiram impressionar o lendário DJ John Peel, da BBC, que apadrinhou e forneceu exposição em massa para a nova dupla revelação da ilha. Nessa fase inicial, gravaram quatro álbuns, alguns singles de sucesso e tocaram no primeiro concerto de rock ao ar livre do Hyde Park.
Durante uma tour pela América a parceria se desfez devido às famosas ‘divergências musicais’. Bolan não perdeu tempo e substituiu Took por Mickey Finn. O jeito foi lançar mais um álbum naquele tradicional formato folk/psicodélico antes de partir para o ataque - adotando guitarras elétricas, abreviando o nome para T. Rex e formando uma banda rock de verdade.
O primeiro estrondo da nova fase é “Ride A White Swan”, agradável, mas talvez ainda um pouco tímida. Pelo menos chegou com propriedade e classe no segundo posto da parada britânica. Na seqüência vieram “Hot Love” e "Bang A Gong (Get It On)", já embebidas na crescente onda Glam que assolava a Inglaterra com nomes como David Bowie, Mott The Hoople, Sweet, Slade, etc.
Agora como uma banda de rock completa, Marc contava com Finn na percussão, Steve Currie no baixo e Bill Legend na bateria – todos famosíssimos e quase magnatas, ídolos da juventude mais antenada. A EMI saca o prenúncio da T.Rextasy, só comparada a Beatlemania, e oferece a Bolan uma estampa só dele, a T. Rex Wax Co, que levava o próprio rosto do mega astro em sua logo marca, um arraso!
No auge, hits como “Jeepster” não paravam de pipocar nas rádios e nos programas de TV. Na vitrola, Bolan e seu T.Rex são responsáveis por dois dos álbuns mais geniais dos anos 1970: "Electric Warrior" e "The Slider". Em 1972 era covardia colocar alguém para subir no ringue com o teen-idol Marc Bolan: "Telegram Sam", "Metal Guru", "Children Of The Revolution" e "Solid Gold Easy Action" – nocaute sonoro garantido, sempre no primeiro assalto.

Electric Warrior Sessions

No embalo, Ringo Starr, dando uma de cineasta, registra Born To Boogie, um longa-metragem capturando a T.Rextasy tomando conta da Inglaterra. Pra sacar o fenômeno, basta lembrar que 6 % das vendas totais de álbuns no país eram por conta da banda de Marc Bolan, que nessa altura parecia imbatível por natureza, como demonstrou seu próximo e arrasador sucesso: “20th Century Boy”. Em apenas três anos, o T.Rex emplacou 11 canções no Top 10 britânico, sendo quatro delas direto no primeiro posto.
Em 1973, o T.Rex lançou outro grande álbum ("Tanx") e foi vítima da prematura decadência da cena Glam. David Bowie foi esperto, matou Ziggy Stardust em pleno palco e saltou fora antes do barco afundar. O mesmo não aconteceu com Bolan que entrou em franca decadência, tremendamente frustrado por não conseguir traduzir seu sucesso inglês pelo norte-americano.
.
Ignorado na América e cada vez mais viciado em álcool e drogas, o arrogante Bolan engordou e foi ridicularizado pela imprensa britânica. Saiu do país visando fugir das pesadas críticas e dos altíssimos impostos e casou-se com a cantora Gloria Jones, com quem teve um filho chamado Rolan Bolan! Jones virou parceira, backing vocal e tecladista do T.Rex. Dessa fase são os álbuns "Zinc Alloy and the Hidden Riders of Tomorrow", "Bolan's Zip Gun" e "Futuristic Dragon".
Em 1977, a cena Punk apadrinhou Bolan e bandas como o Damned o citaram como seminal influência. "Dandy in The Underworld", seu último álbum, surge como um revigorante tônico sonoro.

Tragicamente, um acidente automobilístico acabou com a trajetória de Bolan no dia 16 de setembro de 1977, duas semanas antes de nosso ídolo completar 30 anos de idade. O automóvel, guiado por uma embriagada Gloria Jones, derrapou na pista e bateu de frente com uma árvore, matando instantaneamente Bolan, que estava no banco de passageiro.

Uma mórbida curiosidade é o fato de Bolan sempre ter falado sobre automóveis em suas letras e ter também se recusado a dirigir por simples pavor de morrer como um de seus ídolos: James Dean.
Chegou a comentar na imprensa sobre algumas visões, onde se via morrendo num acidente de carro (algumas evidências podem ser conferidas na letra da música “Solid Gold Easy Action").
.
Fonte: Whiplash

Amargo Blues


"...Mas só muito mais tarde, como um estranho flash-back premonitório, no meio duma noite de possessões incompreensíveis, procurando sem achar uma peça de Charlie Parker pela casa repleta de feitiços ineficientes, recomporia passo a passo aquela véspera de São João em que tinha sido permitido tê-lo inteiramente entre um blues amargo e um poema de vanguarda. Ou um doce blues iluminado e um soneto antigo. De qualquer forma, poderia tê-lo amado muito. E amar muito, quando é permitido, deveria modificar uma vida – reconheceu, compenetrado. Como uma ideologia, como uma geografia: palmilhar cada vez mais fundo todos os milímetros de outro corpo, e no território conquistado hastear uma bandeira. Como quando, olhando para baixo, a deusa se compadece e verte uma fugidia gota do néctar de sua ânfora sobre nossas cabeças. Mesmo que depois venha o tempo do sal, não do mel..."

Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 21 de março de 2008

VAN DER GRAAF GENERATOR - GODBLUFF LIVE 1975


Track Listings
1. The Undercover Man (7:00)
2. Scorched Earth (10:10)
3. Arrow (8:15)
4. The Sleepwalkers (10:26)

Line-up/Musicians

- Peter Hammill / vocals, guitars, piano
- Hugh Banton / organ, bass
- Guy Evans / drums and percussion
- David Jackson / saxes, flute

Van der Graaf Generator é uma banda britânica seminal de rock progressivo formada em 1967.
O nome da banda foi inspirado no equipamento elétrico Gerador de Van de Graaff, projetado para produzir energia estática. Supõe-se que o erro de ortografia no nome – tem um "r" a mais e um "f" a menos – tenha sido acidental.

O grupo formou-se em 1967 enquanto seus integrantes estudavam na Universidade de Manchester. O trio era composto por Peter Hammill (vocais, guitarra), Nick Pearne (órgão) e Chris Judge (bateria e instrumentos de sopro). Eles conseguiram um contrato com uma gravadora, lançando apenas um compacto ("The People You Were Going To") antes de se separarem no final de 1969. Já então Pearn havia sido substituído por Hugh Banton.

No final de 69 um novo Van der Graaf Generator foi formado durante a gravação de um álbum que originalmente pretendia ser um lançamento solo de Hammill, The Aerosol Grey Machine.
Algumas mudanças de formação (e no estilo do som do grupo estabilizariam o Van der Graaf, que viajou em turnê intensa no começo dos anos 70. Em 1972 dificuldades financeiras minaram a carreira do grupo e Hammil seguiu carreira solo, apesar de seus antigos companheiros continuarem contribuindo com ele.

No final dos anos 1970 o Van der Graaf passou por várias saídas e entradas de integrantes novos e antigos, o que ocasionalmente desestabilizou a carreira do grupo.
A formação clássica de Hugh Banton, David Jackson, Guy Evans e Peter Hammill retornou em 2003, tocando uma única vez em Londres. Esta reunião levou os músicos a considerarem o retorno de vez aos palcos.
Um novo disco com material inédito está sendo preparado, com lançamento previsto para maio de 2005.

"Van too manyVan Der Graaf Generator: Godbluff (Charisma CAS1109) Reviewed by Bob Papworth
THE Re-birth - yet again - of Van der Graaf Generator earlier this year caused something of a storm.But the band's latest release does nothing to convince the listener that the new VDGG will last any longer than its forerunners.Godbluff is a lengthy exhibition of the type of studiously avant-garde rock which so many other groups play infinitely better.The one saving grace for the whole album is the occasionally impressive bass playing of Hugh Banton. And even then, he only shines on about 5 per cent of the four-track, 37 minute recording.Guy Evans couldn't drum his way out of a paper bag and David Jackson's saxes and flutes are a little too simplistic to be credible.As for Peter Hammill, alleged star of the Generator line-up, words fail. LP's come and LP's go, but Peter Hammill goes on, and on, and on, and on..."

Fontes de Consulta: Wikipedia e Vandergraafgenerator UK

Ajude o Projeto Democratização da Leitura

(Clique na imagem para acessar a página)
.
A Biblioteca está temporariamente inativa

É pessoal, infelizmente chegou o momento em que não podemos mais manter o site sozinhos. Quem acessou o PDL nas últimas semanas percebeu que ficamos fora do ar por horas e horas, além dele ter ficado muito lento quando ativo. Desativamos a pesquisa, retiramos vários recursos e nem mesmo assim o problema foi amenizado. O fato é que nossa comunidade cresceu muito, e precisamos gastar com servidores cada vez mais potentes para mantê-lo. Estamos trabalhando na reformulação do fórum e na contratação de um servidor exclusivamente dedicado ao PDL, mas precisaremos de vocês. Se você deseja ser um doador e ajudar a manter nossa comunidade, envie um email para webmaster@portaldetonando.com.br.

Assim que possível forneceremos mais informações!

A equipe PDL

quinta-feira, 20 de março de 2008

Black Sabbath – Live at Hara Arena, Ohio (15/07/1972) Volume 4 Tour


Atendendo à solicitação do Eduardo.

Bootleg de qualidade bastante razoável, no qual se destacam raras apresentações das músicas Under the Sun e Wheels of Confusion.
Meus agradecimentos ao Mestre Splinter do Agora é Rock!
http://agoraerock.blogspot.com/

Ozzy Osbourne - Vocals
Tony Iommi - Guitar, Keyboards
Geezer Butler - Bass
Bill Ward - Drums

01- Tomorrow's Dream 03:08
02- Sweet leaf 05:25
03- Snowblind 04:34
04- War Pigs 06:58
05- Under the Sun 05:21
06- Iron Man 05:20
07- Wicked World 15:37
08- Wheels of Confusion 05:35
09- Embryo/Children of the Grave 04:49
10- Paranoid 02:28

Aviso: DC Comics para download

“DC Comics é uma editora norte-americana de histórias em quadrinhos e mídia relacionada, sendo considerada uma das maiores companhias ligadas a este ramo no mundo. A empresa é subsidiária da companhia Time Warner e detém a propriedade intelectual de muitos dos mais famosos personagens de quadrinhos daquele país, como Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Lanterna Verde, Flash, Aquaman e seus grupos como Liga da Justiça da América, Sociedade da Justiça da América, Novos Titãs, Renegados, Patrulha do Destino, Legião dos Super-Heróis, All-Star Squadron, entre outros. Por décadas a DC tem sido uma das duas maiores companhias de quadrinhos norte-americanos, ao lado da Marvel Comics (sua rival histórica). Originalmente a companhia era conhecida como National Comics e com o tempo passou a adotar a sigla "DC" que originalmente se referia a Detective Comics, uma de suas revistas mais vendidas (a qual é publicada até hoje e apresenta histórias de Batman).
Localizada originalmente na cidade de Nova Iorque no número 432 da Fourth Avenue, a DC foi sucessivimente realocada e hoje está no número 1700 da Avenida Broadway.
A empresa atual é uma amálgama de várias companies. National Allied Publications foi fundada por Major Malcolm Wheeler-Nicholson em 1934 para publicar More Fun Comics/Fun: The Big Comic Magazine #1 (Fev. 1935), mais tarde conhecida como New Fun e More Fun. A primeira revista em quadrinhos com mais quadrinhos originais do reprints de tiras de jornais, tinha o formato tablóide e 36 páginas.

No sexto número houve o debut de Jerry Siegel e Joe Shuster, os futuros criadores do Superman que iniciaram sua carreira com o mosqueteiro "Henri Duval" e sob pseudônimo de "Leger e Reuths", as aventuras do combatente sobrenatural do crime Dr. Oculto.
Wheeler-Nicholson criou uma segunda revista, New Comics, que estreou em dezembro de 1935 e se tornou célebre por iniciar a Era de Ouro dos Quadrinhos americanos.
O terceiro e último título foi Detective Comics, com premiere em março de 1937. Era uma série de antologias que se tornou uma sensação quando introduziu Batman no número 27 (maio/1939). Porém, a esta altura, Wheeler-Nicholson já encerrara sua participação na empresa. Em 1937 de modo a honrar compromissos, Wheeler-Nicholson aceitou Harr Donenfeld como sócio, formando a Detective Comics, Inc., juntos com Jack S. Liebowitz. Como suas dívidas continuavam, Wheeler-Nicholson foi obrigado a sair da empresa.
Pouco tempo foi a National Allied Publications publicou aquele que pode ser considerado seu quarto título Action Comics, que trouxe a estréia do Superman, um personagem que Wheeler-Nicholson não esteve diretamente envolvido, e o editor Vin Sullian escolheu para iniciar a série.
National Allied Publication e Detective Comics, Inc., claramente duas companhias com os mesmos donos (ainda que com cotas acionárias distintas) se fundiram em National Comics, em 1944.
Apesar do nome oficial ser National Comics e National Periodical Publications, o logo "Superman-DC" foi usado na linha, e a empresa era coloquialmente conhecida como DC Comics, por anos antes da adoção oficial do nome...”
.
Por isso sempre dizemos que não há nada de errado com os scans divulgados
por muitos de nós, a própria DC resolveu liberar há algum tempo várias de suas edições para download em formato PDF.
Acesse a página clicando na imagem abaixo e conheça seus arquivos.
.

terça-feira, 18 de março de 2008

East of Eden – Snafu (1970)


“When East of Eden's 2nd Album 'Snafu' was released in early 1970 Rock music was coming to the end of it's most creative decade. For some people this album has been regarded as an indicator of what was to come - Jazz/ rock Fusion, elements of Ska & Reggae, Classical and Folk, plus free improvisation within a Rock format. The three original founder members - Ron Caines (Saxophone), Dave Arbus (Violin), and Geoff Nicholson (Guitar) started recording again in 1997, returning to the influences that first inspired them, and have released 2 albums since that date, KALIPSE (Transatlantic TRACD303) and ARMADILLO (Talking Elephant TECD015). Their new album GRAFFITO (due for release later this year) continues their development of ideas pursued more than 30 years ago when they were at the forefront of new directions in music.”
.

“Qdo o segundo álbum do East of Eden, "Snafu", foi lançado no começo dos anos 70, o rock estava chegando ao fim de sua década mais criativa. Para alguns, este álbum é considerado como uma indicação do que estava por vir – fusão jazz/rock, elementos de ska e reggae, clássico e rock mais livre improvisação dentro de um formato rock. Os três membros fundadores originais – Ron Caines (Saxophone), Dave Arbus (Violin), and Geoff Nicholson (Guitar) começaram a gravar novamente em 1997, retornando às influências que os inspiravam antes, e lançaram 2 álbuns desde esse encontro, "Kalipse" (Transatlantic TRACD303) e "Armadillo" (Transatlantic TRACD303) “
.
Som forte e viajante, cheio de flautas e deliciosos arranjos...

Line-up:


Dave Arbus: violin, wind instruments
Geoff Britton: drums, percussion
Ron Caines: saxophones, vocals
Geoff Nicholson: guitars, vocals
Andy Sneddon: bass



1. Have To Whack It Up 2:20
2. Leaping Beauties For Rudy_Marcus Junior 7:02
3. Xhorkom_Ramadhan_In The Snow For A Blow 8:07
4. Uno Transito Clapori 2:28
5. Gum Arabic_Confucius 8:18
6. Nymphenburger 6:15
7. Hahibi Bay_Beast Of Sweden_Boehm Constrictor 6:22
8. Traditional_Arranged By East Of Eden 1:36

http://www.lastfm.com.br/music/East+of+Eden

Download Link:
.
Miguel (Ribeiro), mon ange ...

Eis o álbum que mencionei em uma de nossas conversas...

Está postado em sua homenagem, meu amigo,

com carinho, de sua parceira
,

Neide